A esquizofrenia é uma perturbação mental crónica que afeta significativamente o pensamento, as emoções, a perceção da realidade e o comportamento. Caracteriza-se por uma rutura com a realidade (psicose), frequentemente manifestada por alucinações (como ouvir vozes inexistentes), delírios (crenças falsas ou irracionais), discurso desorganizado, alterações emocionais e dificuldades nas interações sociais. É considerada uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes e tende a surgir no final da adolescência ou início da idade adulta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, afeta mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo e está associada a uma redução substancial da esperança média de vida, sobretudo devido a comorbilidades físicas, risco aumentado de suicídio e dificuldades no acesso a cuidados de saúde adequados.

Início / Publicações / Publicação

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Compreensão da esquizofrenia
Imagem reproduzida do artigo.

Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Using Immersive Environments in E-Mental Health Rehabilitation Programs Directed to Future Health Professionals to Promote Empathy and Health Literacy about Schizophrenia
Data da publicação do artigo: Agosto de 2024
Fonte: Healthcare
Autores: Paulo Gomes, António Marques, Javier Pereira, Rui Pimenta, João Donga & Raquel Almeida

Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
     O estudo tem como objetivo avaliar o impacto de dois tipos distintos de ambientes imersivos — realidade virtual computacional gráfica e vídeo 360º — na capacitação de profissionais para lidar com pessoas com esquizofrenia. O público-alvo inclui estudantes de cursos na área da reabilitação social, como enfermagem, terapia ocupacional, psicologia, medicina, serviço social e reabilitação, bem como profissionais de saúde em formação contínua. O trabalho enquadra-se em áreas da saúde digital, com foco na e-mental health, na utilização de tecnologias imersivas como ferramentas pedagógicas e na promoção de literacia em saúde mental.

Qual é o contexto?
     A esquizofrenia é uma perturbação mental crónica que afeta significativamente o pensamento, as emoções, a perceção da realidade e o comportamento. Caracteriza-se por uma rutura com a realidade (psicose), frequentemente manifestada por alucinações (como ouvir vozes inexistentes), delírios (crenças falsas ou irracionais), discurso desorganizado, alterações emocionais e dificuldades nas interações sociais. É considerada uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes e tende a surgir no final da adolescência ou início da idade adulta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, afeta mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo e está associada a uma redução substancial da esperança média de vida, sobretudo devido a comorbilidades físicas, risco aumentado de suicídio e dificuldades no acesso a cuidados de saúde adequados.

     Para além do impacto clínico, a esquizofrenia está fortemente associada a estigma, discriminação e isolamento social, fatores que comprometem a integração comunitária e dificultam o acesso a apoio psicossocial. Entre os profissionais de saúde, a interação com pessoas com esta condição pode ser marcada por insegurança, distanciamento emocional ou hesitação, muitas vezes resultantes de uma literacia insuficiente em saúde mental. A ausência de empatia e de compreensão sobre a vivência da doença compromete a relação terapêutica, provoca o afastamento entre profissional e doente e reduz a eficácia da intervenção clínica.

Quais são as abordagens atuais?
     As abordagens atuais no tratamento da esquizofrenia baseiam-se num modelo integrado que combina medicação, intervenções psicossociais e cuidados comunitários. A medicação constitui o principal recurso para estabilizar sintomas como alucinações e delírios, sendo os antipsicóticos os fármacos mais utilizados. Apesar da sua eficácia, estes medicamentos estão associados a efeitos secundários relevantes, o que contribui para a baixa adesão ao tratamento, sobretudo quando existe resistência por parte do doente ou compreensão limitada da doença.

     As intervenções psicossociais — como a psicoterapia, a psicoeducação, o treino de competências sociais e os programas de reabilitação — assumem um papel central na promoção da autonomia e na inclusão social. No entanto, a sua eficácia depende da continuidade dos cuidados e da adequação às necessidades individuais. Os cuidados comunitários complementam estas abordagens, sendo assegurados por equipas multidisciplinares que acompanham os doentes no seu contexto de vida e procuram garantir uma resposta integrada. Ainda assim, enfrentam constrangimentos significativos, como a escassez de profissionais, a sobrecarga dos serviços e a fragmentação das respostas disponíveis.

     Nos últimos anos, têm emergido soluções digitais inovadoras, incluindo aplicações móveis, como MindLAMP e Schizophrenia HealthStorylines, plataformas de teleconsulta e experiências baseadas em realidade virtual. Estas tecnologias demonstram potencial na melhoria da literacia em saúde mental, na promoção do autocuidado e na redução do estigma. Contudo, permanecem desafios importantes relacionados com a desigualdade no acesso digital, a escassa validação científica em contextos clínicos reais, a adaptação a diferentes perfis de utilizadores e a necessidade de formação especializada para uma implementação eficaz.

Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
     A inovação deste estudo consistiu na utilização de tecnologias imersivas para simular, em contexto educativo, a experiência subjetiva de uma pessoa com esquizofrenia, com o objetivo de promover empatia, reduzir a distância social e melhorar atitudes entre futuros profissionais de saúde. Foram comparados dois formatos distintos de exposição: um ambiente gráfico tridimensional interativo e um vídeo em 360º, ambos construídos com base na mesma narrativa imersiva e nos mesmos estímulos visuais e auditivos, assegurando a equivalência das condições experimentais.

     Ambas as experiências foram exploradas com óculos de realidade virtual HTC Vive Pro™, ligados a computadores de alto desempenho e com adaptadores sem fios, possibilitando mobilidade total e uma experiência com elevada fidelidade visual e sonora. Durante a exposição, os participantes concentravam-se a realizar o teste Stroop — identificando a cor com que as palavras estavam escritas, mesmo quando esta não correspondia ao significado da palavra (por exemplo, a palavra “verde” escrita a azul) — ao mesmo tempo que recebiam estímulos sensoriais típicos de episódios psicóticos — como alucinações auditivas, distorções visuais e interferências ambientais — que se intensificavam gradualmente, promovendo uma imersão simbólica na vivência de uma pessoa com esquizofrenia.

     A amostra final foi constituída por 88 estudantes do curso de terapia ocupacional da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto, distribuídos aleatoriamente por dois grupos experimentais (ambiente gráfico vs vídeo 360º) e um grupo controlo.

     Para avaliar o impacto, recorreu-se a uma abordagem multimodal, combinando medidas subjetivas e objetivas. Antes e após a exposição aos ambientes imersivos, os participantes preencheram o Virtual Doppelganger Questionnaire, um questionário validado que avalia três aspetos: sentimentos empáticos (12 itens), distância social (7 itens) e atitudes face à esquizofrenia (7 itens), com escalas de resposta de Likert um formato que permitiu quantificar o grau de concordância, frequência ou intensidade percecionada relativamente aos itens do questionário. Após a exposição, foi também aplicada uma escala de avaliação da simulação (5 itens), que recolheu perceções sobre o realismo e envolvimento experienciados. Além destes questionários, foi utilizado o Igroup Presence Questionnaire para avaliar a perceção de presença nos ambientes virtuais. Paralelamente, foram recolhidos dados fisiológicos em tempo real, nomeadamente frequência cardíaca e atividade eletrodérmica, com recurso ao sistema Biopac™ MP160, permitindo aferir a intensidade da resposta emocional durante a exposição.

Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
     Ambos os ambientes imersivos demonstraram melhorias significativas e consistentes na capacidade de lidar com pessoas com esquizofrenia, promovendo atitudes mais positivas. O vídeo 360° destacou-se ligeiramente na redução da distância social e no aumento da empatia, enquanto a realidade virtual gráfica apresentou níveis um pouco mais elevados de envolvimento, embora sem diferenças estatisticamente significativas. Também não foram identificadas diferenças relevantes no realismo percebido ou na sensação de presença. Os dados psicofisiológicos evidenciaram respostas emocionais intensas durante momentos de maior carga sensorial, com variações ligeiras entre os formatos, mas sem significância estatística: a realidade virtual gráfica apresentou uma frequência cardíaca média ligeiramente mais alta, enquanto o vídeo 360° registou maior atividade eletrodérmica. Assim, a escolha entre os dois formatos deve basear-se nos objetivos do projeto, no público-alvo e nos recursos disponíveis. O vídeo 360° é recomendado para soluções mais rápidas, acessíveis e de menor custo, enquanto os ambientes gráficos tridimensionais são ideais para experiências com maior interatividade, personalização e cenários dinâmicos.

     Esta abordagem representa uma evolução no ensino da saúde mental, ao proporcionar experiências sensoriais controladas que aproximam os estudantes da realidade subjetiva das pessoas com perturbações mentais. A integração da realidade virtual no contexto educativo revela-se eficaz na redução do estigma, no reforço da literacia em saúde mental e na promoção de atitudes mais humanizadas.

     No futuro, torna-se pertinente alargar esta estratégia a outras populações, como profissionais de saúde em exercício, cuidadores informais ou estudantes de diferentes áreas disciplinares. Além disso, a realização de estudos longitudinais poderá clarificar o impacto sustentado destas experiências ao longo do tempo. Com a crescente acessibilidade da tecnologia imersiva, esta abordagem apresenta-se como um recurso pedagógico promissor, estruturado e replicável, com potencial para contribuir para uma prática clínica mais empática, informada e centrada na pessoa.

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Autores: Paulo Gomes, António Marques, Javier Pereira, Rui Pimenta, João Donga & Raquel Almeida

Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
     O estudo tem como objetivo avaliar o impacto de dois tipos distintos de ambientes imersivos — realidade virtual computacional gráfica e vídeo 360º — na capacitação de profissionais para lidar com pessoas com esquizofrenia. O público-alvo inclui estudantes de cursos na área da reabilitação social, como enfermagem, terapia ocupacional, psicologia, medicina, serviço social e reabilitação, bem como profissionais de saúde em formação contínua. O trabalho enquadra-se em áreas da saúde digital, com foco na e-mental health, na utilização de tecnologias imersivas como ferramentas pedagógicas e na promoção de literacia em saúde mental.

Qual é o contexto?
     A esquizofrenia é uma perturbação mental crónica que afeta significativamente o pensamento, as emoções, a perceção da realidade e o comportamento. Caracteriza-se por uma rutura com a realidade (psicose), frequentemente manifestada por alucinações (como ouvir vozes inexistentes), delírios (crenças falsas ou irracionais), discurso desorganizado, alterações emocionais e dificuldades nas interações sociais. É considerada uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes e tende a surgir no final da adolescência ou início da idade adulta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, afeta mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo e está associada a uma redução substancial da esperança média de vida, sobretudo devido a comorbilidades físicas, risco aumentado de suicídio e dificuldades no acesso a cuidados de saúde adequados.

     Para além do impacto clínico, a esquizofrenia está fortemente associada a estigma, discriminação e isolamento social, fatores que comprometem a integração comunitária e dificultam o acesso a apoio psicossocial. Entre os profissionais de saúde, a interação com pessoas com esta condição pode ser marcada por insegurança, distanciamento emocional ou hesitação, muitas vezes resultantes de uma literacia insuficiente em saúde mental. A ausência de empatia e de compreensão sobre a vivência da doença compromete a relação terapêutica, provoca o afastamento entre profissional e doente e reduz a eficácia da intervenção clínica.

Quais são as abordagens atuais?
     As abordagens atuais no tratamento da esquizofrenia baseiam-se num modelo integrado que combina medicação, intervenções psicossociais e cuidados comunitários. A medicação constitui o principal recurso para estabilizar sintomas como alucinações e delírios, sendo os antipsicóticos os fármacos mais utilizados. Apesar da sua eficácia, estes medicamentos estão associados a efeitos secundários relevantes, o que contribui para a baixa adesão ao tratamento, sobretudo quando existe resistência por parte do doente ou compreensão limitada da doença.

     As intervenções psicossociais — como a psicoterapia, a psicoeducação, o treino de competências sociais e os programas de reabilitação — assumem um papel central na promoção da autonomia e na inclusão social. No entanto, a sua eficácia depende da continuidade dos cuidados e da adequação às necessidades individuais. Os cuidados comunitários complementam estas abordagens, sendo assegurados por equipas multidisciplinares que acompanham os doentes no seu contexto de vida e procuram garantir uma resposta integrada. Ainda assim, enfrentam constrangimentos significativos, como a escassez de profissionais, a sobrecarga dos serviços e a fragmentação das respostas disponíveis.

     Nos últimos anos, têm emergido soluções digitais inovadoras, incluindo aplicações móveis, como MindLAMP e Schizophrenia HealthStorylines, plataformas de teleconsulta e experiências baseadas em realidade virtual. Estas tecnologias demonstram potencial na melhoria da literacia em saúde mental, na promoção do autocuidado e na redução do estigma. Contudo, permanecem desafios importantes relacionados com a desigualdade no acesso digital, a escassa validação científica em contextos clínicos reais, a adaptação a diferentes perfis de utilizadores e a necessidade de formação especializada para uma implementação eficaz.

Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
     A inovação deste estudo consistiu na utilização de tecnologias imersivas para simular, em contexto educativo, a experiência subjetiva de uma pessoa com esquizofrenia, com o objetivo de promover empatia, reduzir a distância social e melhorar atitudes entre futuros profissionais de saúde. Foram comparados dois formatos distintos de exposição: um ambiente gráfico tridimensional interativo e um vídeo em 360º, ambos construídos com base na mesma narrativa imersiva e nos mesmos estímulos visuais e auditivos, assegurando a equivalência das condições experimentais.

     Ambas as experiências foram exploradas com óculos de realidade virtual HTC Vive Pro™, ligados a computadores de alto desempenho e com adaptadores sem fios, possibilitando mobilidade total e uma experiência com elevada fidelidade visual e sonora. Durante a exposição, os participantes concentravam-se a realizar o teste Stroop — identificando a cor com que as palavras estavam escritas, mesmo quando esta não correspondia ao significado da palavra (por exemplo, a palavra “verde” escrita a azul) — ao mesmo tempo que recebiam estímulos sensoriais típicos de episódios psicóticos — como alucinações auditivas, distorções visuais e interferências ambientais — que se intensificavam gradualmente, promovendo uma imersão simbólica na vivência de uma pessoa com esquizofrenia.

     A amostra final foi constituída por 88 estudantes do curso de terapia ocupacional da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto, distribuídos aleatoriamente por dois grupos experimentais (ambiente gráfico vs vídeo 360º) e um grupo controlo.

     Para avaliar o impacto, recorreu-se a uma abordagem multimodal, combinando medidas subjetivas e objetivas. Antes e após a exposição aos ambientes imersivos, os participantes preencheram o Virtual Doppelganger Questionnaire, um questionário validado que avalia três aspetos: sentimentos empáticos (12 itens), distância social (7 itens) e atitudes face à esquizofrenia (7 itens), com escalas de resposta de Likert um formato que permitiu quantificar o grau de concordância, frequência ou intensidade percecionada relativamente aos itens do questionário. Após a exposição, foi também aplicada uma escala de avaliação da simulação (5 itens), que recolheu perceções sobre o realismo e envolvimento experienciados. Além destes questionários, foi utilizado o Igroup Presence Questionnaire para avaliar a perceção de presença nos ambientes virtuais. Paralelamente, foram recolhidos dados fisiológicos em tempo real, nomeadamente frequência cardíaca e atividade eletrodérmica, com recurso ao sistema Biopac™ MP160, permitindo aferir a intensidade da resposta emocional durante a exposição.

Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
     Ambos os ambientes imersivos demonstraram melhorias significativas e consistentes na capacidade de lidar com pessoas com esquizofrenia, promovendo atitudes mais positivas. O vídeo 360° destacou-se ligeiramente na redução da distância social e no aumento da empatia, enquanto a realidade virtual gráfica apresentou níveis um pouco mais elevados de envolvimento, embora sem diferenças estatisticamente significativas. Também não foram identificadas diferenças relevantes no realismo percebido ou na sensação de presença. Os dados psicofisiológicos evidenciaram respostas emocionais intensas durante momentos de maior carga sensorial, com variações ligeiras entre os formatos, mas sem significância estatística: a realidade virtual gráfica apresentou uma frequência cardíaca média ligeiramente mais alta, enquanto o vídeo 360° registou maior atividade eletrodérmica. Assim, a escolha entre os dois formatos deve basear-se nos objetivos do projeto, no público-alvo e nos recursos disponíveis. O vídeo 360° é recomendado para soluções mais rápidas, acessíveis e de menor custo, enquanto os ambientes gráficos tridimensionais são ideais para experiências com maior interatividade, personalização e cenários dinâmicos.

     Esta abordagem representa uma evolução no ensino da saúde mental, ao proporcionar experiências sensoriais controladas que aproximam os estudantes da realidade subjetiva das pessoas com perturbações mentais. A integração da realidade virtual no contexto educativo revela-se eficaz na redução do estigma, no reforço da literacia em saúde mental e na promoção de atitudes mais humanizadas.

     No futuro, torna-se pertinente alargar esta estratégia a outras populações, como profissionais de saúde em exercício, cuidadores informais ou estudantes de diferentes áreas disciplinares. Além disso, a realização de estudos longitudinais poderá clarificar o impacto sustentado destas experiências ao longo do tempo. Com a crescente acessibilidade da tecnologia imersiva, esta abordagem apresenta-se como um recurso pedagógico promissor, estruturado e replicável, com potencial para contribuir para uma prática clínica mais empática, informada e centrada na pessoa.

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