O envelhecimento demográfico impõe desafios significativos aos sistemas de saúde, intensificando a pressão sobre as infraestruturas e recursos humanos. Estima-se que, até 2050, a população idosa ultrapasse os 2 mil milhões de pessoas, tornando-se imperativo a implementação de soluções inovadoras para assegurar os cuidados eficazes e sustentáveis. As tecnologias de apoio desempenham um papel fundamental na promoção da autonomia e qualidade de vida da população idosa, permitindo a monitorização remota da saúde e a prestação de cuidados personalizados. Entre estas, os sistemas AAL, destacam-se como uma abordagem promissora, integrando sensores, dispositivos wearables e inteligência artificial para a monitorização continua de parâmetros fisiológicos e comportamentais. No entanto, a eficácia destas soluções depende da recolha e processamento de grandes volumes de dados sensíveis, incluindo informações clínicas, padrões de atividade e geolocalização, o que também impulsiona a monetização dos cuidados personalizados, levantando preocupações críticas de privacidade e segurança. idosos

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Plataformas de Saúde Digital para Idosos

Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Data Protection in Elderly Health Care Platforms
Data da publicação do artigo: 2018
Fonte: Repositório da Universidade do Minho
Autores: Ângelo Costa, Aliaksandra Yelshyna, Teresa Coelho Moreira, Francisco Carneiro Pacheco Andrade, Vicente Julián & Paulo Novais

Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
     O estudo tem como objetivo analisar os desafios da proteção de dados numa plataforma de cuidados de saúde para idosos, focada num sistema de Ambient Assisted Living (AAL), explorando os riscos de privacidade e segurança, as limitações regulatórias e as soluções tecnológicas necessárias para garantir a conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). O público-alvo inclui profissionais e entidades que atuam na interseção entre tecnologia, saúde e proteção de dados, nomeadamente especialistas em saúde digital, investigadores, entidades reguladoras e gestores de lares de idosos. O estudo enquadra-se em áreas da saúde digital, como a proteção de dados, cibersegurança e a regulamentação de tecnologias de apoio.

Qual é o contexto?
     O envelhecimento demográfico impõe desafios significativos aos sistemas de saúde, intensificando a pressão sobre as infraestruturas e recursos humanos. Estima-se que, até 2050, a população idosa ultrapasse os 2 mil milhões de pessoas, tornando-se imperativo a implementação de soluções inovadoras para assegurar os cuidados eficazes e sustentáveis.

     As tecnologias de apoio desempenham um papel fundamental na promoção da autonomia e qualidade de vida da população idosa, permitindo a monitorização remota da saúde e a prestação de cuidados personalizados. Entre estas, os sistemas AAL, destacam-se como uma abordagem promissora, integrando sensores, dispositivos wearables e inteligência artificial para a monitorização continua de parâmetros fisiológicos e comportamentais. No entanto, a eficácia destas soluções depende da recolha e processamento de grandes volumes de dados sensíveis, incluindo informações clínicas, padrões de atividade e geolocalização, o que também impulsiona a monetização dos cuidados personalizados, levantando preocupações críticas de privacidade e segurança.

     A reduzida literacia digital entre os idosos agrava a vulnerabilidade a práticas inadequadas de partilha de dados, enquanto a troca de informações entre prestadores de saúde e seguradoras, amplia os riscos de acessos não autorizados. Assim, garantir a conformidade com o RGPD e outras normativas é essencial para mitigar estes desafios. No entanto, a proteção dos dados é comprometida pela ausência de padronização na implementação de medidas de segurança, como criptografia e anonimização, e pela falta de mecanismos eficazes de supervisão.

Quais são as abordagens atuais?
     Atualmente, diversas abordagens tecnológicas e regulatórias têm sido implementadas para reforçar a privacidade e a segurança dos dados em aplicações móveis para idosos. Princípios como privacy by design e privacy by default garantem configurações que priorizam a proteção dos utilizadores, minimizando a recolha de dados e aumentando a transparência na sua utilização.

     A implementação de técnicas de criptografia avançada e anonimização reduzem o risco de acessos não autorizados e de reidentificação de utilizadores, especialmente quando os dados são partilhados para fins de investigação. Adicionalmente, mecanismos de autenticação e controlos de acesso — como autenticação multifatorial, biometria e tokens digitais — mitigam vulnerabilidades associadas a ciberameaças, como phishing, um tipo de ataque que utiliza comunicações fraudulentas para enganar os utilizadores e obter informações sensíveis, como credenciais de acesso e dados financeiros.

     No campo regulatório, além do cumprimento do RGPD, normativas específicas para aplicações de saúde digital estabelecem requisitos rigorosos de conformidade e certificação. Apesar dos avanços, permanece o desafio de conciliar a segurança com a usabilidade, especialmente para idosos com baixa literacia digital, tendo em conta as limitações tecnológicas de dispositivos menos avançados.

Em que consiste o estudo? Como é que é avaliado o impacto?
     Este estudo analisou as limitações legais e técnicas da proteção de dados em aplicações móveis para idosos, tendo como caso de estudo o projeto iGenda, um assistente cognitivo na área de AAL. O objetivo foi analisar a aplicação das regulamentações atuais, identificar barreiras e propor soluções para assegurar um equilíbrio entre segurança, privacidade e usabilidade.

     A investigação avaliou os mecanismos de proteção de dados implementados no iGenda, tais como anonimização, encriptação, autenticação segura e gestão de permissões, verificando a sua conformidade com normativas como o RGPD. Além disso, foram analisados desafios específicos enfrentados pelos idosos, incluindo dificuldades com autenticação multifatorial e riscos associados a ataques cibernéticos.

     O impacto foi avaliado através de uma abordagem multidimensional, combinando critérios técnicos e regulatórios com a perceção dos utilizadores idosos. Foram realizados testes de usabilidade e aplicados questionários para compreender a perceção dos idosos sobre a segurança do sistema e os desafios na utilização de mecanismos de proteção. Indicadores de acessibilidade e inclusão digital foram considerados para garantir um equilíbrio entre proteção de dados e facilidade de utilização.

Quais são os principais resultados? Qual é o impacto destes resultados? Qual é o futuro desta tecnologia?
     O estudo revelou que, apesar da implementação de mecanismos de segurança, persistem desafios na proteção de dados em aplicações móveis para idosos. A conformidade com o RGPD é frequentemente comprometida por dificuldades na gestão de permissões e pela complexidade dos sistemas de autenticação, especialmente para utilizadores com baixa literacia digital. Além disso, a perceção de segurança dos idosos influencia significativamente a sua aceitação da tecnologia, destacando a necessidade de soluções mais intuitivas e adaptadas.

     Desta forma, os resultados sublinharam a necessidade de regulamentações mais específicas para tecnologias de apoio e para a proteção de dados na população idosa. A complexidade dos mecanismos de segurança pode levar à rejeição da tecnologia, sendo essencial o desenvolvimento de soluções mais acessíveis. Foram identificadas vulnerabilidades associadas à reidentificação de dados anonimizados e à exposição a ciberameaças, como phishing.

     No futuro, espera-se que a evolução destas tecnologias de apoio passe pelo desenvolvimento de mecanismos de segurança adaptativos, que conciliem a proteção de dados e acessibilidade. Soluções como autenticação baseada em comportamento e interfaces mais intuitivas podem facilitar a interação dos idosos com as plataformas digitais. Além disso, avanços na inteligência artificial e aprendizagem automática poderão otimizar a gestão de permissões e a personalização da experiência do utilizador.

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Título original: Data Protection in Elderly Health Care Platforms
Data da publicação do artigo: 2018
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Autores: Ângelo Costa, Aliaksandra Yelshyna, Teresa Coelho Moreira, Francisco Carneiro Pacheco Andrade, Vicente Julián & Paulo Novais

Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
     O estudo tem como objetivo analisar os desafios da proteção de dados numa plataforma de cuidados de saúde para idosos, focada num sistema de Ambient Assisted Living (AAL), explorando os riscos de privacidade e segurança, as limitações regulatórias e as soluções tecnológicas necessárias para garantir a conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). O público-alvo inclui profissionais e entidades que atuam na interseção entre tecnologia, saúde e proteção de dados, nomeadamente especialistas em saúde digital, investigadores, entidades reguladoras e gestores de lares de idosos. O estudo enquadra-se em áreas da saúde digital, como a proteção de dados, cibersegurança e a regulamentação de tecnologias de apoio.

Qual é o contexto?
     O envelhecimento demográfico impõe desafios significativos aos sistemas de saúde, intensificando a pressão sobre as infraestruturas e recursos humanos. Estima-se que, até 2050, a população idosa ultrapasse os 2 mil milhões de pessoas, tornando-se imperativo a implementação de soluções inovadoras para assegurar os cuidados eficazes e sustentáveis.

     As tecnologias de apoio desempenham um papel fundamental na promoção da autonomia e qualidade de vida da população idosa, permitindo a monitorização remota da saúde e a prestação de cuidados personalizados. Entre estas, os sistemas AAL, destacam-se como uma abordagem promissora, integrando sensores, dispositivos wearables e inteligência artificial para a monitorização continua de parâmetros fisiológicos e comportamentais. No entanto, a eficácia destas soluções depende da recolha e processamento de grandes volumes de dados sensíveis, incluindo informações clínicas, padrões de atividade e geolocalização, o que também impulsiona a monetização dos cuidados personalizados, levantando preocupações críticas de privacidade e segurança.

     A reduzida literacia digital entre os idosos agrava a vulnerabilidade a práticas inadequadas de partilha de dados, enquanto a troca de informações entre prestadores de saúde e seguradoras, amplia os riscos de acessos não autorizados. Assim, garantir a conformidade com o RGPD e outras normativas é essencial para mitigar estes desafios. No entanto, a proteção dos dados é comprometida pela ausência de padronização na implementação de medidas de segurança, como criptografia e anonimização, e pela falta de mecanismos eficazes de supervisão.

Quais são as abordagens atuais?
     Atualmente, diversas abordagens tecnológicas e regulatórias têm sido implementadas para reforçar a privacidade e a segurança dos dados em aplicações móveis para idosos. Princípios como privacy by design e privacy by default garantem configurações que priorizam a proteção dos utilizadores, minimizando a recolha de dados e aumentando a transparência na sua utilização.

     A implementação de técnicas de criptografia avançada e anonimização reduzem o risco de acessos não autorizados e de reidentificação de utilizadores, especialmente quando os dados são partilhados para fins de investigação. Adicionalmente, mecanismos de autenticação e controlos de acesso — como autenticação multifatorial, biometria e tokens digitais — mitigam vulnerabilidades associadas a ciberameaças, como phishing, um tipo de ataque que utiliza comunicações fraudulentas para enganar os utilizadores e obter informações sensíveis, como credenciais de acesso e dados financeiros.

     No campo regulatório, além do cumprimento do RGPD, normativas específicas para aplicações de saúde digital estabelecem requisitos rigorosos de conformidade e certificação. Apesar dos avanços, permanece o desafio de conciliar a segurança com a usabilidade, especialmente para idosos com baixa literacia digital, tendo em conta as limitações tecnológicas de dispositivos menos avançados.

Em que consiste o estudo? Como é que é avaliado o impacto?
     Este estudo analisou as limitações legais e técnicas da proteção de dados em aplicações móveis para idosos, tendo como caso de estudo o projeto iGenda, um assistente cognitivo na área de AAL. O objetivo foi analisar a aplicação das regulamentações atuais, identificar barreiras e propor soluções para assegurar um equilíbrio entre segurança, privacidade e usabilidade.

     A investigação avaliou os mecanismos de proteção de dados implementados no iGenda, tais como anonimização, encriptação, autenticação segura e gestão de permissões, verificando a sua conformidade com normativas como o RGPD. Além disso, foram analisados desafios específicos enfrentados pelos idosos, incluindo dificuldades com autenticação multifatorial e riscos associados a ataques cibernéticos.

     O impacto foi avaliado através de uma abordagem multidimensional, combinando critérios técnicos e regulatórios com a perceção dos utilizadores idosos. Foram realizados testes de usabilidade e aplicados questionários para compreender a perceção dos idosos sobre a segurança do sistema e os desafios na utilização de mecanismos de proteção. Indicadores de acessibilidade e inclusão digital foram considerados para garantir um equilíbrio entre proteção de dados e facilidade de utilização.

Quais são os principais resultados? Qual é o impacto destes resultados? Qual é o futuro desta tecnologia?
     O estudo revelou que, apesar da implementação de mecanismos de segurança, persistem desafios na proteção de dados em aplicações móveis para idosos. A conformidade com o RGPD é frequentemente comprometida por dificuldades na gestão de permissões e pela complexidade dos sistemas de autenticação, especialmente para utilizadores com baixa literacia digital. Além disso, a perceção de segurança dos idosos influencia significativamente a sua aceitação da tecnologia, destacando a necessidade de soluções mais intuitivas e adaptadas.

     Desta forma, os resultados sublinharam a necessidade de regulamentações mais específicas para tecnologias de apoio e para a proteção de dados na população idosa. A complexidade dos mecanismos de segurança pode levar à rejeição da tecnologia, sendo essencial o desenvolvimento de soluções mais acessíveis. Foram identificadas vulnerabilidades associadas à reidentificação de dados anonimizados e à exposição a ciberameaças, como phishing.

     No futuro, espera-se que a evolução destas tecnologias de apoio passe pelo desenvolvimento de mecanismos de segurança adaptativos, que conciliem a proteção de dados e acessibilidade. Soluções como autenticação baseada em comportamento e interfaces mais intuitivas podem facilitar a interação dos idosos com as plataformas digitais. Além disso, avanços na inteligência artificial e aprendizagem automática poderão otimizar a gestão de permissões e a personalização da experiência do utilizador.

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