A esquizofrenia é uma perturbação mental crónica que afeta significativamente o pensamento, as emoções, a perceção da realidade e o comportamento. Caracteriza-se por uma rutura com a realidade (psicose), frequentemente manifestada por alucinações (como ouvir vozes inexistentes), delírios (crenças falsas ou irracionais), discurso desorganizado, alterações emocionais e dificuldades nas interações sociais. É considerada uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes e tende a surgir no final da adolescência ou início da idade adulta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, afeta mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo e está associada a uma redução substancial da esperança média de vida, sobretudo devido a comorbilidades físicas, risco aumentado de suicídio e dificuldades no acesso a cuidados de saúde adequados.
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A REALIDADE IMERSIVA COMO FERRAMENTA FORMATIVA PARA A COMPREENSÃO DA ESQUIZOFRENIA
Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Using Immersive Environments in E-Mental Health Rehabilitation Programs Directed to Future Health Professionals to Promote Empathy and Health Literacy about Schizophrenia
Data da publicação do artigo: Agosto de 2024
Fonte: Healthcare
Autores: Paulo Gomes, António Marques, Javier Pereira, Rui Pimenta, João Donga & Raquel Almeida
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
O estudo tem como objetivo avaliar o impacto de dois tipos distintos de ambientes imersivos — realidade virtual computacional gráfica e vídeo 360º — na capacitação de profissionais para lidar com pessoas com esquizofrenia. O público-alvo inclui estudantes de cursos na área da reabilitação social, como enfermagem, terapia ocupacional, psicologia, medicina, serviço social e reabilitação, bem como profissionais de saúde em formação contínua. O trabalho enquadra-se em áreas da saúde digital, com foco na e-mental health, na utilização de tecnologias imersivas como ferramentas pedagógicas e na promoção de literacia em saúde mental.
Qual é o contexto?
A esquizofrenia é uma perturbação mental crónica que afeta significativamente o pensamento, as emoções, a perceção da realidade e o comportamento. Caracteriza-se por uma rutura com a realidade (psicose), frequentemente manifestada por alucinações (como ouvir vozes inexistentes), delírios (crenças falsas ou irracionais), discurso desorganizado, alterações emocionais e dificuldades nas interações sociais. É considerada uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes e tende a surgir no final da adolescência ou início da idade adulta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, afeta mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo e está associada a uma redução substancial da esperança média de vida, sobretudo devido a comorbilidades físicas, risco aumentado de suicídio e dificuldades no acesso a cuidados de saúde adequados.
Para além do impacto clínico, a esquizofrenia está fortemente associada a estigma, discriminação e isolamento social, fatores que comprometem a integração comunitária e dificultam o acesso a apoio psicossocial. Entre os profissionais de saúde, a interação com pessoas com esta condição pode ser marcada por insegurança, distanciamento emocional ou hesitação, muitas vezes resultantes de uma literacia insuficiente em saúde mental. A ausência de empatia e de compreensão sobre a vivência da doença compromete a relação terapêutica, provoca o afastamento entre profissional e doente e reduz a eficácia da intervenção clínica.
Quais são as abordagens atuais?
As abordagens atuais no tratamento da esquizofrenia baseiam-se num modelo integrado que combina medicação, intervenções psicossociais e cuidados comunitários. A medicação constitui o principal recurso para estabilizar sintomas como alucinações e delírios, sendo os antipsicóticos os fármacos mais utilizados. Apesar da sua eficácia, estes medicamentos estão associados a efeitos secundários relevantes, o que contribui para a baixa adesão ao tratamento, sobretudo quando existe resistência por parte do doente ou compreensão limitada da doença.
As intervenções psicossociais — como a psicoterapia, a psicoeducação, o treino de competências sociais e os programas de reabilitação — assumem um papel central na promoção da autonomia e na inclusão social. No entanto, a sua eficácia depende da continuidade dos cuidados e da adequação às necessidades individuais. Os cuidados comunitários complementam estas abordagens, sendo assegurados por equipas multidisciplinares que acompanham os doentes no seu contexto de vida e procuram garantir uma resposta integrada. Ainda assim, enfrentam constrangimentos significativos, como a escassez de profissionais, a sobrecarga dos serviços e a fragmentação das respostas disponíveis.
Nos últimos anos, têm emergido soluções digitais inovadoras, incluindo aplicações móveis, como MindLAMP e Schizophrenia HealthStorylines, plataformas de teleconsulta e experiências baseadas em realidade virtual. Estas tecnologias demonstram potencial na melhoria da literacia em saúde mental, na promoção do autocuidado e na redução do estigma. Contudo, permanecem desafios importantes relacionados com a desigualdade no acesso digital, a escassa validação científica em contextos clínicos reais, a adaptação a diferentes perfis de utilizadores e a necessidade de formação especializada para uma implementação eficaz.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
A inovação deste estudo consistiu na utilização de tecnologias imersivas para simular, em contexto educativo, a experiência subjetiva de uma pessoa com esquizofrenia, com o objetivo de promover empatia, reduzir a distância social e melhorar atitudes entre futuros profissionais de saúde. Foram comparados dois formatos distintos de exposição: um ambiente gráfico tridimensional interativo e um vídeo em 360º, ambos construídos com base na mesma narrativa imersiva e nos mesmos estímulos visuais e auditivos, assegurando a equivalência das condições experimentais.
Ambas as experiências foram exploradas com óculos de realidade virtual HTC Vive Pro™, ligados a computadores de alto desempenho e com adaptadores sem fios, possibilitando mobilidade total e uma experiência com elevada fidelidade visual e sonora. Durante a exposição, os participantes concentravam-se a realizar o teste Stroop — identificando a cor com que as palavras estavam escritas, mesmo quando esta não correspondia ao significado da palavra (por exemplo, a palavra “verde” escrita a azul) — ao mesmo tempo que recebiam estímulos sensoriais típicos de episódios psicóticos — como alucinações auditivas, distorções visuais e interferências ambientais — que se intensificavam gradualmente, promovendo uma imersão simbólica na vivência de uma pessoa com esquizofrenia.
A amostra final foi constituída por 88 estudantes do curso de terapia ocupacional da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto, distribuídos aleatoriamente por dois grupos experimentais (ambiente gráfico vs vídeo 360º) e um grupo controlo.
Para avaliar o impacto, recorreu-se a uma abordagem multimodal, combinando medidas subjetivas e objetivas. Antes e após a exposição aos ambientes imersivos, os participantes preencheram o Virtual Doppelganger Questionnaire, um questionário validado que avalia três aspetos: sentimentos empáticos (12 itens), distância social (7 itens) e atitudes face à esquizofrenia (7 itens), com escalas de resposta de Likert — um formato que permitiu quantificar o grau de concordância, frequência ou intensidade percecionada relativamente aos itens do questionário. Após a exposição, foi também aplicada uma escala de avaliação da simulação (5 itens), que recolheu perceções sobre o realismo e envolvimento experienciados. Além destes questionários, foi utilizado o Igroup Presence Questionnaire para avaliar a perceção de presença nos ambientes virtuais. Paralelamente, foram recolhidos dados fisiológicos em tempo real, nomeadamente frequência cardíaca e atividade eletrodérmica, com recurso ao sistema Biopac™ MP160, permitindo aferir a intensidade da resposta emocional durante a exposição.
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
Ambos os ambientes imersivos demonstraram melhorias significativas e consistentes na capacidade de lidar com pessoas com esquizofrenia, promovendo atitudes mais positivas. O vídeo 360° destacou-se ligeiramente na redução da distância social e no aumento da empatia, enquanto a realidade virtual gráfica apresentou níveis um pouco mais elevados de envolvimento, embora sem diferenças estatisticamente significativas. Também não foram identificadas diferenças relevantes no realismo percebido ou na sensação de presença. Os dados psicofisiológicos evidenciaram respostas emocionais intensas durante momentos de maior carga sensorial, com variações ligeiras entre os formatos, mas sem significância estatística: a realidade virtual gráfica apresentou uma frequência cardíaca média ligeiramente mais alta, enquanto o vídeo 360° registou maior atividade eletrodérmica. Assim, a escolha entre os dois formatos deve basear-se nos objetivos do projeto, no público-alvo e nos recursos disponíveis. O vídeo 360° é recomendado para soluções mais rápidas, acessíveis e de menor custo, enquanto os ambientes gráficos tridimensionais são ideais para experiências com maior interatividade, personalização e cenários dinâmicos.
Esta abordagem representa uma evolução no ensino da saúde mental, ao proporcionar experiências sensoriais controladas que aproximam os estudantes da realidade subjetiva das pessoas com perturbações mentais. A integração da realidade virtual no contexto educativo revela-se eficaz na redução do estigma, no reforço da literacia em saúde mental e na promoção de atitudes mais humanizadas.
No futuro, torna-se pertinente alargar esta estratégia a outras populações, como profissionais de saúde em exercício, cuidadores informais ou estudantes de diferentes áreas disciplinares. Além disso, a realização de estudos longitudinais poderá clarificar o impacto sustentado destas experiências ao longo do tempo. Com a crescente acessibilidade da tecnologia imersiva, esta abordagem apresenta-se como um recurso pedagógico promissor, estruturado e replicável, com potencial para contribuir para uma prática clínica mais empática, informada e centrada na pessoa.
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A REALIDADE IMERSIVA COMO FERRAMENTA FORMATIVA PARA A COMPREENSÃO DA ESQUIZOFRENIA
Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Using Immersive Environments in E-Mental Health Rehabilitation Programs Directed to Future Health Professionals to Promote Empathy and Health Literacy about Schizophrenia
Data da publicação do artigo: Agosto de 2024
Fonte: Healthcare
Autores: Paulo Gomes, António Marques, Javier Pereira, Rui Pimenta, João Donga & Raquel Almeida
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
O estudo tem como objetivo avaliar o impacto de dois tipos distintos de ambientes imersivos — realidade virtual computacional gráfica e vídeo 360º — na capacitação de profissionais para lidar com pessoas com esquizofrenia. O público-alvo inclui estudantes de cursos na área da reabilitação social, como enfermagem, terapia ocupacional, psicologia, medicina, serviço social e reabilitação, bem como profissionais de saúde em formação contínua. O trabalho enquadra-se em áreas da saúde digital, com foco na e-mental health, na utilização de tecnologias imersivas como ferramentas pedagógicas e na promoção de literacia em saúde mental.
Qual é o contexto?
A esquizofrenia é uma perturbação mental crónica que afeta significativamente o pensamento, as emoções, a perceção da realidade e o comportamento. Caracteriza-se por uma rutura com a realidade (psicose), frequentemente manifestada por alucinações (como ouvir vozes inexistentes), delírios (crenças falsas ou irracionais), discurso desorganizado, alterações emocionais e dificuldades nas interações sociais. É considerada uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes e tende a surgir no final da adolescência ou início da idade adulta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, afeta mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo e está associada a uma redução substancial da esperança média de vida, sobretudo devido a comorbilidades físicas, risco aumentado de suicídio e dificuldades no acesso a cuidados de saúde adequados.
Para além do impacto clínico, a esquizofrenia está fortemente associada a estigma, discriminação e isolamento social, fatores que comprometem a integração comunitária e dificultam o acesso a apoio psicossocial. Entre os profissionais de saúde, a interação com pessoas com esta condição pode ser marcada por insegurança, distanciamento emocional ou hesitação, muitas vezes resultantes de uma literacia insuficiente em saúde mental. A ausência de empatia e de compreensão sobre a vivência da doença compromete a relação terapêutica, provoca o afastamento entre profissional e doente e reduz a eficácia da intervenção clínica.
Quais são as abordagens atuais?
As abordagens atuais no tratamento da esquizofrenia baseiam-se num modelo integrado que combina medicação, intervenções psicossociais e cuidados comunitários. A medicação constitui o principal recurso para estabilizar sintomas como alucinações e delírios, sendo os antipsicóticos os fármacos mais utilizados. Apesar da sua eficácia, estes medicamentos estão associados a efeitos secundários relevantes, o que contribui para a baixa adesão ao tratamento, sobretudo quando existe resistência por parte do doente ou compreensão limitada da doença.
As intervenções psicossociais — como a psicoterapia, a psicoeducação, o treino de competências sociais e os programas de reabilitação — assumem um papel central na promoção da autonomia e na inclusão social. No entanto, a sua eficácia depende da continuidade dos cuidados e da adequação às necessidades individuais. Os cuidados comunitários complementam estas abordagens, sendo assegurados por equipas multidisciplinares que acompanham os doentes no seu contexto de vida e procuram garantir uma resposta integrada. Ainda assim, enfrentam constrangimentos significativos, como a escassez de profissionais, a sobrecarga dos serviços e a fragmentação das respostas disponíveis.
Nos últimos anos, têm emergido soluções digitais inovadoras, incluindo aplicações móveis, como MindLAMP e Schizophrenia HealthStorylines, plataformas de teleconsulta e experiências baseadas em realidade virtual. Estas tecnologias demonstram potencial na melhoria da literacia em saúde mental, na promoção do autocuidado e na redução do estigma. Contudo, permanecem desafios importantes relacionados com a desigualdade no acesso digital, a escassa validação científica em contextos clínicos reais, a adaptação a diferentes perfis de utilizadores e a necessidade de formação especializada para uma implementação eficaz.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
A inovação deste estudo consistiu na utilização de tecnologias imersivas para simular, em contexto educativo, a experiência subjetiva de uma pessoa com esquizofrenia, com o objetivo de promover empatia, reduzir a distância social e melhorar atitudes entre futuros profissionais de saúde. Foram comparados dois formatos distintos de exposição: um ambiente gráfico tridimensional interativo e um vídeo em 360º, ambos construídos com base na mesma narrativa imersiva e nos mesmos estímulos visuais e auditivos, assegurando a equivalência das condições experimentais.
Ambas as experiências foram exploradas com óculos de realidade virtual HTC Vive Pro™, ligados a computadores de alto desempenho e com adaptadores sem fios, possibilitando mobilidade total e uma experiência com elevada fidelidade visual e sonora. Durante a exposição, os participantes concentravam-se a realizar o teste Stroop — identificando a cor com que as palavras estavam escritas, mesmo quando esta não correspondia ao significado da palavra (por exemplo, a palavra “verde” escrita a azul) — ao mesmo tempo que recebiam estímulos sensoriais típicos de episódios psicóticos — como alucinações auditivas, distorções visuais e interferências ambientais — que se intensificavam gradualmente, promovendo uma imersão simbólica na vivência de uma pessoa com esquizofrenia.
A amostra final foi constituída por 88 estudantes do curso de terapia ocupacional da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto, distribuídos aleatoriamente por dois grupos experimentais (ambiente gráfico vs vídeo 360º) e um grupo controlo.
Para avaliar o impacto, recorreu-se a uma abordagem multimodal, combinando medidas subjetivas e objetivas. Antes e após a exposição aos ambientes imersivos, os participantes preencheram o Virtual Doppelganger Questionnaire, um questionário validado que avalia três aspetos: sentimentos empáticos (12 itens), distância social (7 itens) e atitudes face à esquizofrenia (7 itens), com escalas de resposta de Likert — um formato que permitiu quantificar o grau de concordância, frequência ou intensidade percecionada relativamente aos itens do questionário. Após a exposição, foi também aplicada uma escala de avaliação da simulação (5 itens), que recolheu perceções sobre o realismo e envolvimento experienciados. Além destes questionários, foi utilizado o Igroup Presence Questionnaire para avaliar a perceção de presença nos ambientes virtuais. Paralelamente, foram recolhidos dados fisiológicos em tempo real, nomeadamente frequência cardíaca e atividade eletrodérmica, com recurso ao sistema Biopac™ MP160, permitindo aferir a intensidade da resposta emocional durante a exposição.
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
Ambos os ambientes imersivos demonstraram melhorias significativas e consistentes na capacidade de lidar com pessoas com esquizofrenia, promovendo atitudes mais positivas. O vídeo 360° destacou-se ligeiramente na redução da distância social e no aumento da empatia, enquanto a realidade virtual gráfica apresentou níveis um pouco mais elevados de envolvimento, embora sem diferenças estatisticamente significativas. Também não foram identificadas diferenças relevantes no realismo percebido ou na sensação de presença. Os dados psicofisiológicos evidenciaram respostas emocionais intensas durante momentos de maior carga sensorial, com variações ligeiras entre os formatos, mas sem significância estatística: a realidade virtual gráfica apresentou uma frequência cardíaca média ligeiramente mais alta, enquanto o vídeo 360° registou maior atividade eletrodérmica. Assim, a escolha entre os dois formatos deve basear-se nos objetivos do projeto, no público-alvo e nos recursos disponíveis. O vídeo 360° é recomendado para soluções mais rápidas, acessíveis e de menor custo, enquanto os ambientes gráficos tridimensionais são ideais para experiências com maior interatividade, personalização e cenários dinâmicos.
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Sistema robótico autónomo para a terapia do autismo
O transtorno do espetro do autismo é uma condição do neurodesenvolvimento com repercussões clínicas, sociais e económicas significativas ao longo da vida. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que afete aproximadamente 1 em cada…
Exergames de realidade virtual como ferramenta para o diagnóstico de doenças oculares
As doenças oculares representam um desafio crescente para a saúde pública em Portugal, comprometendo significativamente a qualidade de vida da população. O aumento da sua prevalência está associado a diversos fatores, como o envelhecimento demográfico,…
Melhoria da eficiência no acompanhamento clínico de casos Covid-19 com uma plataforma digital
A COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, é uma doença altamente contagiosa com potencial para provocar consequências graves, exigindo o isolamento dos indivíduos infetados e o respetivo acompanhamento clínico. Enquanto os casos mais graves requerem internamento,…
A ameaça crescente da resistência a antibióticos em Klebsiella nos Hospitais Portugueses
As infeções associadas aos cuidados de saúde representam uma grave ameaça à saúde pública, sendo adquiridas durante tratamentos médicos ou internamentos hospitalares, resultando frequentemente em hospitalizações prolongadas, custos elevados para os sistemas de saúde e…
Redes neuronais profundas e o futuro da detecção precoce da doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando mais de 55 milhões de pessoas globalmente e representando cerca de 70% dos casos de demência. Em Portugal, estima-se que 200 mil pessoas…
Os desafios na proteção de dados em plataformas de saúde digital para idosos
O envelhecimento demográfico impõe desafios significativos aos sistemas de saúde, intensificando a pressão sobre as infraestruturas e recursos humanos. Estima-se que, até 2050, a população idosa ultrapasse os 2 mil milhões de pessoas, tornando-se imperativo…
Aplicação móvel para melhorar fluxos de trabalho em lares de idosos
Portugal apresenta uma das populações mais envelhecidas do mundo, o que exerce uma pressão crescente sobre os serviços de apoio a idosos, especialmente em lares. Os profissionais de saúde nestas instituições estão frequentemente sobrecarregados devido…
Facilitando o diagnóstico da Epilepsia com um sistema de EEG Wearable sem fios
As doenças paroxísticas caracterizam-se por condições súbitas e episódicas que causam alterações temporárias no organismo. Entre elas, a epilepsia destaca-se por causar descargas neuronais síncronas e descontroladas, resultando em crises recorrentes e não provocadas. Estas…
Segmentação automática de vasos sanguíneos em imagens ultrassonográficas carotídeas
As doenças vasculares, como a estenose da carótida (estreitamento das artérias carótidas, que ligam o coração ao cérebro causado pelo acúmulo de placas de ateroma ricas em gordura), Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) (interrupção súbita do…
Impacto da Roboterapia-PARO em pessoas idosas com demência em Portugal
O envelhecimento é um processo gradual, multifatorial e contínuo, caracterizado pela perda progressiva de funções biológicas e pela degeneração associada ao surgimento de doenças relacionadas com a idade. Em Portugal, o envelhecimento da população é…
A nova era da interoperabilidade em sistemas de saúde
A crescente utilização de registos eletrónicos de saúde, sistemas de diagnóstico digital e tecnologias de monitorização remota tem levado a um aumento expressivo no volume e na complexidade dos dados em saúde. Este aumento intensifica…
Melhoria na localização de tumores na mama com um algoritmo de fusão de imagens
A cirurgia conservadora da mama tem como objetivo remover tumores, preservando o máximo de tecido mamário saudável possível, garantindo resultados estéticos ideais que são críticos para a qualidade de vida de um(a) paciente. Para alcançar…
Robótica colaborativa melhora as condições de trabalho
Os trabalhadores enfrentam desafios crescentes no ambiente industrial. Entre os mais críticos estão a fadiga e as posturas inadequadas, frequentemente associadas a tarefas repetitivas e a condições de trabalho que carecem de adequação ergonómica. Estes…
O papel das tecnologias móveis na monitorização e reabilitação da doença arterial periférica
A PAD é uma condição crónica prevalente, que afeta aproximadamente 200 milhões de indivíduos globalmente, caraterizada pela obstrução das artérias periféricas, especialmente nas extremidades inferiores, devido à formação de placas ateroscleróticas, que comprometem o fluxo…
Incorporação de implantes digitais nas imagens da TAC para planear a cirurgia ortopédica
A cirurgia ortopédica trata condições do sistema musculoesquelético para aliviar a dor, restaurar a função e melhorar a qualidade de vida do paciente. O sucesso destas cirurgias depende de um planeamento pré-operatório minucioso, que combina…
Saúde digital no topo dos resultados do Poliempreende nacional 2024
O Poliempreende é uma consolidada rede nacional de incentivo ao empreendedorismo no ensino superior em Portugal, com duas décadas de existência. Focado na promoção da inovação, o concurso tem gerado um impacto significativo na economia…
Solução digital facilita a interação entre utentes e profissionais de saúde
Muitos utentes enfrentam dificuldades em agendar consultas médicas nas unidades hospitalares, e, quando conseguem, frequentemente têm de esperar longos períodos para serem atendidos. Esta situação é agravada por problemas como a incompatibilidade de horários entre…
O impacto da integração de computação calma no processo clínico
Nos últimos anos, a transformação digital na área da saúde tem desempenhado um papel crucial, impulsionada pelo aumento exponencial de dados médicos. Estes abrangem desde informações administrativas até registos detalhados de diagnósticos, exames laboratoriais, imagens…
ULS Almada-Seixal revoluciona com primeiro Robot cirúrgico da região
Nos últimos anos, a ULSAS tem vindo a implementar gradualmente sistemas robóticos, reforçando o seu compromisso com a inovação e a melhoria dos cuidados de saúde. Recentemente, a instituição adquiriu um sistema robótico de última…
Intervenção online visa prevenir a ansiedade na população geral
Os transtornos de ansiedade são um problema global, afetando 300 milhões de pessoas em todo o mundo e colocando uma pressão significativa sobre os indivíduos e os sistemas de saúde. Só na Europa, o impacto…
Reabilitação da paralisia facial através de assistentes virtuais
A paralisia facial, definida pela incapacidade de mover um ou ambos os lados da face, tem uma incidência de 20 a 30 casos por 100.000 pessoas anualmente. Esta condição muitas vezes causa fraqueza facial, dificuldades…
Deteção da ansiedade e de ataques de pânico em tempo real
O crescente número de pessoas com transtornos de ansiedade, juntamente com o aumento da conscientização sobre a saúde mental, impulsiona a necessidade de novas ferramentas tecnológicas que forneçam a monitorização remota e contínua de transtornos…
Uma nova abordagem à Tele-Ecografia assistida por tecnologias robóticas
Atualmente, os sistemas robóticos para ecografia dividem-se em duas categorias principais: os robôs portáteis que exigem posicionamento manual e os sistemas robóticos totalmente autónomos que controlam de forma independente a orientação e o posicionamento da…
Dos grandes dados às grandes decisões: Como IA estratifica casos de cancro por fatores de risco
A CLARIFY Decision Support Platform (DSP) é uma aplicação web responsiva projetada para apoiar a tomada de decisões nos cuidados oncológicos através da integração de dados em tempo real e de análises preditivas. Construída com…
Do “texto livre” a dados clínicos estruturados: A base para sistemas de apoio à decisão médica
Atualmente, a prática de registar informações clínicas em “texto livre” oferece flexibilidade, mas dificulta a extração automática de dados, limitando a aplicação de modelos analíticos. A maior parte dos registos é não estruturada, e o…
Inteligência artificial utilizada na deteção de depressão em sobreviventes de cancro
O objetivo do projeto FAITH (Federated Artificial Intelligence solution for moniToring mental Health status after cancer treatment) é identificar e prever remotamente sintomas depressivos em sobreviventes de cancro usando uma abordagem de aprendizagem federada que…
Integração dos sistemas SONHO v2 e SClínico na ULS de Coimbra para melhorar cuidados de saúde
Com mais de meio milhão de consultas médicas hospitalares realizadas no primeiro semestre de 2024, a ULS de Coimbra destaca-se como uma instituição dedicada a cuidados de saúde integrados, de alta qualidade e centrados nas…
Ecossistema de cuidados para idosos: Uma plataforma inovadora para serviços personalizados e eficientes
Com a esperança de vida a aumentar e a taxa de fertilidade a diminuir, espera-se que, até 2050, a população com mais de 80 anos supere os jovens em várias regiões do mundo. O aumento…
Tecnologia inovadora que alivia subconscientemente a ansiedade através de um cachecol
A tecnologia SCAARF é uma ideia inovadora na área da saúde digital e da tecnologia wearable. A SCAARF visa a oferecer um método alternativo para aliviar os sintomas da ansiedade de uma forma não intrusiva…
Intervenções de saúde digital: Equidade dos cuidados da hipertensão para todos
Quase metade de todos os adultos nos Estados Unidos tem hipertensão, um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, e apenas cerca de um quarto (24%) dessas pessoas tem a hipertensão sob controlo. Estudos…
Personalização e tecnologia na gestão da diabetes
A crescente prevalência de doenças crónicas, particularmente DM, está a sobrecarregar os sistemas de saúde globais e a aumentar os custos dos cuidados de saúde devido à complexidade dos cuidados e à fraca integração, resultando…
Negociações sobre o Espaço Europeu de Dados de Saúde avançam com a participação da SPMS
O Espaço Europeu de Dados de Saúde será um sistema de partilha de dados de saúde comum à União Europeia. Prevê a utilização dos dados para fins que beneficiem as pessoas e a sociedade. Assegurará…
Secretária de Estado Margarida Tavares enfatiza inovação digital na promoção da saúde
O discurso de Margarida Tavares, Secretária de Estado da Promoção da Saúde, sublinhou a importância da digitalização e da inovação na promoção da saúde e prevenção de doenças, com uma perspetiva voltada para o futuro….
ARS Algarve moderniza radiologia com IA e novo data center
O serviço de radiologia da ARS Algarve já realizou perto de 29 mil exames utilizando a tecnologia de Inteligência Artificial (IA). Nos últimos anos, tem sido feita uma grande aposta em digitalização de imagem e…
Espaço Europeu de Dados de Saúde: Acesso unificado aos dados de saúde na UE
O objetivo do Espaço Europeu de Dados de Saúde (EEDS) é melhorar o uso de dados de saúde para fins de investigação, inovação e elaboração de políticas. Ao mesmo tempo, esta legislação visa dar aos…
Comissão Europeia altera programa Europa Digital com investimento de 762,7 milhões de euros
O Programa Europa Digital é o primeiro programa de financiamento da UE centrado em levar as tecnologias digitais até às empresas e aos cidadãos. Com um orçamento total previsto de 7,5 mil milhões de EUR…
SPMS integra a iniciativa TEF-Health
A SPMS participa na iniciativa TEF-Health como parceira de um consórcio composto por 51 entidades de 9 países da União Europeia. Esta ação é cofinanciada pela Comissão Europeia e tem uma duração de cinco anos….
FMUP cria academia júnior de inovação em saúde para estudantes do ensino secundário
A FMUP lançou a primeira edição da Academia Júnior no início de 2024. O programa permite aos participantes aprender mais sobre tópicos como as potencialidades no uso da inteligência artificial em saúde, o desenvolvimento da…
SPMS representa Portugal como vice-presidente da GDHP
A GDHP é uma organização intergovernamental da área da saúde digital que facilita a cooperação e colaboração entre representantes governamentais e a Organização Mundial da Saúde (OMS), cujo propósito é fomentar o desenvolvimento de políticas…
Transformação digital da saúde no INCoDe.2030 em Tomar
Dentro do roteiro INCoDe.2030, no evento em Tomar, a SPMS abordou o tema “Transformação digital da Saúde” com o objetivo de informar os projetos mais relevantes em curso e com maior impacto para profissionais de…
Hospital de Braga avalia memória com jogo interativo em pacientes com esclerose múltipla
A Esclerose Múltipla é conhecida como uma doença crónica do sistema nervoso central, com uma ampla variedade de sintomas motores e sensitivos, que podem conduzir à incapacidade de trabalho, sobrecarga socioeconómica e reduzida qualidade de…
Teleconsulta de neurocirurgia vence prémio de inovação
Durante a pandemia, o foco no combate à Covid-19 reduziu a atenção a outras doenças, criando uma necessidade urgente de recuperar a qualidade dos cuidados de saúde para essas condições. O objetivo do BI Award…
HealthData@PT: Nova iniciativa da SPMS para dados de saúde
A ação HealthData@PT é lançada no contexto da implementação do Espaço Europeu de Dados de Saúde, sendo uma iniciativa aprovada pela Comissão Europeia no âmbito do programa EU4Health 2021-2027. Esta iniciativa contribui para a transformação…
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