O setor da saúde vive uma transformação acelerada impulsionada pelo envelhecimento populacional, pela complexidade dos cuidados e pelos avanços digitais, num cenário que exige maior integração, sustentabilidade e adaptação a novas realidades como o Espaço Europeu de Dados de Saúde. A digitalização permitiu a adoção de registos eletrónicos, plataformas de comunicação clínica e infraestruturas interoperáveis, mas a fragmentação dos sistemas e a falta de normalização comprometem a interoperabilidade. A telemedicina tornou-se essencial, embora dependa ainda de regulamentação, aceitação profissional e investimento contínuo em infraestruturas digitais. A monitorização remota com wearables e apps contribui para a continuidade dos cuidados, mas enfrenta desafios como a literacia digital, a proteção de dados e a validação clínica. A inteligência artificial impulsiona a personalização dos cuidados, embora limitada por barreiras técnicas, éticas e de integração como a opacidade algorítmica (black-box AI), o enviesamento de dados e a dificuldade de integração com sistemas informáticos desatualizados.

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Literatura sobre os cuidados de saúde no futuro

Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Emerging trends in healthcare and the impact on tomorrow patients
Data da publicação do artigo: Novembro de 2024
Fonte: Repositório da Universidade Nova de Lisboa
Autor: Ana Rita Mateus
Orientador: Eduardo Redondo

Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
     O estudo visa analisar as tendências emergentes no setor da saúde e o seu impacto nos cuidados, dirigido a profissionais de saúde, decisores, gestores, investigadores, associações de doentes, empresas do setor da saúde e entidades reguladoras com foco na telemedicina, inteligência artificial, monitorização remota, interoperabilidade e literacia digital.

Qual é o contexto?
     O setor da saúde vive uma transformação acelerada impulsionada pelo envelhecimento populacional, pela complexidade dos cuidados e pelos avanços digitais, num cenário que exige maior integração, sustentabilidade e adaptação a novas realidades como o Espaço Europeu de Dados de Saúde.

Quais são as abordagens atuais?
     A digitalização permitiu a adoção de registos eletrónicos, plataformas de comunicação clínica e infraestruturas interoperáveis, mas a fragmentação dos sistemas e a falta de normalização comprometem a interoperabilidade. A telemedicina tornou-se essencial, embora dependa ainda de regulamentação, aceitação profissional e investimento contínuo em infraestruturas digitais. A monitorização remota com wearables e apps contribui para a continuidade dos cuidados, mas enfrenta desafios como a literacia digital, a proteção de dados e a validação clínica. A inteligência artificial impulsiona a personalização dos cuidados, embora limitada por barreiras técnicas, éticas e de integração como a opacidade algorítmica (black-box AI), o enviesamento de dados e a dificuldade de integração com sistemas informáticos desatualizados.

Em que consiste o estudo? Como é que é avaliado o impacto?
     Este estudo consistiu numa abordagem metodológica mista, combinando uma análise bibliométrica com a realização de entrevistas semi-estruturadas a especialistas nacionais e internacionais com diferentes contextos profissionais.

     Na bibliometria foram analisados artigos científicos internacionais publicados entre 2014 e 2024 no PubMed. Utilizou-se uma estratégia de pesquisa iterativa, com atualização contínua das palavras-chave com base nos resultados obtidos, de forma a incluir os temas mais relevantes. Foram testadas cerca de 30 combinações de palavras-chave relacionadas com inovação, saúde digital, impacto no doente e tendências emergentes.

     Em paralelo, foram conduzidas 20 entrevistas a profissionais com experiência em saúde, inovação, tecnologia e gestão — incluindo médicos, investigadores, líderes institucionais, representantes de associações de doentes, líderes de organismos públicos e membros de empresas do setor. Estas entrevistas permitiram recolher contributos qualificados sobre os desafios, oportunidades e impactos da adoção das novas tecnologias, bem como sobre a evolução esperada na organização dos cuidados e na experiência do utente.

     A avaliação do impacto combinou a análise quantitativa da bibliometria (volume de publicações, frequência de palavras-chave e correlações entre tópicos emergentes) com a análise qualitativa das entrevistas, centrada na perceção dos especialistas sobre o papel das tecnologias nas organizações, na relação entre profissionais-utente, e na forma como os sistemas de saúde respondem a desafios como o envelhecimento populacional, a sustentabilidade e a equidade.

Quais são os principais resultados? Qual é o futuro destas tecnologias?
     A análise bibliométrica revelou um forte crescimento da produção científica em domínios como a inteligência artificial, a telemedicina, a monitorização remota, a interoperabilidade dos sistemas e a literacia digital — refletindo uma tendência para melhorar a eficiência, a personalização e a continuidade dos cuidados. Estes domínios foram também destacados durante as entrevistas como prioritários para melhorar o acesso, a qualidade e a sustentabilidade dos cuidados de saúde, no entanto, constrangimentos também foram referidos, nomeadamente a fragmentação dos sistemas, a escassez de competências digitais, as lacunas regulatórias e os riscos de exclusão digital. Verificou-se também uma valorização crescente de modelos de cuidados mais próximos das pessoas, com destaque para abordagens híbridas e descentralizadas que incluem componentes presenciais, digitais e comunitárias.

     O futuro destas tecnologias dependerá do reforço da literacia digital da população, da capacitação contínua dos profissionais, do desenho de modelos de financiamento sustentáveis e da existência de mecanismos transparentes e eficazes de governação tecnológica. A transição digital representa uma oportunidade de garantir sistemas de saúde mais resilientes, equitativos e sustentáveis, capazes de responder à constante evolução da sociedade.

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Autor: Ana Rita Mateus
Orientador: Eduardo Redondo

Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
     O estudo visa analisar as tendências emergentes no setor da saúde e o seu impacto nos cuidados, dirigido a profissionais de saúde, decisores, gestores, investigadores, associações de doentes, empresas do setor da saúde e entidades reguladoras com foco na telemedicina, inteligência artificial, monitorização remota, interoperabilidade e literacia digital.

Qual é o contexto?
     O setor da saúde vive uma transformação acelerada impulsionada pelo envelhecimento populacional, pela complexidade dos cuidados e pelos avanços digitais, num cenário que exige maior integração, sustentabilidade e adaptação a novas realidades como o Espaço Europeu de Dados de Saúde.

Quais são as abordagens atuais?
     A digitalização permitiu a adoção de registos eletrónicos, plataformas de comunicação clínica e infraestruturas interoperáveis, mas a fragmentação dos sistemas e a falta de normalização comprometem a interoperabilidade. A telemedicina tornou-se essencial, embora dependa ainda de regulamentação, aceitação profissional e investimento contínuo em infraestruturas digitais. A monitorização remota com wearables e apps contribui para a continuidade dos cuidados, mas enfrenta desafios como a literacia digital, a proteção de dados e a validação clínica. A inteligência artificial impulsiona a personalização dos cuidados, embora limitada por barreiras técnicas, éticas e de integração como a opacidade algorítmica (black-box AI), o enviesamento de dados e a dificuldade de integração com sistemas informáticos desatualizados.

Em que consiste o estudo? Como é que é avaliado o impacto?
     Este estudo consistiu numa abordagem metodológica mista, combinando uma análise bibliométrica com a realização de entrevistas semi-estruturadas a especialistas nacionais e internacionais com diferentes contextos profissionais.

     Na bibliometria foram analisados artigos científicos internacionais publicados entre 2014 e 2024 no PubMed. Utilizou-se uma estratégia de pesquisa iterativa, com atualização contínua das palavras-chave com base nos resultados obtidos, de forma a incluir os temas mais relevantes. Foram testadas cerca de 30 combinações de palavras-chave relacionadas com inovação, saúde digital, impacto no doente e tendências emergentes.

     Em paralelo, foram conduzidas 20 entrevistas a profissionais com experiência em saúde, inovação, tecnologia e gestão — incluindo médicos, investigadores, líderes institucionais, representantes de associações de doentes, líderes de organismos públicos e membros de empresas do setor. Estas entrevistas permitiram recolher contributos qualificados sobre os desafios, oportunidades e impactos da adoção das novas tecnologias, bem como sobre a evolução esperada na organização dos cuidados e na experiência do utente.

     A avaliação do impacto combinou a análise quantitativa da bibliometria (volume de publicações, frequência de palavras-chave e correlações entre tópicos emergentes) com a análise qualitativa das entrevistas, centrada na perceção dos especialistas sobre o papel das tecnologias nas organizações, na relação entre profissionais-utente, e na forma como os sistemas de saúde respondem a desafios como o envelhecimento populacional, a sustentabilidade e a equidade.

Quais são os principais resultados? Qual é o futuro destas tecnologias?
     A análise bibliométrica revelou um forte crescimento da produção científica em domínios como a inteligência artificial, a telemedicina, a monitorização remota, a interoperabilidade dos sistemas e a literacia digital — refletindo uma tendência para melhorar a eficiência, a personalização e a continuidade dos cuidados. Estes domínios foram também destacados durante as entrevistas como prioritários para melhorar o acesso, a qualidade e a sustentabilidade dos cuidados de saúde, no entanto, constrangimentos também foram referidos, nomeadamente a fragmentação dos sistemas, a escassez de competências digitais, as lacunas regulatórias e os riscos de exclusão digital. Verificou-se também uma valorização crescente de modelos de cuidados mais próximos das pessoas, com destaque para abordagens híbridas e descentralizadas que incluem componentes presenciais, digitais e comunitárias.

     O futuro destas tecnologias dependerá do reforço da literacia digital da população, da capacitação contínua dos profissionais, do desenho de modelos de financiamento sustentáveis e da existência de mecanismos transparentes e eficazes de governação tecnológica. A transição digital representa uma oportunidade de garantir sistemas de saúde mais resilientes, equitativos e sustentáveis, capazes de responder à constante evolução da sociedade.

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