A indução do trabalho de parto é um procedimento obstétrico frequentemente realizado que envolve a iniciação artificial das contrações uterinas antes do seu início espontâneo. O seu uso tem vindo a aumentar globalmente, particularmente em países de elevado rendimento, onde representa cerca de 25% dos nascimentos na União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos. A indução é tipicamente recomendada por razões médicas, como gravidez pós-termo (≥41 semanas), diabetes gestacional, perturbações hipertensivas da gravidez, rotura prematura de membranas ou preocupações com o crescimento fetal.
Início / Publicações / Publicação
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PREVISÃO DO TIPO DE PARTO APÓS INDUÇÃO COM RECURSO A MODELOS DE MACHINE LEARNING
Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Predicting vaginal delivery after labor induction using machine learning: Development of a multivariable prediction model
Data da publicação do artigo: Novembro de 2024
Fonte: Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica
Autores: Iolanda Ferreira, Joana Simões, João Correia, Ana Luísa Areia
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
O principal objetivo do estudo é desenvolver e validar um modelo de machine learning capaz de prever a probabilidade de um parto induzido ocorrer por via vaginal. O público-alvo inclui obstetras, profissionais de saúde envolvidos nos cuidados de maternidade e investigadores clínicos. Este estudo enquadra-se em áreas da saúde digital, tais como análise preditiva, Inteligência Artificial (IA) em obstetrícia, interpretabilidade de modelos algorítmicos e medicina personalizada.
Qual é o contexto?
A indução do trabalho de parto é um procedimento obstétrico frequentemente realizado que envolve a iniciação artificial das contrações uterinas antes do seu início espontâneo. O seu uso tem vindo a aumentar globalmente, particularmente em países de elevado rendimento, onde representa cerca de 25% dos nascimentos na União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos. A indução é tipicamente recomendada por razões médicas, como gravidez pós-termo (≥41 semanas), diabetes gestacional, perturbações hipertensivas da gravidez, rotura prematura de membranas ou preocupações com o crescimento fetal.
Embora seja uma ferramenta clínica valiosa, a indução pode resultar em cesarianas não planeadas, que estão associadas a custos mais elevados – incluindo maior tempo de internamento e maior exigência sobre os profissionais de saúde — bem como maiores riscos à saúde — como hemorragias, infeções, recuperação mais lenta e potenciais complicações em futuras gestações. As taxas de cesariana têm aumentado significativamente em muitos países, com Portugal a atingir os 37,1% em 2021. Vários fatores contribuem para esta tendência, incluindo idade materna avançada, obesidade, o recurso a tecnologias de reprodução assistida e preferências culturais.
Quais são as abordagens atuais?
Prever o tipo de parto após a indução é um desafio clínico significativo, influenciado por inúmeras variáveis. Ferramentas preditivas tradicionais como o índice de Bishop — que avalia o estado do colo uterino com base na dilatação (abertura do colo), na percentagem de extinção (encurtamento da espessura do colo), a posição e consistência do colo e o nível de descida do feto no canal pélvico — oferecem uma visão limitada do progresso do trabalho de parto, pois não consideram fatores maternos e obstétricos relevantes, como o número de partos anteriores, intervalo entre gravidezes e complicações durante a gravidez. De forma semelhante, modelos estatísticos convencionais demonstram limitações na sua precisão e abrangência de dados, frequentemente baseados em pequenos conjuntos de dados, assumindo o tempo como principal preditor e sem distinguir entre partos espontâneos e induzidos. Como resultado, apresentam baixa precisão, não conseguem reduzir eficazmente as taxas de cesariana e a adesão clínica é limitada, dado que os profissionais consideram variáveis que estes modelos não contemplam.
Para colmatar estas lacunas, estudos recentes exploraram abordagens de machine learning capazes de analisar grandes conjuntos de dados e capturar relações complexas e não lineares. Apesar de alguns modelos existentes apresentarem bom desempenho, continuam a ter limitações como enviesamentos, mistura de dados de partos espontâneos e induzidos e falta de validação rigorosa (como validação cruzada ou testes em conjuntos independentes). Ainda assim, modelos de machine learning multifatoriais representam um avanço promissor na direção de ferramentas de previsão mais precisas e personalizadas.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
A inovação deste estudo residiu no desenvolvimento de um modelo preditivo multivariável baseado em machine learning, focado exclusivamente na previsão do tipo de parto após a indução. Além de prever o desfecho, o modelo também se propõe a identificar quais os fatores clínicos com maior influência nessas previsões, promovendo a interpretabilidade.
Para o desenvolvimento do modelo, utilizou-se uma base de dados abrangente com dados clínicos de 2.434 grávidas a termo (entre 37 a 42 semanas de gestação) portadoras de um único bebé que foram submetidas a indução no Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, entre 2018 e 2021. Os dados foram recolhidos em diferentes momentos: durante consultas pré-natais, na admissão hospitalar para indução e durante o trabalho de parto. Inicialmente, resultaram num conjunto abrangente de 65 variáveis. Estas variáveis foram agrupadas em quatro categorias: fatores maternos (idade, altura, história clínica), dados intergestacionais (intervalo entre gestações, tipo de parto em gravidezes anteriores), detalhes atuais da gravidez (peso, índice de massa corporal, complicações) e especificidades da indução (idade gestacional, índice de Bishop, motivo e método de indução).
A avaliação do impacto e desempenho deste estudo foi realizada através da comparação do desempenho de vários modelos de machine learning: Regressão Logística, Random Forest, Multilayer Perceptron, Support Vetor Machine, AdaBoost e XGBoost para prever o resultado do parto após indução.
Para garantir a consistência, robustez e a capacidade de generalização dos modelos a dados não observados durante o treino, utilizou-se uma validação cruzada de 10 vezes: os dados foram divididos em 10 partes, utilizando 9 para treinar o modelo e a parte restante para testar o seu desempenho — repetindo este processo até que cada parte fosse testada uma vez. Para avaliar a variabilidade do desempenho e aumentar a confiança nos resultados, este ciclo completo de validação cruzada foi repetido 30 vezes com inicializações aleatórias.
O desempenho de cada modelo foi avaliado e comparado usando métricas-chave: AUROC (Area Under the Receiver Operating Characteristic Curve), que mede a capacidade do modelo de distinguir entre partos vaginais e cesarianas – onde 1,0 indica discriminação perfeita e 0,5 representa ao acaso; especificidade, que indica a proporção de partos vaginais reais que o modelo identificou corretamente, e sensibilidade, que indica a proporção de casos reais de cesariana que o modelo identificou corretamente. Para aumentar a relevância clínica e a transparência, o estudo também usou a SHAP (SHapley Additive exPlanations), uma técnica de IA explicável, que interpreta as previsões dos modelos, explicando o resultado de cada paciente. A SHAP quantifica o quanto cada variável contribuiu para uma previsão específica, ao mesmo tempo em que contabiliza as interações entre as variáveis.
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
O estudo constatou que 1.736 mulheres (71,3%) tiveram parto vaginal após a indução, enquanto 698 (28,7%) necessitaram de cesariana não planeada. As mulheres que realizaram cesariana eram geralmente mais velhas, tinham um índice de massa corporal mais elevado, menor probabilidade de ter tido partos anteriores, maior probabilidade de terem tido uma cesariana anterior e estavam menos preparadas fisicamente para o trabalho de parto, como indicado pelos valores mais baixos no índice de Bishop. As indicações mais frequentes para a indução foram preocupações com o crescimento fetal e gravidezes prolongadas (≥ 41 semanas). As cesarianas foram realizadas principalmente devido ao sofrimento fetal ou à falha na progressão do parto.
O modelo preditivo com melhor desempenho foi a Regressão Logística, com AUROC de 0,794, o que indica boa capacidade de discriminação. Também mostrou alta especificidade, identificando corretamente 91% dos partos vaginais — o que permite dar segurança às mulheres com baixo risco previsto de cesariana após a indução. A sensibilidade foi de 0,766, mostrando boa capacidade para detetar casos reais de cesariana. Os preditores mais importantes de sucesso no parto vaginal, segundo a análise SHAP, foram: índice de Bishop elevado, histórico de partos anteriores a termo, altura materna mais alta, menor tempo entre as gestações e histórico de parto vaginal. Estas características são largamente consistentes com o conhecimento clínico estabelecido, mas são agora quantitativamente confirmadas pelo modelo.
No futuro, o modelo deverá ser validado externamente em outros hospitais usando diferentes conjuntos de dados para confirmar a sua capacidade de generalização antes de ser amplamente adotado. Poderá ser integrado na prática clínica como ferramenta de apoio à decisão, fornecendo previsões personalizadas sobre o tipo de parto após indução, com base em dados individuais. Esta abordagem poderá melhorar o aconselhamento às grávidas, promover a tomada de decisões partilhadas entre mulheres e profissionais de saúde e ajudar a simular os resultados em diferentes idades gestacionais, orientando o melhor momento para indução. A longo prazo, este modelo pode contribuir para reduzir cesarianas desnecessárias, otimizar os recursos hospitalares e melhorar os resultados maternos e neonatais.
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PREVISÃO DO TIPO DE PARTO APÓS INDUÇÃO COM RECURSO A MODELOS DE MACHINE LEARNING
Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Predicting vaginal delivery after labor induction using machine learning: Development of a multivariable prediction model
Data da publicação do artigo: Novembro de 2024
Fonte: Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica
Autores: Iolanda Ferreira, Joana Simões, João Correia, Ana Luísa Areia
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
O principal objetivo do estudo é desenvolver e validar um modelo de machine learning capaz de prever a probabilidade de um parto induzido ocorrer por via vaginal. O público-alvo inclui obstetras, profissionais de saúde envolvidos nos cuidados de maternidade e investigadores clínicos. Este estudo enquadra-se em áreas da saúde digital, tais como análise preditiva, Inteligência Artificial (IA) em obstetrícia, interpretabilidade de modelos algorítmicos e medicina personalizada.
Qual é o contexto?
A indução do trabalho de parto é um procedimento obstétrico frequentemente realizado que envolve a iniciação artificial das contrações uterinas antes do seu início espontâneo. O seu uso tem vindo a aumentar globalmente, particularmente em países de elevado rendimento, onde representa cerca de 25% dos nascimentos na União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos. A indução é tipicamente recomendada por razões médicas, como gravidez pós-termo (≥41 semanas), diabetes gestacional, perturbações hipertensivas da gravidez, rotura prematura de membranas ou preocupações com o crescimento fetal.
Embora seja uma ferramenta clínica valiosa, a indução pode resultar em cesarianas não planeadas, que estão associadas a custos mais elevados – incluindo maior tempo de internamento e maior exigência sobre os profissionais de saúde — bem como maiores riscos à saúde — como hemorragias, infeções, recuperação mais lenta e potenciais complicações em futuras gestações. As taxas de cesariana têm aumentado significativamente em muitos países, com Portugal a atingir os 37,1% em 2021. Vários fatores contribuem para esta tendência, incluindo idade materna avançada, obesidade, o recurso a tecnologias de reprodução assistida e preferências culturais.
Quais são as abordagens atuais?
Prever o tipo de parto após a indução é um desafio clínico significativo, influenciado por inúmeras variáveis. Ferramentas preditivas tradicionais como o índice de Bishop — que avalia o estado do colo uterino com base na dilatação (abertura do colo), na percentagem de extinção (encurtamento da espessura do colo), a posição e consistência do colo e o nível de descida do feto no canal pélvico — oferecem uma visão limitada do progresso do trabalho de parto, pois não consideram fatores maternos e obstétricos relevantes, como o número de partos anteriores, intervalo entre gravidezes e complicações durante a gravidez. De forma semelhante, modelos estatísticos convencionais demonstram limitações na sua precisão e abrangência de dados, frequentemente baseados em pequenos conjuntos de dados, assumindo o tempo como principal preditor e sem distinguir entre partos espontâneos e induzidos. Como resultado, apresentam baixa precisão, não conseguem reduzir eficazmente as taxas de cesariana e a adesão clínica é limitada, dado que os profissionais consideram variáveis que estes modelos não contemplam.
Para colmatar estas lacunas, estudos recentes exploraram abordagens de machine learning capazes de analisar grandes conjuntos de dados e capturar relações complexas e não lineares. Apesar de alguns modelos existentes apresentarem bom desempenho, continuam a ter limitações como enviesamentos, mistura de dados de partos espontâneos e induzidos e falta de validação rigorosa (como validação cruzada ou testes em conjuntos independentes). Ainda assim, modelos de machine learning multifatoriais representam um avanço promissor na direção de ferramentas de previsão mais precisas e personalizadas.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
A inovação deste estudo residiu no desenvolvimento de um modelo preditivo multivariável baseado em machine learning, focado exclusivamente na previsão do tipo de parto após a indução. Além de prever o desfecho, o modelo também se propõe a identificar quais os fatores clínicos com maior influência nessas previsões, promovendo a interpretabilidade.
Para o desenvolvimento do modelo, utilizou-se uma base de dados abrangente com dados clínicos de 2.434 grávidas a termo (entre 37 a 42 semanas de gestação) portadoras de um único bebé que foram submetidas a indução no Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, entre 2018 e 2021. Os dados foram recolhidos em diferentes momentos: durante consultas pré-natais, na admissão hospitalar para indução e durante o trabalho de parto. Inicialmente, resultaram num conjunto abrangente de 65 variáveis. Estas variáveis foram agrupadas em quatro categorias: fatores maternos (idade, altura, história clínica), dados intergestacionais (intervalo entre gestações, tipo de parto em gravidezes anteriores), detalhes atuais da gravidez (peso, índice de massa corporal, complicações) e especificidades da indução (idade gestacional, índice de Bishop, motivo e método de indução).
A avaliação do impacto e desempenho deste estudo foi realizada através da comparação do desempenho de vários modelos de machine learning: Regressão Logística, Random Forest, Multilayer Perceptron, Support Vetor Machine, AdaBoost e XGBoost para prever o resultado do parto após indução.
Para garantir a consistência, robustez e a capacidade de generalização dos modelos a dados não observados durante o treino, utilizou-se uma validação cruzada de 10 vezes: os dados foram divididos em 10 partes, utilizando 9 para treinar o modelo e a parte restante para testar o seu desempenho — repetindo este processo até que cada parte fosse testada uma vez. Para avaliar a variabilidade do desempenho e aumentar a confiança nos resultados, este ciclo completo de validação cruzada foi repetido 30 vezes com inicializações aleatórias.
O desempenho de cada modelo foi avaliado e comparado usando métricas-chave: AUROC (Area Under the Receiver Operating Characteristic Curve), que mede a capacidade do modelo de distinguir entre partos vaginais e cesarianas – onde 1,0 indica discriminação perfeita e 0,5 representa ao acaso; especificidade, que indica a proporção de partos vaginais reais que o modelo identificou corretamente, e sensibilidade, que indica a proporção de casos reais de cesariana que o modelo identificou corretamente. Para aumentar a relevância clínica e a transparência, o estudo também usou a SHAP (SHapley Additive exPlanations), uma técnica de IA explicável, que interpreta as previsões dos modelos, explicando o resultado de cada paciente. A SHAP quantifica o quanto cada variável contribuiu para uma previsão específica, ao mesmo tempo em que contabiliza as interações entre as variáveis.
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
O estudo constatou que 1.736 mulheres (71,3%) tiveram parto vaginal após a indução, enquanto 698 (28,7%) necessitaram de cesariana não planeada. As mulheres que realizaram cesariana eram geralmente mais velhas, tinham um índice de massa corporal mais elevado, menor probabilidade de ter tido partos anteriores, maior probabilidade de terem tido uma cesariana anterior e estavam menos preparadas fisicamente para o trabalho de parto, como indicado pelos valores mais baixos no índice de Bishop. As indicações mais frequentes para a indução foram preocupações com o crescimento fetal e gravidezes prolongadas (≥ 41 semanas). As cesarianas foram realizadas principalmente devido ao sofrimento fetal ou à falha na progressão do parto.
O modelo preditivo com melhor desempenho foi a Regressão Logística, com AUROC de 0,794, o que indica boa capacidade de discriminação. Também mostrou alta especificidade, identificando corretamente 91% dos partos vaginais — o que permite dar segurança às mulheres com baixo risco previsto de cesariana após a indução. A sensibilidade foi de 0,766, mostrando boa capacidade para detetar casos reais de cesariana. Os preditores mais importantes de sucesso no parto vaginal, segundo a análise SHAP, foram: índice de Bishop elevado, histórico de partos anteriores a termo, altura materna mais alta, menor tempo entre as gestações e histórico de parto vaginal. Estas características são largamente consistentes com o conhecimento clínico estabelecido, mas são agora quantitativamente confirmadas pelo modelo.
No futuro, o modelo deverá ser validado externamente em outros hospitais usando diferentes conjuntos de dados para confirmar a sua capacidade de generalização antes de ser amplamente adotado. Poderá ser integrado na prática clínica como ferramenta de apoio à decisão, fornecendo previsões personalizadas sobre o tipo de parto após indução, com base em dados individuais. Esta abordagem poderá melhorar o aconselhamento às grávidas, promover a tomada de decisões partilhadas entre mulheres e profissionais de saúde e ajudar a simular os resultados em diferentes idades gestacionais, orientando o melhor momento para indução. A longo prazo, este modelo pode contribuir para reduzir cesarianas desnecessárias, otimizar os recursos hospitalares e melhorar os resultados maternos e neonatais.
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A cirurgia conservadora da mama tem como objetivo remover tumores, preservando o máximo de tecido mamário saudável possível, garantindo resultados estéticos ideais que são críticos para a qualidade de vida de um(a) paciente. Para alcançar…
Robótica colaborativa melhora as condições de trabalho
Os trabalhadores enfrentam desafios crescentes no ambiente industrial. Entre os mais críticos estão a fadiga e as posturas inadequadas, frequentemente associadas a tarefas repetitivas e a condições de trabalho que carecem de adequação ergonómica. Estes…
O papel das tecnologias móveis na monitorização e reabilitação da doença arterial periférica
A PAD é uma condição crónica prevalente, que afeta aproximadamente 200 milhões de indivíduos globalmente, caraterizada pela obstrução das artérias periféricas, especialmente nas extremidades inferiores, devido à formação de placas ateroscleróticas, que comprometem o fluxo…
Incorporação de implantes digitais nas imagens da TAC para planear a cirurgia ortopédica
A cirurgia ortopédica trata condições do sistema musculoesquelético para aliviar a dor, restaurar a função e melhorar a qualidade de vida do paciente. O sucesso destas cirurgias depende de um planeamento pré-operatório minucioso, que combina…
Saúde digital no topo dos resultados do Poliempreende nacional 2024
O Poliempreende é uma consolidada rede nacional de incentivo ao empreendedorismo no ensino superior em Portugal, com duas décadas de existência. Focado na promoção da inovação, o concurso tem gerado um impacto significativo na economia…
Solução digital facilita a interação entre utentes e profissionais de saúde
Muitos utentes enfrentam dificuldades em agendar consultas médicas nas unidades hospitalares, e, quando conseguem, frequentemente têm de esperar longos períodos para serem atendidos. Esta situação é agravada por problemas como a incompatibilidade de horários entre…
O impacto da integração de computação calma no processo clínico
Nos últimos anos, a transformação digital na área da saúde tem desempenhado um papel crucial, impulsionada pelo aumento exponencial de dados médicos. Estes abrangem desde informações administrativas até registos detalhados de diagnósticos, exames laboratoriais, imagens…
ULS Almada-Seixal revoluciona com primeiro Robot cirúrgico da região
Nos últimos anos, a ULSAS tem vindo a implementar gradualmente sistemas robóticos, reforçando o seu compromisso com a inovação e a melhoria dos cuidados de saúde. Recentemente, a instituição adquiriu um sistema robótico de última…
Intervenção online visa prevenir a ansiedade na população geral
Os transtornos de ansiedade são um problema global, afetando 300 milhões de pessoas em todo o mundo e colocando uma pressão significativa sobre os indivíduos e os sistemas de saúde. Só na Europa, o impacto…
Reabilitação da paralisia facial através de assistentes virtuais
A paralisia facial, definida pela incapacidade de mover um ou ambos os lados da face, tem uma incidência de 20 a 30 casos por 100.000 pessoas anualmente. Esta condição muitas vezes causa fraqueza facial, dificuldades…
Deteção da ansiedade e de ataques de pânico em tempo real
O crescente número de pessoas com transtornos de ansiedade, juntamente com o aumento da conscientização sobre a saúde mental, impulsiona a necessidade de novas ferramentas tecnológicas que forneçam a monitorização remota e contínua de transtornos…
Uma nova abordagem à Tele-Ecografia assistida por tecnologias robóticas
Atualmente, os sistemas robóticos para ecografia dividem-se em duas categorias principais: os robôs portáteis que exigem posicionamento manual e os sistemas robóticos totalmente autónomos que controlam de forma independente a orientação e o posicionamento da…
Dos grandes dados às grandes decisões: Como IA estratifica casos de cancro por fatores de risco
A CLARIFY Decision Support Platform (DSP) é uma aplicação web responsiva projetada para apoiar a tomada de decisões nos cuidados oncológicos através da integração de dados em tempo real e de análises preditivas. Construída com…
Do “texto livre” a dados clínicos estruturados: A base para sistemas de apoio à decisão médica
Atualmente, a prática de registar informações clínicas em “texto livre” oferece flexibilidade, mas dificulta a extração automática de dados, limitando a aplicação de modelos analíticos. A maior parte dos registos é não estruturada, e o…
Inteligência artificial utilizada na deteção de depressão em sobreviventes de cancro
O objetivo do projeto FAITH (Federated Artificial Intelligence solution for moniToring mental Health status after cancer treatment) é identificar e prever remotamente sintomas depressivos em sobreviventes de cancro usando uma abordagem de aprendizagem federada que…
Integração dos sistemas SONHO v2 e SClínico na ULS de Coimbra para melhorar cuidados de saúde
Com mais de meio milhão de consultas médicas hospitalares realizadas no primeiro semestre de 2024, a ULS de Coimbra destaca-se como uma instituição dedicada a cuidados de saúde integrados, de alta qualidade e centrados nas…
Ecossistema de cuidados para idosos: Uma plataforma inovadora para serviços personalizados e eficientes
Com a esperança de vida a aumentar e a taxa de fertilidade a diminuir, espera-se que, até 2050, a população com mais de 80 anos supere os jovens em várias regiões do mundo. O aumento…
Tecnologia inovadora que alivia subconscientemente a ansiedade através de um cachecol
A tecnologia SCAARF é uma ideia inovadora na área da saúde digital e da tecnologia wearable. A SCAARF visa a oferecer um método alternativo para aliviar os sintomas da ansiedade de uma forma não intrusiva…
Intervenções de saúde digital: Equidade dos cuidados da hipertensão para todos
Quase metade de todos os adultos nos Estados Unidos tem hipertensão, um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, e apenas cerca de um quarto (24%) dessas pessoas tem a hipertensão sob controlo. Estudos…
Personalização e tecnologia na gestão da diabetes
A crescente prevalência de doenças crónicas, particularmente DM, está a sobrecarregar os sistemas de saúde globais e a aumentar os custos dos cuidados de saúde devido à complexidade dos cuidados e à fraca integração, resultando…
Negociações sobre o Espaço Europeu de Dados de Saúde avançam com a participação da SPMS
O Espaço Europeu de Dados de Saúde será um sistema de partilha de dados de saúde comum à União Europeia. Prevê a utilização dos dados para fins que beneficiem as pessoas e a sociedade. Assegurará…
Secretária de Estado Margarida Tavares enfatiza inovação digital na promoção da saúde
O discurso de Margarida Tavares, Secretária de Estado da Promoção da Saúde, sublinhou a importância da digitalização e da inovação na promoção da saúde e prevenção de doenças, com uma perspetiva voltada para o futuro….
ARS Algarve moderniza radiologia com IA e novo data center
O serviço de radiologia da ARS Algarve já realizou perto de 29 mil exames utilizando a tecnologia de Inteligência Artificial (IA). Nos últimos anos, tem sido feita uma grande aposta em digitalização de imagem e…
Espaço Europeu de Dados de Saúde: Acesso unificado aos dados de saúde na UE
O objetivo do Espaço Europeu de Dados de Saúde (EEDS) é melhorar o uso de dados de saúde para fins de investigação, inovação e elaboração de políticas. Ao mesmo tempo, esta legislação visa dar aos…
Comissão Europeia altera programa Europa Digital com investimento de 762,7 milhões de euros
O Programa Europa Digital é o primeiro programa de financiamento da UE centrado em levar as tecnologias digitais até às empresas e aos cidadãos. Com um orçamento total previsto de 7,5 mil milhões de EUR…
SPMS integra a iniciativa TEF-Health
A SPMS participa na iniciativa TEF-Health como parceira de um consórcio composto por 51 entidades de 9 países da União Europeia. Esta ação é cofinanciada pela Comissão Europeia e tem uma duração de cinco anos….
FMUP cria academia júnior de inovação em saúde para estudantes do ensino secundário
A FMUP lançou a primeira edição da Academia Júnior no início de 2024. O programa permite aos participantes aprender mais sobre tópicos como as potencialidades no uso da inteligência artificial em saúde, o desenvolvimento da…
SPMS representa Portugal como vice-presidente da GDHP
A GDHP é uma organização intergovernamental da área da saúde digital que facilita a cooperação e colaboração entre representantes governamentais e a Organização Mundial da Saúde (OMS), cujo propósito é fomentar o desenvolvimento de políticas…
Transformação digital da saúde no INCoDe.2030 em Tomar
Dentro do roteiro INCoDe.2030, no evento em Tomar, a SPMS abordou o tema “Transformação digital da Saúde” com o objetivo de informar os projetos mais relevantes em curso e com maior impacto para profissionais de…
Hospital de Braga avalia memória com jogo interativo em pacientes com esclerose múltipla
A Esclerose Múltipla é conhecida como uma doença crónica do sistema nervoso central, com uma ampla variedade de sintomas motores e sensitivos, que podem conduzir à incapacidade de trabalho, sobrecarga socioeconómica e reduzida qualidade de…
Teleconsulta de neurocirurgia vence prémio de inovação
Durante a pandemia, o foco no combate à Covid-19 reduziu a atenção a outras doenças, criando uma necessidade urgente de recuperar a qualidade dos cuidados de saúde para essas condições. O objetivo do BI Award…
HealthData@PT: Nova iniciativa da SPMS para dados de saúde
A ação HealthData@PT é lançada no contexto da implementação do Espaço Europeu de Dados de Saúde, sendo uma iniciativa aprovada pela Comissão Europeia no âmbito do programa EU4Health 2021-2027. Esta iniciativa contribui para a transformação…
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