A cirurgia minimamente invasiva é um procedimento realizado no interior do corpo através de pequenos cortes, tendo diferentes designações consoante a região anatómica intervencionada. Quando ocorre na cavidade abdominal ou pélvica, é denominada de laparoscopia. Este procedimento inicia-se com a introdução de dióxido de carbono na cavidade abdominal, com o objetivo de a expandir suavemente, separando os órgãos internos e proporcionando melhor visibilidade e espaço de manobra. Em seguida, é introduzida uma câmara ótica através de um dos cortes, permitindo a visualização em tempo real do campo operatório num monitor externo. Os restantes cortes são utilizados para inserir os instrumentos cirúrgicos necessários para cortar, suturar e mover tecidos.
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REALIDADE AUMENTADA NA LAPAROSCOPIA: UMA NOVA FORMA DE OPERAR COM CONFORTO
Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Laparoscopy with augmented reality adaptations
Data da publicação do artigo: Julho de 2020
Fonte: Journal of Biomedical Informatics
Autores: Ezequiel Zorzal, José Miguel Gomes, Maurício Sousa, Pedro Belchior, Pedro Silva, Nuno Figueiredo, Daniel Lopes & Joaquim Jorge
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
O principal objetivo do estudo é desenvolver e avaliar um sistema de realidade aumentada mãos-livres que reduza a fadiga do cirurgião e melhore a ergonomia, a comunicação e o acesso a dados clínicos durante a cirurgia laparoscópica. O público-alvo inclui cirurgiões, bem como outros membros da equipa cirúrgica, gestores hospitalares e decisores na área da saúde e ainda investigadores e desenvolvedores de tecnologia médica. O trabalho aborda várias áreas da saúde digital, incluindo realidade aumentada aplicada à cirurgia, ergonomia médica, interfaces multimodais e visualização de dados clínicos em tempo real.
Qual é o contexto?
A cirurgia minimamente invasiva é um procedimento realizado no interior do corpo através de pequenos cortes, tendo diferentes designações consoante a região anatómica intervencionada. Quando ocorre na cavidade abdominal ou pélvica, é denominada de laparoscopia. Este procedimento inicia-se com a introdução de dióxido de carbono na cavidade abdominal, com o objetivo de a expandir suavemente, separando os órgãos internos e proporcionando melhor visibilidade e espaço de manobra. Em seguida, é introduzida uma câmara ótica através de um dos cortes, permitindo a visualização em tempo real do campo operatório num monitor externo. Os restantes cortes são utilizados para inserir os instrumentos cirúrgicos necessários para cortar, suturar e mover tecidos.
A laparoscopia é frequentemente utilizada em diversas intervenções, incluindo: (1) remoção da vesícula biliar, do apêndice, de quistos ováricos ou do útero; (2) tratamento de hérnias e de patologias dos intestinos, rins ou bexiga; e (3) cirurgias bariátricas para controlo da obesidade.
Comparativamente à cirurgia aberta, a laparoscopia oferece múltiplas vantagens, como menor perda de sangue durante a cirurgia, menor dor no pós-operatório, menor risco de infeção, estadias hospitalares mais curtas e um período de recuperação significativamente mais rápido.
Quais são as abordagens atuais?
Na laparoscopia convencional, os cirurgiões precisam de desviar o olhar do campo operatório e dos instrumentos para visualizar os monitores, o que compromete a coordenação olho-mão e dificulta a comunicação com os restantes elementos da equipa cirúrgica. Estes ecrãs estão frequentemente posicionados em ângulos desfavoráveis e a longas distâncias, contribuindo para posturas corporais forçadas que, mantidas durante longos períodos, provocam fadiga ao nível do pescoço e dos ombros. Outras limitações incluem a elevada dependência da interpretação visual dos dados projetados e a necessidade de formação técnica especializada para utilização eficaz do equipamento.
A realidade aumentada tem emergido como uma alternativa promissora para melhorar a ergonomia, a visualização da informação clínica e a comunicação intraoperatória. No entanto, as aplicações atualmente disponíveis baseiam-se, em grande medida, na utilização de gestos manuais ou comandos de voz. Estas formas de interação apresentam limitações significativa: os gestos exigem uma interrupção do fluxo cirúrgico e podem comprometer a esterilidade do campo cirúrgico, pois exigem uma pausa para interagir com a interface, enquanto os comandos de voz tendem a ser pouco fiáveis em ambientes operatórios ruidosos.
Em ambientes cirúrgicos, a maioria dos sistemas de realidade aumentada recorre a head-mounted display do tipo see-through, uns óculos que permitem aos cirurgiões visualizar a sala da cirurgia ao mesmo tempo que os dados virtuais do paciente são sobrepostos ao mundo real. No entanto, na laparoscopia, esta abordagem é ainda pouco aplicada. Em vez disso, a abordagem é geralmente muito imersiva com um vídeo da intervenção projetado diretamente à frente dos olhos, bloqueando grande parte da perceção do campo visual e prejudicando a comunicação com a equipa. Além disso, as soluções atuais de realidade aumentada focam-se na projeção de modelos 3D e não no acesso a imagens clínicas reais em 2D, como as obtidas pela ressonância magnética ou tomografia computorizada. Assim, subsiste a necessidade de desenvolver abordagens mais integradas, colaborativas e adaptadas às especificidades do ambiente cirúrgico.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
Este estudo desenvolveu um protótipo inovador de realidade aumentada concebido para melhorar a visualização de procedimentos laparoscópicos, sem exigir que os cirurgiões adotem posições desconfortáveis. O sistema é mãos-livres e apresenta uma interface multimodal intuitiva que permite aos cirurgiões, visualizar o vídeo laparoscópico, interagir com imagens virtuais do paciente e indicar pontos de interesse com precisão.
O protótipo integra dois componentes de hardware principais: os óculos de realidade aumentada Meta2 head-mounted display do tipo see-through e um sapato cirúrgico adaptado com um rato HP Z3700 sem fios incorporado, capaz de detetar os movimentos dos pés.
O vídeo laparoscópico é transmitido em direto a partir da câmara inserida no paciente e projetado no centro do campo de visão de realidade aumentada, acompanhando os movimentos da cabeça do utilizador, garantindo uma visibilidade contínua, independentemente da postura corporal. Adicionalmente, duas imagens clínicas reais em 2D são apresentadas lateralmente no campo aumentado, permitindo comparações visuais rápidas e a escolha do lado mais confortável para esta visualização. Como estas imagens representam planos diferentes da região abdominal ou pélvica, o sistema permite alternar entre elas durante o procedimento. Uma das formas de navegar pelas imagens é através da rotação do pé — recuando ou avançando nas imagens ao girar para a esquerda ou para a direita, respetivamente — ou por meio do olhar, fixando o olhar nas setas virtuais exibidas no ecrã. Neste caso, olhar para a seta superior avança para a próxima imagem, enquanto olhar para a seta inferior retorna à anterior. A deteção da orientação da cabeça e a duração do olhar é realizada com base nos dados recolhidos pelo acelerómetro e giroscópio integrados nos óculos.
A transmissão do vídeo e as alterações nos planos das imagens do paciente são sincronizadas em tempo real nos óculos de realidade aumentada de todos os membros da equipa cirúrgica presente, garantindo um ambiente aumentado partilhado com consciência situacional e comunicação clara. Para garantir que todos observam o mesmo ponto, é possível ativar um cursor para apontar com o olhar — olhando 20° para cima durante alguns segundos ou selecionando um botão virtual entre o vídeo e as imagens. Cada membro da equipa dispõe de uma cor de cursor distinta, permitindo uma rápida identificação de quem está a apontar.
Para avaliar a usabilidade e eficácia do protótipo, o estudo envolveu oito cirurgiões entre os 33 e 52 anos da Fundação Champalimaud, todos com pelo menos sete anos de experiência em laparoscopia tradicional, mas pouca familiaridade com óculos de realidade aumentada. As sessões decorreram num ambiente com pouca luz, simulando o bloco operatório, com os cirurgiões a segurarem instrumentos laparoscópicos enquanto interagiam com um vídeo laparoscópico pré-gravado e com imagens de ressonância magnética anonimizadas. Foi usado um protocolo think-aloud, onde os cirurgiões exploraram o protótipo enquanto verbalizavam os seus pensamentos, permitindo que os investigadores recolhessem informação em tempo real sobre a experiência. Após a sessão, os participantes completaram a system usability scale que classifica a usabilidade percebida numa escala de 0 a 100 e o NASA task load index, que avalia a carga de trabalho percebida em seis dimensões — exigência mental, física e temporal, desempenho, esforço e frustração.
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
Os resultados foram globalmente positivos, indicando uma forte aceitação das funcionalidades do protótipo e do seu potencial para melhorar a prática da cirurgia laparoscópica. Os cirurgiões valorizaram particularmente o benefício ergonómico de o vídeo acompanhar os movimentos da cabeça, permitindo uma visualização contínua e reduzindo a tensão cervical. A navegação pelas imagens clínicas, quer através do movimento do pé, quer por fixação do olhar, foi considerada intuitiva e complementar, sendo destacado a vantagem do controlo mãos-livres para manter o fluxo de trabalho durante o procedimento. O controlo por movimentos do pé foi descrito como natural e familiar, pela sua semelhança os pedais já usados na cirurgia. O acesso direto às imagens clínicas, sem necessidade de assistência externa, foi percecionado como um ganho importante de autonomia. O mecanismo de apontar com o olhar demonstrou ser eficaz na comunicação intraoperatória, com os participantes a valorizarem a clareza e distinção visual entre os diferentes cursores. O sistema registou uma pontuação elevada na escala de usabilidade percebida (72,92), enquanto os resultados do índice indicaram níveis de carga de trabalho dentro de parâmetros adequados. No geral, os utilizadores consideraram que o sistema melhorou a coordenação olho-mão, promoveu posturas mais confortáveis e reforçou a colaboração com a equipa — ao mesmo tempo que reduziu o tempo de aprendizagem da técnica e superou limitações da laparoscopia convencional.
Alguns participantes referiram que o vídeo laparoscópico estava pequeno ou com pouca nitidez, e que os óculos de realidade aumentada Meta2 têm o peso muito concentrado à frente, causando algum desconforto. Para futuras versões, propõe-se a adoção dos óculos Microsoft HoloLens 2, que oferecem melhor ergonomia, funcionamento sem cabos externos e distribuição do peso mais equilibrada. Outra melhoria seria a integração de visualização estereoscópica 3D, que apresenta imagens ligeiramente diferentes para o olho direito e esquerdo, simulando a perceção natural da profundidade. O cérebro funde estas imagens numa única representação tridimensional, facilitando a interpretação da posição e movimento dos instrumentos cirúrgicos com maior precisão e menor esforço cognitivo. Embora ainda seja um protótipo inicial, este demonstrou forte potencial para impulsionar a integração da realidade aumentada na cirurgia minimamente invasiva.
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Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Laparoscopy with augmented reality adaptations
Data da publicação do artigo: Julho de 2020
Fonte: Journal of Biomedical Informatics
Autores: Ezequiel Zorzal, José Miguel Gomes, Maurício Sousa, Pedro Belchior, Pedro Silva, Nuno Figueiredo, Daniel Lopes & Joaquim Jorge
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
O principal objetivo do estudo é desenvolver e avaliar um sistema de realidade aumentada mãos-livres que reduza a fadiga do cirurgião e melhore a ergonomia, a comunicação e o acesso a dados clínicos durante a cirurgia laparoscópica. O público-alvo inclui cirurgiões, bem como outros membros da equipa cirúrgica, gestores hospitalares e decisores na área da saúde e ainda investigadores e desenvolvedores de tecnologia médica. O trabalho aborda várias áreas da saúde digital, incluindo realidade aumentada aplicada à cirurgia, ergonomia médica, interfaces multimodais e visualização de dados clínicos em tempo real.
Qual é o contexto?
A cirurgia minimamente invasiva é um procedimento realizado no interior do corpo através de pequenos cortes, tendo diferentes designações consoante a região anatómica intervencionada. Quando ocorre na cavidade abdominal ou pélvica, é denominada de laparoscopia. Este procedimento inicia-se com a introdução de dióxido de carbono na cavidade abdominal, com o objetivo de a expandir suavemente, separando os órgãos internos e proporcionando melhor visibilidade e espaço de manobra. Em seguida, é introduzida uma câmara ótica através de um dos cortes, permitindo a visualização em tempo real do campo operatório num monitor externo. Os restantes cortes são utilizados para inserir os instrumentos cirúrgicos necessários para cortar, suturar e mover tecidos.
A laparoscopia é frequentemente utilizada em diversas intervenções, incluindo: (1) remoção da vesícula biliar, do apêndice, de quistos ováricos ou do útero; (2) tratamento de hérnias e de patologias dos intestinos, rins ou bexiga; e (3) cirurgias bariátricas para controlo da obesidade.
Comparativamente à cirurgia aberta, a laparoscopia oferece múltiplas vantagens, como menor perda de sangue durante a cirurgia, menor dor no pós-operatório, menor risco de infeção, estadias hospitalares mais curtas e um período de recuperação significativamente mais rápido.
Quais são as abordagens atuais?
Na laparoscopia convencional, os cirurgiões precisam de desviar o olhar do campo operatório e dos instrumentos para visualizar os monitores, o que compromete a coordenação olho-mão e dificulta a comunicação com os restantes elementos da equipa cirúrgica. Estes ecrãs estão frequentemente posicionados em ângulos desfavoráveis e a longas distâncias, contribuindo para posturas corporais forçadas que, mantidas durante longos períodos, provocam fadiga ao nível do pescoço e dos ombros. Outras limitações incluem a elevada dependência da interpretação visual dos dados projetados e a necessidade de formação técnica especializada para utilização eficaz do equipamento.
A realidade aumentada tem emergido como uma alternativa promissora para melhorar a ergonomia, a visualização da informação clínica e a comunicação intraoperatória. No entanto, as aplicações atualmente disponíveis baseiam-se, em grande medida, na utilização de gestos manuais ou comandos de voz. Estas formas de interação apresentam limitações significativa: os gestos exigem uma interrupção do fluxo cirúrgico e podem comprometer a esterilidade do campo cirúrgico, pois exigem uma pausa para interagir com a interface, enquanto os comandos de voz tendem a ser pouco fiáveis em ambientes operatórios ruidosos.
Em ambientes cirúrgicos, a maioria dos sistemas de realidade aumentada recorre a head-mounted display do tipo see-through, uns óculos que permitem aos cirurgiões visualizar a sala da cirurgia ao mesmo tempo que os dados virtuais do paciente são sobrepostos ao mundo real. No entanto, na laparoscopia, esta abordagem é ainda pouco aplicada. Em vez disso, a abordagem é geralmente muito imersiva com um vídeo da intervenção projetado diretamente à frente dos olhos, bloqueando grande parte da perceção do campo visual e prejudicando a comunicação com a equipa. Além disso, as soluções atuais de realidade aumentada focam-se na projeção de modelos 3D e não no acesso a imagens clínicas reais em 2D, como as obtidas pela ressonância magnética ou tomografia computorizada. Assim, subsiste a necessidade de desenvolver abordagens mais integradas, colaborativas e adaptadas às especificidades do ambiente cirúrgico.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
Este estudo desenvolveu um protótipo inovador de realidade aumentada concebido para melhorar a visualização de procedimentos laparoscópicos, sem exigir que os cirurgiões adotem posições desconfortáveis. O sistema é mãos-livres e apresenta uma interface multimodal intuitiva que permite aos cirurgiões, visualizar o vídeo laparoscópico, interagir com imagens virtuais do paciente e indicar pontos de interesse com precisão.
O protótipo integra dois componentes de hardware principais: os óculos de realidade aumentada Meta2 head-mounted display do tipo see-through e um sapato cirúrgico adaptado com um rato HP Z3700 sem fios incorporado, capaz de detetar os movimentos dos pés.
O vídeo laparoscópico é transmitido em direto a partir da câmara inserida no paciente e projetado no centro do campo de visão de realidade aumentada, acompanhando os movimentos da cabeça do utilizador, garantindo uma visibilidade contínua, independentemente da postura corporal. Adicionalmente, duas imagens clínicas reais em 2D são apresentadas lateralmente no campo aumentado, permitindo comparações visuais rápidas e a escolha do lado mais confortável para esta visualização. Como estas imagens representam planos diferentes da região abdominal ou pélvica, o sistema permite alternar entre elas durante o procedimento. Uma das formas de navegar pelas imagens é através da rotação do pé — recuando ou avançando nas imagens ao girar para a esquerda ou para a direita, respetivamente — ou por meio do olhar, fixando o olhar nas setas virtuais exibidas no ecrã. Neste caso, olhar para a seta superior avança para a próxima imagem, enquanto olhar para a seta inferior retorna à anterior. A deteção da orientação da cabeça e a duração do olhar é realizada com base nos dados recolhidos pelo acelerómetro e giroscópio integrados nos óculos.
A transmissão do vídeo e as alterações nos planos das imagens do paciente são sincronizadas em tempo real nos óculos de realidade aumentada de todos os membros da equipa cirúrgica presente, garantindo um ambiente aumentado partilhado com consciência situacional e comunicação clara. Para garantir que todos observam o mesmo ponto, é possível ativar um cursor para apontar com o olhar — olhando 20° para cima durante alguns segundos ou selecionando um botão virtual entre o vídeo e as imagens. Cada membro da equipa dispõe de uma cor de cursor distinta, permitindo uma rápida identificação de quem está a apontar.
Para avaliar a usabilidade e eficácia do protótipo, o estudo envolveu oito cirurgiões entre os 33 e 52 anos da Fundação Champalimaud, todos com pelo menos sete anos de experiência em laparoscopia tradicional, mas pouca familiaridade com óculos de realidade aumentada. As sessões decorreram num ambiente com pouca luz, simulando o bloco operatório, com os cirurgiões a segurarem instrumentos laparoscópicos enquanto interagiam com um vídeo laparoscópico pré-gravado e com imagens de ressonância magnética anonimizadas. Foi usado um protocolo think-aloud, onde os cirurgiões exploraram o protótipo enquanto verbalizavam os seus pensamentos, permitindo que os investigadores recolhessem informação em tempo real sobre a experiência. Após a sessão, os participantes completaram a system usability scale que classifica a usabilidade percebida numa escala de 0 a 100 e o NASA task load index, que avalia a carga de trabalho percebida em seis dimensões — exigência mental, física e temporal, desempenho, esforço e frustração.
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
Os resultados foram globalmente positivos, indicando uma forte aceitação das funcionalidades do protótipo e do seu potencial para melhorar a prática da cirurgia laparoscópica. Os cirurgiões valorizaram particularmente o benefício ergonómico de o vídeo acompanhar os movimentos da cabeça, permitindo uma visualização contínua e reduzindo a tensão cervical. A navegação pelas imagens clínicas, quer através do movimento do pé, quer por fixação do olhar, foi considerada intuitiva e complementar, sendo destacado a vantagem do controlo mãos-livres para manter o fluxo de trabalho durante o procedimento. O controlo por movimentos do pé foi descrito como natural e familiar, pela sua semelhança os pedais já usados na cirurgia. O acesso direto às imagens clínicas, sem necessidade de assistência externa, foi percecionado como um ganho importante de autonomia. O mecanismo de apontar com o olhar demonstrou ser eficaz na comunicação intraoperatória, com os participantes a valorizarem a clareza e distinção visual entre os diferentes cursores. O sistema registou uma pontuação elevada na escala de usabilidade percebida (72,92), enquanto os resultados do índice indicaram níveis de carga de trabalho dentro de parâmetros adequados. No geral, os utilizadores consideraram que o sistema melhorou a coordenação olho-mão, promoveu posturas mais confortáveis e reforçou a colaboração com a equipa — ao mesmo tempo que reduziu o tempo de aprendizagem da técnica e superou limitações da laparoscopia convencional.
Alguns participantes referiram que o vídeo laparoscópico estava pequeno ou com pouca nitidez, e que os óculos de realidade aumentada Meta2 têm o peso muito concentrado à frente, causando algum desconforto. Para futuras versões, propõe-se a adoção dos óculos Microsoft HoloLens 2, que oferecem melhor ergonomia, funcionamento sem cabos externos e distribuição do peso mais equilibrada. Outra melhoria seria a integração de visualização estereoscópica 3D, que apresenta imagens ligeiramente diferentes para o olho direito e esquerdo, simulando a perceção natural da profundidade. O cérebro funde estas imagens numa única representação tridimensional, facilitando a interpretação da posição e movimento dos instrumentos cirúrgicos com maior precisão e menor esforço cognitivo. Embora ainda seja um protótipo inicial, este demonstrou forte potencial para impulsionar a integração da realidade aumentada na cirurgia minimamente invasiva.
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O transtorno do espetro do autismo é uma condição do neurodesenvolvimento com repercussões clínicas, sociais e económicas significativas ao longo da vida. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que afete aproximadamente 1 em cada…
Exergames de realidade virtual como ferramenta para o diagnóstico de doenças oculares
As doenças oculares representam um desafio crescente para a saúde pública em Portugal, comprometendo significativamente a qualidade de vida da população. O aumento da sua prevalência está associado a diversos fatores, como o envelhecimento demográfico,…
Melhoria da eficiência no acompanhamento clínico de casos Covid-19 com uma plataforma digital
A COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, é uma doença altamente contagiosa com potencial para provocar consequências graves, exigindo o isolamento dos indivíduos infetados e o respetivo acompanhamento clínico. Enquanto os casos mais graves requerem internamento,…
A ameaça crescente da resistência a antibióticos em Klebsiella nos Hospitais Portugueses
As infeções associadas aos cuidados de saúde representam uma grave ameaça à saúde pública, sendo adquiridas durante tratamentos médicos ou internamentos hospitalares, resultando frequentemente em hospitalizações prolongadas, custos elevados para os sistemas de saúde e…
Redes neuronais profundas e o futuro da detecção precoce da doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando mais de 55 milhões de pessoas globalmente e representando cerca de 70% dos casos de demência. Em Portugal, estima-se que 200 mil pessoas…
Os desafios na proteção de dados em plataformas de saúde digital para idosos
O envelhecimento demográfico impõe desafios significativos aos sistemas de saúde, intensificando a pressão sobre as infraestruturas e recursos humanos. Estima-se que, até 2050, a população idosa ultrapasse os 2 mil milhões de pessoas, tornando-se imperativo…
Aplicação móvel para melhorar fluxos de trabalho em lares de idosos
Portugal apresenta uma das populações mais envelhecidas do mundo, o que exerce uma pressão crescente sobre os serviços de apoio a idosos, especialmente em lares. Os profissionais de saúde nestas instituições estão frequentemente sobrecarregados devido…
Facilitando o diagnóstico da Epilepsia com um sistema de EEG Wearable sem fios
As doenças paroxísticas caracterizam-se por condições súbitas e episódicas que causam alterações temporárias no organismo. Entre elas, a epilepsia destaca-se por causar descargas neuronais síncronas e descontroladas, resultando em crises recorrentes e não provocadas. Estas…
Segmentação automática de vasos sanguíneos em imagens ultrassonográficas carotídeas
As doenças vasculares, como a estenose da carótida (estreitamento das artérias carótidas, que ligam o coração ao cérebro causado pelo acúmulo de placas de ateroma ricas em gordura), Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) (interrupção súbita do…
Impacto da Roboterapia-PARO em pessoas idosas com demência em Portugal
O envelhecimento é um processo gradual, multifatorial e contínuo, caracterizado pela perda progressiva de funções biológicas e pela degeneração associada ao surgimento de doenças relacionadas com a idade. Em Portugal, o envelhecimento da população é…
A nova era da interoperabilidade em sistemas de saúde
A crescente utilização de registos eletrónicos de saúde, sistemas de diagnóstico digital e tecnologias de monitorização remota tem levado a um aumento expressivo no volume e na complexidade dos dados em saúde. Este aumento intensifica…
Melhoria na localização de tumores na mama com um algoritmo de fusão de imagens
A cirurgia conservadora da mama tem como objetivo remover tumores, preservando o máximo de tecido mamário saudável possível, garantindo resultados estéticos ideais que são críticos para a qualidade de vida de um(a) paciente. Para alcançar…
Robótica colaborativa melhora as condições de trabalho
Os trabalhadores enfrentam desafios crescentes no ambiente industrial. Entre os mais críticos estão a fadiga e as posturas inadequadas, frequentemente associadas a tarefas repetitivas e a condições de trabalho que carecem de adequação ergonómica. Estes…
O papel das tecnologias móveis na monitorização e reabilitação da doença arterial periférica
A PAD é uma condição crónica prevalente, que afeta aproximadamente 200 milhões de indivíduos globalmente, caraterizada pela obstrução das artérias periféricas, especialmente nas extremidades inferiores, devido à formação de placas ateroscleróticas, que comprometem o fluxo…
Incorporação de implantes digitais nas imagens da TAC para planear a cirurgia ortopédica
A cirurgia ortopédica trata condições do sistema musculoesquelético para aliviar a dor, restaurar a função e melhorar a qualidade de vida do paciente. O sucesso destas cirurgias depende de um planeamento pré-operatório minucioso, que combina…
Saúde digital no topo dos resultados do Poliempreende nacional 2024
O Poliempreende é uma consolidada rede nacional de incentivo ao empreendedorismo no ensino superior em Portugal, com duas décadas de existência. Focado na promoção da inovação, o concurso tem gerado um impacto significativo na economia…
Solução digital facilita a interação entre utentes e profissionais de saúde
Muitos utentes enfrentam dificuldades em agendar consultas médicas nas unidades hospitalares, e, quando conseguem, frequentemente têm de esperar longos períodos para serem atendidos. Esta situação é agravada por problemas como a incompatibilidade de horários entre…
O impacto da integração de computação calma no processo clínico
Nos últimos anos, a transformação digital na área da saúde tem desempenhado um papel crucial, impulsionada pelo aumento exponencial de dados médicos. Estes abrangem desde informações administrativas até registos detalhados de diagnósticos, exames laboratoriais, imagens…
ULS Almada-Seixal revoluciona com primeiro Robot cirúrgico da região
Nos últimos anos, a ULSAS tem vindo a implementar gradualmente sistemas robóticos, reforçando o seu compromisso com a inovação e a melhoria dos cuidados de saúde. Recentemente, a instituição adquiriu um sistema robótico de última…
Intervenção online visa prevenir a ansiedade na população geral
Os transtornos de ansiedade são um problema global, afetando 300 milhões de pessoas em todo o mundo e colocando uma pressão significativa sobre os indivíduos e os sistemas de saúde. Só na Europa, o impacto…
Reabilitação da paralisia facial através de assistentes virtuais
A paralisia facial, definida pela incapacidade de mover um ou ambos os lados da face, tem uma incidência de 20 a 30 casos por 100.000 pessoas anualmente. Esta condição muitas vezes causa fraqueza facial, dificuldades…
Deteção da ansiedade e de ataques de pânico em tempo real
O crescente número de pessoas com transtornos de ansiedade, juntamente com o aumento da conscientização sobre a saúde mental, impulsiona a necessidade de novas ferramentas tecnológicas que forneçam a monitorização remota e contínua de transtornos…
Uma nova abordagem à Tele-Ecografia assistida por tecnologias robóticas
Atualmente, os sistemas robóticos para ecografia dividem-se em duas categorias principais: os robôs portáteis que exigem posicionamento manual e os sistemas robóticos totalmente autónomos que controlam de forma independente a orientação e o posicionamento da…
Dos grandes dados às grandes decisões: Como IA estratifica casos de cancro por fatores de risco
A CLARIFY Decision Support Platform (DSP) é uma aplicação web responsiva projetada para apoiar a tomada de decisões nos cuidados oncológicos através da integração de dados em tempo real e de análises preditivas. Construída com…
Do “texto livre” a dados clínicos estruturados: A base para sistemas de apoio à decisão médica
Atualmente, a prática de registar informações clínicas em “texto livre” oferece flexibilidade, mas dificulta a extração automática de dados, limitando a aplicação de modelos analíticos. A maior parte dos registos é não estruturada, e o…
Inteligência artificial utilizada na deteção de depressão em sobreviventes de cancro
O objetivo do projeto FAITH (Federated Artificial Intelligence solution for moniToring mental Health status after cancer treatment) é identificar e prever remotamente sintomas depressivos em sobreviventes de cancro usando uma abordagem de aprendizagem federada que…
Integração dos sistemas SONHO v2 e SClínico na ULS de Coimbra para melhorar cuidados de saúde
Com mais de meio milhão de consultas médicas hospitalares realizadas no primeiro semestre de 2024, a ULS de Coimbra destaca-se como uma instituição dedicada a cuidados de saúde integrados, de alta qualidade e centrados nas…
Ecossistema de cuidados para idosos: Uma plataforma inovadora para serviços personalizados e eficientes
Com a esperança de vida a aumentar e a taxa de fertilidade a diminuir, espera-se que, até 2050, a população com mais de 80 anos supere os jovens em várias regiões do mundo. O aumento…
Tecnologia inovadora que alivia subconscientemente a ansiedade através de um cachecol
A tecnologia SCAARF é uma ideia inovadora na área da saúde digital e da tecnologia wearable. A SCAARF visa a oferecer um método alternativo para aliviar os sintomas da ansiedade de uma forma não intrusiva…
Intervenções de saúde digital: Equidade dos cuidados da hipertensão para todos
Quase metade de todos os adultos nos Estados Unidos tem hipertensão, um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, e apenas cerca de um quarto (24%) dessas pessoas tem a hipertensão sob controlo. Estudos…
Personalização e tecnologia na gestão da diabetes
A crescente prevalência de doenças crónicas, particularmente DM, está a sobrecarregar os sistemas de saúde globais e a aumentar os custos dos cuidados de saúde devido à complexidade dos cuidados e à fraca integração, resultando…
Negociações sobre o Espaço Europeu de Dados de Saúde avançam com a participação da SPMS
O Espaço Europeu de Dados de Saúde será um sistema de partilha de dados de saúde comum à União Europeia. Prevê a utilização dos dados para fins que beneficiem as pessoas e a sociedade. Assegurará…
Secretária de Estado Margarida Tavares enfatiza inovação digital na promoção da saúde
O discurso de Margarida Tavares, Secretária de Estado da Promoção da Saúde, sublinhou a importância da digitalização e da inovação na promoção da saúde e prevenção de doenças, com uma perspetiva voltada para o futuro….
ARS Algarve moderniza radiologia com IA e novo data center
O serviço de radiologia da ARS Algarve já realizou perto de 29 mil exames utilizando a tecnologia de Inteligência Artificial (IA). Nos últimos anos, tem sido feita uma grande aposta em digitalização de imagem e…
Espaço Europeu de Dados de Saúde: Acesso unificado aos dados de saúde na UE
O objetivo do Espaço Europeu de Dados de Saúde (EEDS) é melhorar o uso de dados de saúde para fins de investigação, inovação e elaboração de políticas. Ao mesmo tempo, esta legislação visa dar aos…
Comissão Europeia altera programa Europa Digital com investimento de 762,7 milhões de euros
O Programa Europa Digital é o primeiro programa de financiamento da UE centrado em levar as tecnologias digitais até às empresas e aos cidadãos. Com um orçamento total previsto de 7,5 mil milhões de EUR…
SPMS integra a iniciativa TEF-Health
A SPMS participa na iniciativa TEF-Health como parceira de um consórcio composto por 51 entidades de 9 países da União Europeia. Esta ação é cofinanciada pela Comissão Europeia e tem uma duração de cinco anos….
FMUP cria academia júnior de inovação em saúde para estudantes do ensino secundário
A FMUP lançou a primeira edição da Academia Júnior no início de 2024. O programa permite aos participantes aprender mais sobre tópicos como as potencialidades no uso da inteligência artificial em saúde, o desenvolvimento da…
SPMS representa Portugal como vice-presidente da GDHP
A GDHP é uma organização intergovernamental da área da saúde digital que facilita a cooperação e colaboração entre representantes governamentais e a Organização Mundial da Saúde (OMS), cujo propósito é fomentar o desenvolvimento de políticas…
Transformação digital da saúde no INCoDe.2030 em Tomar
Dentro do roteiro INCoDe.2030, no evento em Tomar, a SPMS abordou o tema “Transformação digital da Saúde” com o objetivo de informar os projetos mais relevantes em curso e com maior impacto para profissionais de…
Hospital de Braga avalia memória com jogo interativo em pacientes com esclerose múltipla
A Esclerose Múltipla é conhecida como uma doença crónica do sistema nervoso central, com uma ampla variedade de sintomas motores e sensitivos, que podem conduzir à incapacidade de trabalho, sobrecarga socioeconómica e reduzida qualidade de…
Teleconsulta de neurocirurgia vence prémio de inovação
Durante a pandemia, o foco no combate à Covid-19 reduziu a atenção a outras doenças, criando uma necessidade urgente de recuperar a qualidade dos cuidados de saúde para essas condições. O objetivo do BI Award…
HealthData@PT: Nova iniciativa da SPMS para dados de saúde
A ação HealthData@PT é lançada no contexto da implementação do Espaço Europeu de Dados de Saúde, sendo uma iniciativa aprovada pela Comissão Europeia no âmbito do programa EU4Health 2021-2027. Esta iniciativa contribui para a transformação…
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