O envelhecimento é um processo gradual, multifatorial e contínuo, caracterizado pela perda progressiva de funções biológicas e pela degeneração associada ao surgimento de doenças relacionadas com a idade. Em Portugal, o envelhecimento da população é particularmente notório, com a projeção de uma redução populacional de 10,3 para 7,5 milhões até 2080, enquanto o número de idosos aumentará de 2,1 para 2,8 milhões. Entre os problemas de saúde associados ao envelhecimento, a demência/perturbação neurocognitiva major, destaca-se como uma condição neurológica progressiva incapacitante. Caraterizada pela deterioração de domínios cognitivos, como atenção, memória, linguagem e cognição social, além de estar associada a sintomas neuropsiquiátricos (SNP), como agressividade, agitação, depressão, ansiedade, delírios, alucinações, apatia, desinibição e dificuldades de comunicação. Em 2018, estimava-se que 50 milhões de pessoas no mundo viviam com demência, número que pode triplicar até 2050. PARO

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PARO um robô social

Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Roboterapia-PARO em pessoas idosas com perturbação neurocognitiva
Data de publicação do artigo: Novembro de 2019
Fonte: Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
Autora: Rita Gomes
Orientadores: João Amado & Rosa Silva

Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
     O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia da Roboterapia-PARO como uma intervenção não farmacológica para melhorar o bem-estar de pessoas idosas com demência. O público-alvo inclui pessoas idosas diagnosticadas com demência, cuidadores formais e informais, assistentes sociais, profissionais de saúde, sociólogos e animadores socioculturais. Esta investigação insere-se na saúde digital, explorando a utilização de tecnologias avançadas, como robôs terapêuticos.

Qual é o contexto?
     O envelhecimento é um processo gradual, multifatorial e contínuo, caracterizado pela perda progressiva de funções biológicas e pela degeneração associada ao surgimento de doenças relacionadas com a idade. Em Portugal, o envelhecimento da população é particularmente notório, com a projeção de uma redução populacional de 10,3 para 7,5 milhões até 2080, enquanto o número de idosos aumentará de 2,1 para 2,8 milhões.

     Entre os problemas de saúde associados ao envelhecimento, a demência/perturbação neurocognitiva major, destaca-se como uma condição neurológica progressiva incapacitante. Caraterizada pela deterioração de domínios cognitivos, como atenção, memória, linguagem e cognição social, além de estar associada a sintomas neuropsiquiátricos (SNP), como agressividade, agitação, depressão, ansiedade, delírios, alucinações, apatia, desinibição e dificuldades de comunicação. Em 2018, estimava-se que 50 milhões de pessoas no mundo viviam com demência, número que pode triplicar até 2050.

     Em estruturas residenciais para idosos, pessoas com demência frequentemente permanecem inativas, durante metade do tempo em que estão acordadas. Além disso, enquanto algumas vivem em ambientes de baixa estimulação, outras são expostas a estímulos excessivos, como excesso de luz e ruído noturno. Estas circunstâncias agravam os SNP e contribuem para o humor depressivo, tornando essencial equilibrar períodos de estimulação sensorial e relaxamento.

     A estimulação multissensorial é uma abordagem não farmacológica eficaz para reduzir os SNP em qualquer estágio da demência. Esta terapia, baseada na atenção individualizada, utiliza estímulos sensoriais como audição, visão e tato, ajustando-se às necessidades específicas de cada individuo. Proporciona um equilíbrio entre o relaxamento e a estimulação ativa, promovendo o bem-estar e aumentando a autoconfiança. Apesar dos reconhecidos benefícios, a sua implementação enfrenta desafios significativos, como a elevada inatividade dos idosos, o uso excessivo de sedação e a falta de formação especializada entre os profissionais de saúde.

Quais são as abordagens atuais?
     As intervenções convencionais para gerir os SNP geralmente envolvem o isolamento da pessoa idosa com demência e/ou o uso de medicamentos, como analgésicos e antipsicóticos. Embora estes medicamentos ofereçam resultados rápidos e convenientes, estão associados a efeitos adversos graves, como maior risco de doenças cardiovasculares e agravamento da deterioração cognitiva, o que dificulta ainda mais o envolvimento destas pessoas idosas em atividades.

     Alternativas como a estimulação multissensorial, exercícios cognitivos (como jogos de palavras) e rotinas simplificadas retardam o declínio cognitivo, reduzem os SNP e melhoram a qualidade de vida das pessoas idosas com demência, além de reduzir o risco de burnout dos cuidadores.

     Os robôs sociais destacam-se como uma forma de terapia de estimulação multissensorial, promovendo interação e comunicação com os idosos. Estes robôs promovem emoções positivas, reduzem a sensação de solidão e melhoram o humor e a interação social. Estudos indicam que os idosos apreciam a presença dos robôs, sendo a aceitação e os efeitos terapêuticos influenciados pelo design e pelos materiais dos robôs. Além disso, a interação com os robôs foi associada à ativação do sistema imunitário e à redução dos SNP. Outro benefício é a substituição gradual da petoterapia (terapia com animais), que apresenta desafios como o risco de reações alérgicas, a imprevisibilidade do comportamento animal e os custos associados ao cuidado dos animais.

Em que consiste a inovação? Como foi avaliado o impacto desta tecnologia?
     A inovação deste estudo consiste na avaliação dos impactos da Roboterapia-PARO em Portugal, utilizando o robô social PARO, desenvolvido no Japão, para promover melhorias físicas, emocionais, cognitivas e sociais em pessoas idosas com demência.

     O PARO é um robô terapêutico em forma de foca bebé, projetado com um design zoomórfico, para transmitir conforto e estimular interações positivas. A escolha da foca, um animal pouco associado à vida quotidiana foi intencional, evitando possíveis associações negativas ou traumas relacionados a animais domésticos. Cada dispositivo é revestido com um pelo antibacteriano, resistente à sujidade e seguro para pessoas com dispositivos médicos, como pacemakers.

     Equipado com inteligência artificial e 5 tipos de sensores, o PARO permite uma interação sofisticada e adaptada para cada utilizador. Os sensores de toque, localizados sob o pelo e bigodes, reagem ao contacto humano, enquanto os sensores de luz, no nariz, detetam alterações na luminosidade. Os sensores de temperatura e postura, localizados no centro do dispositivo, ajustam as respostas do robô ao calor e à posição do utilizador. Os microfones permitem localizar sons e responder a estímulos auditivos. Além disso, o robô emite sons simulados de focas, que podem ser interpretados como sinais de prazer ou desagrado e combina movimentos, sons e expressões para recriar estados emocionais e proporcionar uma interação envolvente.

     Entre março e maio de 2019, foi realizado um estudo experimental com 10 idosas institucionalizadas numa estrutura residencial na região do Porto, com idades superiores a 78 anos, diagnóstico de demência e declínio cognitivo moderado a muito grave. Foram realizadas 16 sessões individuais de 30 minutos, ao longo de 8 semanas, conduzidas por uma equipa multidisciplinar composta por uma psicóloga, uma socióloga, uma assistente social e uma animadora sociocultural. As participantes interagiram com a foca robotizada PARO através de toque, olhar, gestos e comunicação verbal, em ambientes controlados e com a mesma dinamizadora durante todas as sessões.

     O impacto da intervenção foi avaliado antes e após as sessões, utilizando escalas validadas: a Global Deterioration Scale (GDS) para determinar o grau de deterioração cognitiva, o Inventário Neuropsiquiátrico (INP) para analisar os SNP e a Cornell Scale for Depression in Dementia (CSDD) para medir os estados de depressão. Nalgumas sessões foram ainda realizadas vídeo-gravações para a avaliação dos comportamentos e em cada sessão foi utilizada uma grelha observacional para registo das interações das participantes com o robô.

Quais são os principais resultados? Qual é o impacto destes resultados? Qual é o futuro desta tecnologia?
     A Roboterapia-PARO revelou elevada aceitação, com 80% das participantes demonstrando satisfação e envolvimento ativo durante as sessões. Embora duas participantes tenham desistido, o que é recorrente em estudos com pessoas com demência, as oito participantes que completaram a terapia apresentaram melhorias significativas. As análises realizadas por meio de videogravações e grelhas observacionais revelavam que as participantes acolheram a foca PARO com entusiasmo, atribuindo-lhe nomes carinhosos e reagindo frequentemente com sorrisos. Observou-se um aumento na frequência e duração de gestos afetivos, como toques, abraços, olhares e cuidados (ex.: escovar o pelo). A intervenção também promoveu melhorias na comunicação verbal, expressão facial e interação social, além de reduzir significativamente os SNP, especialmente a agitação, conforme a escala INP.

     Embora as escalas GDS e CSDD não tenham identificado mudanças significativas no desempenho cognitivo ou nos níveis de depressão, foi observado que pessoas idosas com menor deterioração cognitiva responderam melhor à terapia. Além disso, a afinidade prévia com animais também demonstrou ser um fator relevante para o sucesso da intervenção, com muitas participantes associando a PARO a antigos animais de companhia.

     Os resultados deste estudo têm um impacto significativo, sugerindo que a Roboterapia-PARO pode ser uma alternativa eficaz e segura aos tratamentos farmacológicos, contribuindo para a redução da carga medicamentosa e para a melhoria da qualidade de vida de pessoas idosas com demência. Adicionalmente, a intervenção proporcionou uma interação mais significativa entre cuidadores e idosas, promovendo oportunidades para relações mais humanas e empáticas. A implementação desta tecnologia em estruturas residenciais pode representar um avanço substancial nos cuidados a longo prazo.

     O futuro da Roboterapia-PARO inclui a realização de estudos com grupos de controlo e amostras maiores e mais diversificadas para confirmar e expandir os resultados obtidos. Também será importante ajustar a intervenção, reduzindo a duração das sessões para participantes com níveis mais elevados de deterioração cognitiva. Para integrar eficazmente a Roboterapia-PARO no contexto institucional, será crucial investir na formação de cuidadores e profissionais de saúde, assegurando uma utilização adequada e sustentável da tecnologia.

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Data de publicação do artigo: Novembro de 2019
Fonte: Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
Autora: Rita Gomes
Orientadores: João Amado & Rosa Silva

Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
     O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia da Roboterapia-PARO como uma intervenção não farmacológica para melhorar o bem-estar de pessoas idosas com demência. O público-alvo inclui pessoas idosas diagnosticadas com demência, cuidadores formais e informais, assistentes sociais, profissionais de saúde, sociólogos e animadores socioculturais. Esta investigação insere-se na saúde digital, explorando a utilização de tecnologias avançadas, como robôs terapêuticos.

Qual é o contexto?
     O envelhecimento é um processo gradual, multifatorial e contínuo, caracterizado pela perda progressiva de funções biológicas e pela degeneração associada ao surgimento de doenças relacionadas com a idade. Em Portugal, o envelhecimento da população é particularmente notório, com a projeção de uma redução populacional de 10,3 para 7,5 milhões até 2080, enquanto o número de idosos aumentará de 2,1 para 2,8 milhões.

     Entre os problemas de saúde associados ao envelhecimento, a demência/perturbação neurocognitiva major, destaca-se como uma condição neurológica progressiva incapacitante. Caraterizada pela deterioração de domínios cognitivos, como atenção, memória, linguagem e cognição social, além de estar associada a sintomas neuropsiquiátricos (SNP), como agressividade, agitação, depressão, ansiedade, delírios, alucinações, apatia, desinibição e dificuldades de comunicação. Em 2018, estimava-se que 50 milhões de pessoas no mundo viviam com demência, número que pode triplicar até 2050.

     Em estruturas residenciais para idosos, pessoas com demência frequentemente permanecem inativas, durante metade do tempo em que estão acordadas. Além disso, enquanto algumas vivem em ambientes de baixa estimulação, outras são expostas a estímulos excessivos, como excesso de luz e ruído noturno. Estas circunstâncias agravam os SNP e contribuem para o humor depressivo, tornando essencial equilibrar períodos de estimulação sensorial e relaxamento.

     A estimulação multissensorial é uma abordagem não farmacológica eficaz para reduzir os SNP em qualquer estágio da demência. Esta terapia, baseada na atenção individualizada, utiliza estímulos sensoriais como audição, visão e tato, ajustando-se às necessidades específicas de cada individuo. Proporciona um equilíbrio entre o relaxamento e a estimulação ativa, promovendo o bem-estar e aumentando a autoconfiança. Apesar dos reconhecidos benefícios, a sua implementação enfrenta desafios significativos, como a elevada inatividade dos idosos, o uso excessivo de sedação e a falta de formação especializada entre os profissionais de saúde.

Quais são as abordagens atuais?
     As intervenções convencionais para gerir os SNP geralmente envolvem o isolamento da pessoa idosa com demência e/ou o uso de medicamentos, como analgésicos e antipsicóticos. Embora estes medicamentos ofereçam resultados rápidos e convenientes, estão associados a efeitos adversos graves, como maior risco de doenças cardiovasculares e agravamento da deterioração cognitiva, o que dificulta ainda mais o envolvimento destas pessoas idosas em atividades.

     Alternativas como a estimulação multissensorial, exercícios cognitivos (como jogos de palavras) e rotinas simplificadas retardam o declínio cognitivo, reduzem os SNP e melhoram a qualidade de vida das pessoas idosas com demência, além de reduzir o risco de burnout dos cuidadores.

     Os robôs sociais destacam-se como uma forma de terapia de estimulação multissensorial, promovendo interação e comunicação com os idosos. Estes robôs promovem emoções positivas, reduzem a sensação de solidão e melhoram o humor e a interação social. Estudos indicam que os idosos apreciam a presença dos robôs, sendo a aceitação e os efeitos terapêuticos influenciados pelo design e pelos materiais dos robôs. Além disso, a interação com os robôs foi associada à ativação do sistema imunitário e à redução dos SNP. Outro benefício é a substituição gradual da petoterapia (terapia com animais), que apresenta desafios como o risco de reações alérgicas, a imprevisibilidade do comportamento animal e os custos associados ao cuidado dos animais.

Em que consiste a inovação? Como foi avaliado o impacto desta tecnologia?
     A inovação deste estudo consiste na avaliação dos impactos da Roboterapia-PARO em Portugal, utilizando o robô social PARO, desenvolvido no Japão, para promover melhorias físicas, emocionais, cognitivas e sociais em pessoas idosas com demência.

     O PARO é um robô terapêutico em forma de foca bebé, projetado com um design zoomórfico, para transmitir conforto e estimular interações positivas. A escolha da foca, um animal pouco associado à vida quotidiana foi intencional, evitando possíveis associações negativas ou traumas relacionados a animais domésticos. Cada dispositivo é revestido com um pelo antibacteriano, resistente à sujidade e seguro para pessoas com dispositivos médicos, como pacemakers.

     Equipado com inteligência artificial e 5 tipos de sensores, o PARO permite uma interação sofisticada e adaptada para cada utilizador. Os sensores de toque, localizados sob o pelo e bigodes, reagem ao contacto humano, enquanto os sensores de luz, no nariz, detetam alterações na luminosidade. Os sensores de temperatura e postura, localizados no centro do dispositivo, ajustam as respostas do robô ao calor e à posição do utilizador. Os microfones permitem localizar sons e responder a estímulos auditivos. Além disso, o robô emite sons simulados de focas, que podem ser interpretados como sinais de prazer ou desagrado e combina movimentos, sons e expressões para recriar estados emocionais e proporcionar uma interação envolvente.

     Entre março e maio de 2019, foi realizado um estudo experimental com 10 idosas institucionalizadas numa estrutura residencial na região do Porto, com idades superiores a 78 anos, diagnóstico de demência e declínio cognitivo moderado a muito grave. Foram realizadas 16 sessões individuais de 30 minutos, ao longo de 8 semanas, conduzidas por uma equipa multidisciplinar composta por uma psicóloga, uma socióloga, uma assistente social e uma animadora sociocultural. As participantes interagiram com a foca robotizada PARO através de toque, olhar, gestos e comunicação verbal, em ambientes controlados e com a mesma dinamizadora durante todas as sessões.

     O impacto da intervenção foi avaliado antes e após as sessões, utilizando escalas validadas: a Global Deterioration Scale (GDS) para determinar o grau de deterioração cognitiva, o Inventário Neuropsiquiátrico (INP) para analisar os SNP e a Cornell Scale for Depression in Dementia (CSDD) para medir os estados de depressão. Nalgumas sessões foram ainda realizadas vídeo-gravações para a avaliação dos comportamentos e em cada sessão foi utilizada uma grelha observacional para registo das interações das participantes com o robô.

Quais são os principais resultados? Qual é o impacto destes resultados? Qual é o futuro desta tecnologia?
     A Roboterapia-PARO revelou elevada aceitação, com 80% das participantes demonstrando satisfação e envolvimento ativo durante as sessões. Embora duas participantes tenham desistido, o que é recorrente em estudos com pessoas com demência, as oito participantes que completaram a terapia apresentaram melhorias significativas. As análises realizadas por meio de videogravações e grelhas observacionais revelavam que as participantes acolheram a foca PARO com entusiasmo, atribuindo-lhe nomes carinhosos e reagindo frequentemente com sorrisos. Observou-se um aumento na frequência e duração de gestos afetivos, como toques, abraços, olhares e cuidados (ex.: escovar o pelo). A intervenção também promoveu melhorias na comunicação verbal, expressão facial e interação social, além de reduzir significativamente os SNP, especialmente a agitação, conforme a escala INP.

     Embora as escalas GDS e CSDD não tenham identificado mudanças significativas no desempenho cognitivo ou nos níveis de depressão, foi observado que pessoas idosas com menor deterioração cognitiva responderam melhor à terapia. Além disso, a afinidade prévia com animais também demonstrou ser um fator relevante para o sucesso da intervenção, com muitas participantes associando a PARO a antigos animais de companhia.

     Os resultados deste estudo têm um impacto significativo, sugerindo que a Roboterapia-PARO pode ser uma alternativa eficaz e segura aos tratamentos farmacológicos, contribuindo para a redução da carga medicamentosa e para a melhoria da qualidade de vida de pessoas idosas com demência. Adicionalmente, a intervenção proporcionou uma interação mais significativa entre cuidadores e idosas, promovendo oportunidades para relações mais humanas e empáticas. A implementação desta tecnologia em estruturas residenciais pode representar um avanço substancial nos cuidados a longo prazo.

     O futuro da Roboterapia-PARO inclui a realização de estudos com grupos de controlo e amostras maiores e mais diversificadas para confirmar e expandir os resultados obtidos. Também será importante ajustar a intervenção, reduzindo a duração das sessões para participantes com níveis mais elevados de deterioração cognitiva. Para integrar eficazmente a Roboterapia-PARO no contexto institucional, será crucial investir na formação de cuidadores e profissionais de saúde, assegurando uma utilização adequada e sustentável da tecnologia.

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