A PAD é uma doença cardiovascular progressiva resultante do estreitamento ou obstrução das artérias dos membros inferiores, consequência da aterosclerose — um processo crónico caracterizado pela formação de placas de gordura e tecido fibroso na parede arterial, que conduzem à redução do fluxo sanguíneo. O seu desenvolvimento é favorecido por fatores de risco como o tabagismo, a hipertensão arterial, a diabetes e o colesterol elevado. Embora frequentemente assintomática nas fases iniciais, manifesta-se tipicamente por claudicação intermitente, definida por dor ou cãibras que surgem ao caminhar e melhoram com o repouso. Contudo, quanto mais se caminha, menos dor tende a surgir ao longo do tempo, uma vez que o exercício regular melhora a oxigenação muscular e ajuda a travar a progressão da doença. Já a ausência de atividade física consistente conduz a uma redução progressiva da mobilidade e da autonomia, conduzindo a sedentarismo, dependência funcional, isolamento social e elevada prevalência de sintomas de ansiedade e depressão.
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MAIS DISTÂNCIA, MENOS DOR: IMPACTO DE UM PROGRAMA DIGITAL NA DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA
Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Effect of a monitored home-based exercise program combined with a behavior change intervention and a smartphone app on walking distances and quality of life in adults with peripheral arterial disease: the WalkingPad randomized clinical trial
Data da publicação do artigo: Novembro de 2023
Fonte: Frontiers in Cardiovascular Medicine
Autores: Ivone Silva, Célia Sofia Moreira, Susana Pedras, Rafaela Oliveira, Carlos Veiga, Luís Moreira, Daniel Santarém, Daniel Guedes & Hugo Paredes
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
O estudo WalkingPad teve como objetivo avaliar a eficácia de um programa de terapia de exercício domiciliário combinado com uma intervenção de mudança comportamental, suportado por uma aplicação móvel desenvolvida para monitorização e acompanhamento remoto de pessoas com doença arterial periférica (PAD) e claudicação intermitente. O trabalho destina-se a profissionais de saúde, investigadores em reabilitação cardiovascular e tecnologias aplicadas à saúde, bem como a decisores e gestores interessados em soluções digitais de reabilitação, enquadrando-se nas áreas do e-Health, m-Health, terapêuticas digitais, telemonitorização e reabilitação vascular digital.
Qual é o contexto?
A PAD é uma doença cardiovascular progressiva resultante do estreitamento ou obstrução das artérias dos membros inferiores, consequência da aterosclerose — um processo crónico caracterizado pela formação de placas de gordura e tecido fibroso na parede arterial, que conduzem à redução do fluxo sanguíneo. O seu desenvolvimento é favorecido por fatores de risco como o tabagismo, a hipertensão arterial, a diabetes e o colesterol elevado. Embora frequentemente assintomática nas fases iniciais, manifesta-se tipicamente por claudicação intermitente, definida por dor ou cãibras que surgem ao caminhar e melhoram com o repouso. Contudo, quanto mais se caminha, menos dor tende a surgir ao longo do tempo, uma vez que o exercício regular melhora a oxigenação muscular e ajuda a travar a progressão da doença. Já a ausência de atividade física consistente conduz a uma redução progressiva da mobilidade e da autonomia, conduzindo a sedentarismo, dependência funcional, isolamento social e elevada prevalência de sintomas de ansiedade e depressão.
Para além do impacto local nos membros inferiores, a PAD constitui um marcador sistémico de aterosclerose, estando associada a maior risco de enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e mortalidade precoce. Assim, deve ser entendida como um problema de saúde pública com forte repercussão na qualidade de vida e no prognóstico cardiovascular global.
Quais são as abordagens atuais?
As recomendações internacionais apontam os programas de exercício supervisionado em ambiente clínico como tratamento de primeira linha para a PAD, com benefícios amplamente comprovados na melhoria da distância de caminhada sem dor e da qualidade de vida. No entanto, a escassez de centros especializados, os custos associados e as barreiras logísticas dificultam a sua implementação generalizada e reduzem a acessibilidade dos doentes. Como alternativa, a terapia de exercício domiciliário apresenta-se como uma opção viável, permitindo a realização de caminhadas estruturadas no contexto residencial. Embora eficaz a curto prazo, a ausência de supervisão direta compromete a motivação dos doentes e limita a sustentabilidade dos resultados ao longo do tempo.
Neste cenário, têm ganho relevância as intervenções de mudança comportamental, destinadas a reforçar a motivação e a promover a adesão ao exercício, frequentemente associadas a estratégias de aconselhamento em estilo de vida saudável. Em paralelo, o desenvolvimento de ferramentas digitais como aplicações móveis, pedómetros, acelerómetros e outros dispositivos portáteis, tem facilitado a monitorização da atividade física, o envio de lembretes personalizados e a partilha de dados com profissionais de saúde. Apesar do seu potencial, estas soluções digitais continuam a enfrentar limitações significativas, incluindo a reduzida validação clínica, a fraca integração nos sistemas de saúde e dificuldades de usabilidade em populações mais envelhecidas, fatores que condicionam a sua eficácia e dificultam a adoção em larga escala.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
A inovação do WalkingPad residiu no desenvolvimento de uma aplicação móvel e de uma plataforma web concebidas especificamente para apoiar programas de exercício domiciliário a pessoas com PAD e claudicação intermitente. O WalkingPad tem como objetivo melhorar a distância de caminhada percorrida sem dor, a qualidade de vida e prevenir complicações graves, como amputações.
Esta solução tecnológica permitiu a prescrição e monitorização remota de planos individualizados de caminhada — com rotas próximas da residência do paciente e intensidade ajustada à sua condição clínica – bem como o registo automático da distância percorrida, o auto-registo da dor em tempo real, o envio de mensagens motivacionais e de recomendações personalizadas de progressão (como fazer pausas quando a dor claudicante aumenta e registar esse momento). Além disso, integrou sistemas de geolocalização e parâmetros biométricos que permitem validar a identidade e a condição clínica do paciente, analisando o padrão de marcha e identificando alterações que possam sinalizar agravamento da condição ou indicar que a caminhada foi realizada por outra pessoa. Os dados foram transmitidos em segurança para a plataforma web, permitindo aos profissionais acompanhar a evolução clínica e fornecer feedback personalizado.
O programa incorporou ainda uma intervenção comportamental baseada na Self-Determination Theory, incluindo duas sessões presenciais de 120 minutos e chamadas telefónicas regulares ao longo de 24 semanas, conduzidas por um psicólogo, com o objetivo de apoiar a autogestão, identificar barreiras individuais e reforçar progressos, com chamadas telefónicas adicionais em caso de interrupção para incentivar a continuidade.
O ensaio clínico decorreu no Centro Hospitalar Universitário de Santo António, envolvendo 73 participantes com PAD e claudicação intermitente, dos quais 60 completaram as três avaliações (baseline, 3 e 6 meses). Os doentes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: o grupo experimental (n=38), que utilizou o WalkingPad, e o grupo de controlo (n=35), que registou manualmente as sessões num diário em papel. Ambos os grupos receberam tratamento padrão e prescrição de exercício estruturado (30 minutos, três vezes por semana, até dor quase máxima).
O impacto da intervenção foi avaliado através de resultados primários — distância percorrida sem dor, distância funcional de caminhada, distância máxima percorrida e teste de caminhada dos 6 minutos — e de resultados secundários, incluindo qualidade de vida (Vascular Disease-Specific Quality of Life Questionnaire e 12-Item Short Form Health Survey), desempenho funcional (Walking Impairment Questionnaire) e estado emocional (Geriatric Anxiety Inventory-Short Form e Geriatric Depression Scale-5).
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
Os resultados deste estudo demonstraram melhorias clínicas significativas no grupo que utilizou a aplicação móvel em complemento à prescrição de exercício estruturado e à intervenção comportamental. Aos 3 meses, verificou-se um aumento médio de 93 metros na distância percorrida sem dor e de 136 metros na distância funcional de caminhada, refletindo ganhos expressivos na tolerância ao esforço. Aos 6 meses, os progressos foram ainda mais consistentes, com incrementos médios de 210 metros na distância máxima percorrida e de 48 metros no teste de caminhada dos 6 minutos. Para além destes parâmetros funcionais, registaram-se melhorias significativas na qualidade de vida, na perceção da capacidade de caminhada e no estado emocional, com redução de sintomas de ansiedade e depressão.
O grupo de controlo, que realizou o mesmo programa de exercício, mas recorreu apenas ao registo manual em diário em papel, também apresentou evolução positiva, embora de menor magnitude. Aos 3 meses, o aumento médio foi de 42 metros na distância percorrida sem dor e de 61 metros na distância funcional de caminhada, enquanto aos 6 meses se observaram 108 metros na distância máxima percorrida e 19 metros no teste de caminhada dos 6 minutos. Estes resultados, apesar de encorajadores, demonstraram um impacto substancialmente inferior em comparação com o grupo acompanhado digitalmente, confirmando que a integração da aplicação reforçou a adesão, a consistência e a eficácia da reabilitação.
O futuro desta abordagem passa pela sua integração em larga escala nos sistemas de saúde e pela adaptação a outras condições cardiovasculares crónicas, abrindo caminho para modelos de reabilitação mais personalizados, acessíveis e sustentáveis, capazes de ampliar o impacto clínico e social da reabilitação vascular.
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MAIS DISTÂNCIA, MENOS DOR: IMPACTO DE UM PROGRAMA DIGITAL NA DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA
Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Effect of a monitored home-based exercise program combined with a behavior change intervention and a smartphone app on walking distances and quality of life in adults with peripheral arterial disease: the WalkingPad randomized clinical trial
Data da publicação do artigo: Novembro de 2023
Fonte: Frontiers in Cardiovascular Medicine
Autores: Ivone Silva, Célia Sofia Moreira, Susana Pedras, Rafaela Oliveira, Carlos Veiga, Luís Moreira, Daniel Santarém, Daniel Guedes & Hugo Paredes
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
O estudo WalkingPad teve como objetivo avaliar a eficácia de um programa de terapia de exercício domiciliário combinado com uma intervenção de mudança comportamental, suportado por uma aplicação móvel desenvolvida para monitorização e acompanhamento remoto de pessoas com doença arterial periférica (PAD) e claudicação intermitente. O trabalho destina-se a profissionais de saúde, investigadores em reabilitação cardiovascular e tecnologias aplicadas à saúde, bem como a decisores e gestores interessados em soluções digitais de reabilitação, enquadrando-se nas áreas do e-Health, m-Health, terapêuticas digitais, telemonitorização e reabilitação vascular digital.
Qual é o contexto?
A PAD é uma doença cardiovascular progressiva resultante do estreitamento ou obstrução das artérias dos membros inferiores, consequência da aterosclerose — um processo crónico caracterizado pela formação de placas de gordura e tecido fibroso na parede arterial, que conduzem à redução do fluxo sanguíneo. O seu desenvolvimento é favorecido por fatores de risco como o tabagismo, a hipertensão arterial, a diabetes e o colesterol elevado. Embora frequentemente assintomática nas fases iniciais, manifesta-se tipicamente por claudicação intermitente, definida por dor ou cãibras que surgem ao caminhar e melhoram com o repouso. Contudo, quanto mais se caminha, menos dor tende a surgir ao longo do tempo, uma vez que o exercício regular melhora a oxigenação muscular e ajuda a travar a progressão da doença. Já a ausência de atividade física consistente conduz a uma redução progressiva da mobilidade e da autonomia, conduzindo a sedentarismo, dependência funcional, isolamento social e elevada prevalência de sintomas de ansiedade e depressão.
Para além do impacto local nos membros inferiores, a PAD constitui um marcador sistémico de aterosclerose, estando associada a maior risco de enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e mortalidade precoce. Assim, deve ser entendida como um problema de saúde pública com forte repercussão na qualidade de vida e no prognóstico cardiovascular global.
Quais são as abordagens atuais?
As recomendações internacionais apontam os programas de exercício supervisionado em ambiente clínico como tratamento de primeira linha para a PAD, com benefícios amplamente comprovados na melhoria da distância de caminhada sem dor e da qualidade de vida. No entanto, a escassez de centros especializados, os custos associados e as barreiras logísticas dificultam a sua implementação generalizada e reduzem a acessibilidade dos doentes. Como alternativa, a terapia de exercício domiciliário apresenta-se como uma opção viável, permitindo a realização de caminhadas estruturadas no contexto residencial. Embora eficaz a curto prazo, a ausência de supervisão direta compromete a motivação dos doentes e limita a sustentabilidade dos resultados ao longo do tempo.
Neste cenário, têm ganho relevância as intervenções de mudança comportamental, destinadas a reforçar a motivação e a promover a adesão ao exercício, frequentemente associadas a estratégias de aconselhamento em estilo de vida saudável. Em paralelo, o desenvolvimento de ferramentas digitais como aplicações móveis, pedómetros, acelerómetros e outros dispositivos portáteis, tem facilitado a monitorização da atividade física, o envio de lembretes personalizados e a partilha de dados com profissionais de saúde. Apesar do seu potencial, estas soluções digitais continuam a enfrentar limitações significativas, incluindo a reduzida validação clínica, a fraca integração nos sistemas de saúde e dificuldades de usabilidade em populações mais envelhecidas, fatores que condicionam a sua eficácia e dificultam a adoção em larga escala.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
A inovação do WalkingPad residiu no desenvolvimento de uma aplicação móvel e de uma plataforma web concebidas especificamente para apoiar programas de exercício domiciliário a pessoas com PAD e claudicação intermitente. O WalkingPad tem como objetivo melhorar a distância de caminhada percorrida sem dor, a qualidade de vida e prevenir complicações graves, como amputações.
Esta solução tecnológica permitiu a prescrição e monitorização remota de planos individualizados de caminhada — com rotas próximas da residência do paciente e intensidade ajustada à sua condição clínica – bem como o registo automático da distância percorrida, o auto-registo da dor em tempo real, o envio de mensagens motivacionais e de recomendações personalizadas de progressão (como fazer pausas quando a dor claudicante aumenta e registar esse momento). Além disso, integrou sistemas de geolocalização e parâmetros biométricos que permitem validar a identidade e a condição clínica do paciente, analisando o padrão de marcha e identificando alterações que possam sinalizar agravamento da condição ou indicar que a caminhada foi realizada por outra pessoa. Os dados foram transmitidos em segurança para a plataforma web, permitindo aos profissionais acompanhar a evolução clínica e fornecer feedback personalizado.
O programa incorporou ainda uma intervenção comportamental baseada na Self-Determination Theory, incluindo duas sessões presenciais de 120 minutos e chamadas telefónicas regulares ao longo de 24 semanas, conduzidas por um psicólogo, com o objetivo de apoiar a autogestão, identificar barreiras individuais e reforçar progressos, com chamadas telefónicas adicionais em caso de interrupção para incentivar a continuidade.
O ensaio clínico decorreu no Centro Hospitalar Universitário de Santo António, envolvendo 73 participantes com PAD e claudicação intermitente, dos quais 60 completaram as três avaliações (baseline, 3 e 6 meses). Os doentes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: o grupo experimental (n=38), que utilizou o WalkingPad, e o grupo de controlo (n=35), que registou manualmente as sessões num diário em papel. Ambos os grupos receberam tratamento padrão e prescrição de exercício estruturado (30 minutos, três vezes por semana, até dor quase máxima).
O impacto da intervenção foi avaliado através de resultados primários — distância percorrida sem dor, distância funcional de caminhada, distância máxima percorrida e teste de caminhada dos 6 minutos — e de resultados secundários, incluindo qualidade de vida (Vascular Disease-Specific Quality of Life Questionnaire e 12-Item Short Form Health Survey), desempenho funcional (Walking Impairment Questionnaire) e estado emocional (Geriatric Anxiety Inventory-Short Form e Geriatric Depression Scale-5).
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
Os resultados deste estudo demonstraram melhorias clínicas significativas no grupo que utilizou a aplicação móvel em complemento à prescrição de exercício estruturado e à intervenção comportamental. Aos 3 meses, verificou-se um aumento médio de 93 metros na distância percorrida sem dor e de 136 metros na distância funcional de caminhada, refletindo ganhos expressivos na tolerância ao esforço. Aos 6 meses, os progressos foram ainda mais consistentes, com incrementos médios de 210 metros na distância máxima percorrida e de 48 metros no teste de caminhada dos 6 minutos. Para além destes parâmetros funcionais, registaram-se melhorias significativas na qualidade de vida, na perceção da capacidade de caminhada e no estado emocional, com redução de sintomas de ansiedade e depressão.
O grupo de controlo, que realizou o mesmo programa de exercício, mas recorreu apenas ao registo manual em diário em papel, também apresentou evolução positiva, embora de menor magnitude. Aos 3 meses, o aumento médio foi de 42 metros na distância percorrida sem dor e de 61 metros na distância funcional de caminhada, enquanto aos 6 meses se observaram 108 metros na distância máxima percorrida e 19 metros no teste de caminhada dos 6 minutos. Estes resultados, apesar de encorajadores, demonstraram um impacto substancialmente inferior em comparação com o grupo acompanhado digitalmente, confirmando que a integração da aplicação reforçou a adesão, a consistência e a eficácia da reabilitação.
O futuro desta abordagem passa pela sua integração em larga escala nos sistemas de saúde e pela adaptação a outras condições cardiovasculares crónicas, abrindo caminho para modelos de reabilitação mais personalizados, acessíveis e sustentáveis, capazes de ampliar o impacto clínico e social da reabilitação vascular.
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Exergames de realidade virtual como ferramenta para o diagnóstico de doenças oculares
As doenças oculares representam um desafio crescente para a saúde pública em Portugal, comprometendo significativamente a qualidade de vida da população. O aumento da sua prevalência está associado a diversos fatores, como o envelhecimento demográfico,…
Melhoria da eficiência no acompanhamento clínico de casos Covid-19 com uma plataforma digital
A COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, é uma doença altamente contagiosa com potencial para provocar consequências graves, exigindo o isolamento dos indivíduos infetados e o respetivo acompanhamento clínico. Enquanto os casos mais graves requerem internamento,…
A ameaça crescente da resistência a antibióticos em Klebsiella nos Hospitais Portugueses
As infeções associadas aos cuidados de saúde representam uma grave ameaça à saúde pública, sendo adquiridas durante tratamentos médicos ou internamentos hospitalares, resultando frequentemente em hospitalizações prolongadas, custos elevados para os sistemas de saúde e…
Redes neuronais profundas e o futuro da detecção precoce da doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando mais de 55 milhões de pessoas globalmente e representando cerca de 70% dos casos de demência. Em Portugal, estima-se que 200 mil pessoas…
Os desafios na proteção de dados em plataformas de saúde digital para idosos
O envelhecimento demográfico impõe desafios significativos aos sistemas de saúde, intensificando a pressão sobre as infraestruturas e recursos humanos. Estima-se que, até 2050, a população idosa ultrapasse os 2 mil milhões de pessoas, tornando-se imperativo…
Aplicação móvel para melhorar fluxos de trabalho em lares de idosos
Portugal apresenta uma das populações mais envelhecidas do mundo, o que exerce uma pressão crescente sobre os serviços de apoio a idosos, especialmente em lares. Os profissionais de saúde nestas instituições estão frequentemente sobrecarregados devido…
Facilitando o diagnóstico da Epilepsia com um sistema de EEG Wearable sem fios
As doenças paroxísticas caracterizam-se por condições súbitas e episódicas que causam alterações temporárias no organismo. Entre elas, a epilepsia destaca-se por causar descargas neuronais síncronas e descontroladas, resultando em crises recorrentes e não provocadas. Estas…
Segmentação automática de vasos sanguíneos em imagens ultrassonográficas carotídeas
As doenças vasculares, como a estenose da carótida (estreitamento das artérias carótidas, que ligam o coração ao cérebro causado pelo acúmulo de placas de ateroma ricas em gordura), Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) (interrupção súbita do…
Impacto da Roboterapia-PARO em pessoas idosas com demência em Portugal
O envelhecimento é um processo gradual, multifatorial e contínuo, caracterizado pela perda progressiva de funções biológicas e pela degeneração associada ao surgimento de doenças relacionadas com a idade. Em Portugal, o envelhecimento da população é…
A nova era da interoperabilidade em sistemas de saúde
A crescente utilização de registos eletrónicos de saúde, sistemas de diagnóstico digital e tecnologias de monitorização remota tem levado a um aumento expressivo no volume e na complexidade dos dados em saúde. Este aumento intensifica…
Melhoria na localização de tumores na mama com um algoritmo de fusão de imagens
A cirurgia conservadora da mama tem como objetivo remover tumores, preservando o máximo de tecido mamário saudável possível, garantindo resultados estéticos ideais que são críticos para a qualidade de vida de um(a) paciente. Para alcançar…
Robótica colaborativa melhora as condições de trabalho
Os trabalhadores enfrentam desafios crescentes no ambiente industrial. Entre os mais críticos estão a fadiga e as posturas inadequadas, frequentemente associadas a tarefas repetitivas e a condições de trabalho que carecem de adequação ergonómica. Estes…
O papel das tecnologias móveis na monitorização e reabilitação da doença arterial periférica
A PAD é uma condição crónica prevalente, que afeta aproximadamente 200 milhões de indivíduos globalmente, caraterizada pela obstrução das artérias periféricas, especialmente nas extremidades inferiores, devido à formação de placas ateroscleróticas, que comprometem o fluxo…
Incorporação de implantes digitais nas imagens da TAC para planear a cirurgia ortopédica
A cirurgia ortopédica trata condições do sistema musculoesquelético para aliviar a dor, restaurar a função e melhorar a qualidade de vida do paciente. O sucesso destas cirurgias depende de um planeamento pré-operatório minucioso, que combina…
Saúde digital no topo dos resultados do Poliempreende nacional 2024
O Poliempreende é uma consolidada rede nacional de incentivo ao empreendedorismo no ensino superior em Portugal, com duas décadas de existência. Focado na promoção da inovação, o concurso tem gerado um impacto significativo na economia…
Solução digital facilita a interação entre utentes e profissionais de saúde
Muitos utentes enfrentam dificuldades em agendar consultas médicas nas unidades hospitalares, e, quando conseguem, frequentemente têm de esperar longos períodos para serem atendidos. Esta situação é agravada por problemas como a incompatibilidade de horários entre…
O impacto da integração de computação calma no processo clínico
Nos últimos anos, a transformação digital na área da saúde tem desempenhado um papel crucial, impulsionada pelo aumento exponencial de dados médicos. Estes abrangem desde informações administrativas até registos detalhados de diagnósticos, exames laboratoriais, imagens…
ULS Almada-Seixal revoluciona com primeiro Robot cirúrgico da região
Nos últimos anos, a ULSAS tem vindo a implementar gradualmente sistemas robóticos, reforçando o seu compromisso com a inovação e a melhoria dos cuidados de saúde. Recentemente, a instituição adquiriu um sistema robótico de última…
Intervenção online visa prevenir a ansiedade na população geral
Os transtornos de ansiedade são um problema global, afetando 300 milhões de pessoas em todo o mundo e colocando uma pressão significativa sobre os indivíduos e os sistemas de saúde. Só na Europa, o impacto…
Reabilitação da paralisia facial através de assistentes virtuais
A paralisia facial, definida pela incapacidade de mover um ou ambos os lados da face, tem uma incidência de 20 a 30 casos por 100.000 pessoas anualmente. Esta condição muitas vezes causa fraqueza facial, dificuldades…
Deteção da ansiedade e de ataques de pânico em tempo real
O crescente número de pessoas com transtornos de ansiedade, juntamente com o aumento da conscientização sobre a saúde mental, impulsiona a necessidade de novas ferramentas tecnológicas que forneçam a monitorização remota e contínua de transtornos…
Uma nova abordagem à Tele-Ecografia assistida por tecnologias robóticas
Atualmente, os sistemas robóticos para ecografia dividem-se em duas categorias principais: os robôs portáteis que exigem posicionamento manual e os sistemas robóticos totalmente autónomos que controlam de forma independente a orientação e o posicionamento da…
Dos grandes dados às grandes decisões: Como IA estratifica casos de cancro por fatores de risco
A CLARIFY Decision Support Platform (DSP) é uma aplicação web responsiva projetada para apoiar a tomada de decisões nos cuidados oncológicos através da integração de dados em tempo real e de análises preditivas. Construída com…
Do “texto livre” a dados clínicos estruturados: A base para sistemas de apoio à decisão médica
Atualmente, a prática de registar informações clínicas em “texto livre” oferece flexibilidade, mas dificulta a extração automática de dados, limitando a aplicação de modelos analíticos. A maior parte dos registos é não estruturada, e o…
Inteligência artificial utilizada na deteção de depressão em sobreviventes de cancro
O objetivo do projeto FAITH (Federated Artificial Intelligence solution for moniToring mental Health status after cancer treatment) é identificar e prever remotamente sintomas depressivos em sobreviventes de cancro usando uma abordagem de aprendizagem federada que…
Integração dos sistemas SONHO v2 e SClínico na ULS de Coimbra para melhorar cuidados de saúde
Com mais de meio milhão de consultas médicas hospitalares realizadas no primeiro semestre de 2024, a ULS de Coimbra destaca-se como uma instituição dedicada a cuidados de saúde integrados, de alta qualidade e centrados nas…
Ecossistema de cuidados para idosos: Uma plataforma inovadora para serviços personalizados e eficientes
Com a esperança de vida a aumentar e a taxa de fertilidade a diminuir, espera-se que, até 2050, a população com mais de 80 anos supere os jovens em várias regiões do mundo. O aumento…
Tecnologia inovadora que alivia subconscientemente a ansiedade através de um cachecol
A tecnologia SCAARF é uma ideia inovadora na área da saúde digital e da tecnologia wearable. A SCAARF visa a oferecer um método alternativo para aliviar os sintomas da ansiedade de uma forma não intrusiva…
Intervenções de saúde digital: Equidade dos cuidados da hipertensão para todos
Quase metade de todos os adultos nos Estados Unidos tem hipertensão, um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, e apenas cerca de um quarto (24%) dessas pessoas tem a hipertensão sob controlo. Estudos…
Personalização e tecnologia na gestão da diabetes
A crescente prevalência de doenças crónicas, particularmente DM, está a sobrecarregar os sistemas de saúde globais e a aumentar os custos dos cuidados de saúde devido à complexidade dos cuidados e à fraca integração, resultando…
Negociações sobre o Espaço Europeu de Dados de Saúde avançam com a participação da SPMS
O Espaço Europeu de Dados de Saúde será um sistema de partilha de dados de saúde comum à União Europeia. Prevê a utilização dos dados para fins que beneficiem as pessoas e a sociedade. Assegurará…
Secretária de Estado Margarida Tavares enfatiza inovação digital na promoção da saúde
O discurso de Margarida Tavares, Secretária de Estado da Promoção da Saúde, sublinhou a importância da digitalização e da inovação na promoção da saúde e prevenção de doenças, com uma perspetiva voltada para o futuro….
ARS Algarve moderniza radiologia com IA e novo data center
O serviço de radiologia da ARS Algarve já realizou perto de 29 mil exames utilizando a tecnologia de Inteligência Artificial (IA). Nos últimos anos, tem sido feita uma grande aposta em digitalização de imagem e…
Espaço Europeu de Dados de Saúde: Acesso unificado aos dados de saúde na UE
O objetivo do Espaço Europeu de Dados de Saúde (EEDS) é melhorar o uso de dados de saúde para fins de investigação, inovação e elaboração de políticas. Ao mesmo tempo, esta legislação visa dar aos…
Comissão Europeia altera programa Europa Digital com investimento de 762,7 milhões de euros
O Programa Europa Digital é o primeiro programa de financiamento da UE centrado em levar as tecnologias digitais até às empresas e aos cidadãos. Com um orçamento total previsto de 7,5 mil milhões de EUR…
SPMS integra a iniciativa TEF-Health
A SPMS participa na iniciativa TEF-Health como parceira de um consórcio composto por 51 entidades de 9 países da União Europeia. Esta ação é cofinanciada pela Comissão Europeia e tem uma duração de cinco anos….
FMUP cria academia júnior de inovação em saúde para estudantes do ensino secundário
A FMUP lançou a primeira edição da Academia Júnior no início de 2024. O programa permite aos participantes aprender mais sobre tópicos como as potencialidades no uso da inteligência artificial em saúde, o desenvolvimento da…
SPMS representa Portugal como vice-presidente da GDHP
A GDHP é uma organização intergovernamental da área da saúde digital que facilita a cooperação e colaboração entre representantes governamentais e a Organização Mundial da Saúde (OMS), cujo propósito é fomentar o desenvolvimento de políticas…
Transformação digital da saúde no INCoDe.2030 em Tomar
Dentro do roteiro INCoDe.2030, no evento em Tomar, a SPMS abordou o tema “Transformação digital da Saúde” com o objetivo de informar os projetos mais relevantes em curso e com maior impacto para profissionais de…
Hospital de Braga avalia memória com jogo interativo em pacientes com esclerose múltipla
A Esclerose Múltipla é conhecida como uma doença crónica do sistema nervoso central, com uma ampla variedade de sintomas motores e sensitivos, que podem conduzir à incapacidade de trabalho, sobrecarga socioeconómica e reduzida qualidade de…
Teleconsulta de neurocirurgia vence prémio de inovação
Durante a pandemia, o foco no combate à Covid-19 reduziu a atenção a outras doenças, criando uma necessidade urgente de recuperar a qualidade dos cuidados de saúde para essas condições. O objetivo do BI Award…
HealthData@PT: Nova iniciativa da SPMS para dados de saúde
A ação HealthData@PT é lançada no contexto da implementação do Espaço Europeu de Dados de Saúde, sendo uma iniciativa aprovada pela Comissão Europeia no âmbito do programa EU4Health 2021-2027. Esta iniciativa contribui para a transformação…
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