As doenças paroxísticas caracterizam-se por condições súbitas e episódicas que causam alterações temporárias no organismo. Entre elas, a epilepsia destaca-se por causar descargas neuronais síncronas e descontroladas, resultando em crises recorrentes e não provocadas. Estas crises podem envolver perda ou alteração do nível de consciência, movimentos anormais ou sintomas psicológicos. Outras condições, como enxaquecas, distúrbios do sono e crises não epilépticas psicogénicas, podem apresentar sintomas semelhantes, mas originam-se de mecanismos distintos e geralmente não apresentam anormalidades na atividade cerebral. Epilepsia Epilepsia
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FACILITANDO O DIAGNÓSTICO DA EPILEPSIA COM UM SISTEMA DE EEG WEARABLE SEM FIOS
Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Wireless and Wearable EEG Acquisition Platform for Ambulatory Monitoring
Data da publicação do artigo: Maio de 2014
Fonte: ResearchGate
Autores: Francisco Pinho, José Higino Correia, Nuno Sousa, João José Cerqueira & Nuno Sérgio Dias
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
Esta investigação tem como objetivo desenvolver um sistema wearable sem fios para aquisição de sinais de eletroencefalograma (EEG), permitindo a monitorização ambulatória prolongada da epilepsia. O público-alvo inclui indivíduos com epilepsia ou outras doenças paroxísticas, bem como clínicos, neurologistas e investigadores biomédicos. Este projeto contribui para áreas-chave da saúde digital, incluindo neurotecnologia, dispositivos wearables, tecnologias avançadas de processamento de sinais, monitorização remota de doentes e análise de dados de saúde em tempo real.
Qual é o contexto?
As doenças paroxísticas caracterizam-se por condições súbitas e episódicas que causam alterações temporárias no organismo. Entre elas, a epilepsia destaca-se por causar descargas neuronais síncronas e descontroladas, resultando em crises recorrentes e não provocadas. Estas crises podem envolver perda ou alteração do nível de consciência, movimentos anormais ou sintomas psicológicos. Outras condições, como enxaquecas, distúrbios do sono e crises não epilépticas psicogénicas, podem apresentar sintomas semelhantes, mas originam-se de mecanismos distintos e geralmente não apresentam anormalidades na atividade cerebral.
O EEG é um exame não invasivo que regista a atividade elétrica cerebral e identifica padrões anormais, como picos e ondas associadas à epilepsia. É essencial para distinguir crises epilépticas de não epilépticas e garantir um diagnóstico preciso em casos de sintomas sobrepostos. Embora o EEG de curta duração seja muitas vezes o primeiro passo no diagnóstico da epilepsia, crises infrequentes ou resultados inconclusivos podem exigir uma monitorização prolongada para determinar se a origem das crises é focal (numa região específica do cérebro) ou generalizada (envolve ambos os hemisférios simultaneamente), informação essencial para o tratamento.
De acordo com a American Clinical Neurophysiology Society, a monitorização prolongada de EEG requer entre 32 a 64 canais para uma localização precisa das descargas epilépticas, o registo contínuo durante 24 horas para capturar eventos raros e, preferencialmente, a inclusão de algoritmos de deteção de eventos para análise em tempo real. Outras especificações relevantes incluem a capacidade de detetar frequências elevadas para identificar os picos epilépticos, fornecer alta resolução do sinal e utilizar elétrodos confortáveis e de fácil aplicação para melhorar a usabilidade e minimizar o tempo de preparação.
Quais são as abordagens atuais?
O diagnóstico da epilepsia baseia-se atualmente na monitorização hospitalar, que combina a gravação simultânea de vídeo e a utilização do EEG, ligado por fios a um computador para análise dos sinais elétricos. Este método é dispendioso, demorado e limita a mobilidade dos pacientes.
A monitorização EEG ambulatória surge como uma alternativa conveniente, permitindo o registo contínuo da atividade cerebral durante as atividades diárias dos pacientes fora do ambiente hospitalar. Estes sistemas utilizam elétrodos no couro cabeludo para captar os sinais EEG analógicos, que são amplificados, convertidos para formato digital por conversores analógico-digitais (ADCs) e armazenados num dispositivo portátil antes de serem transmitidos sem fios para um computador para visualização e processamento.
No entanto, os sistemas atuais de EEG sem fios enfrentam desafios significativos, como baixa densidade de canais (geralmente entre 3-16) e limitações tanto na deteção de frequências elevadas (< 512 Hz) quanto na resolução de sinal (< 24 bits). Embora alguns estudos tenham explorado EEGs sem fios com maior densidade de canais ou capacidade de detetar frequências mais elevadas, estas características raramente são combinadas num único dispositivo. Além disso, muitos sistemas utilizam elétrodos com gel condutor, que exigem uma preparação demorada e pode secar durante a monitorização prolongada, causando degradação no sinal e desconforto ao paciente. Outro problema é a utilização de largura de banda limitada (por exemplo, bluetooth) e a dependência de dispositivos externos para processamento e armazenamento, o que pode exigir proximidade ao computador responsável pela análise dos dados, restringindo a mobilidade dos pacientes.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
Esta investigação foca-se no desenvolvimento de um sistema de EEG wearable sem fios, inovando no hardware, software e funcionalidades operacionais. A plataforma de EEG proposta destaca-se pela sua configuração de 32 canais, deteção de frequências elevadas (256 a 1000 Hz) e aquisição de sinais de alta resolução (24 bits por canal). Para garantir o backup dos dados e análises offline, o dispositivo inclui um cartão SD. Este dispositivo oferece 2 modos operacionais por WiFi: a transmissão contínua para monitorização em tempo real e a transmissão seletiva de eventos, que envia apenas segmentos EEG relevantes depois do processamento por algoritmos de deteção de eventos epiléticos. Além disso, projetado para a monitorização ambulatória de forma prolongada, o dispositivo possui baterias de 6600 mAh, garantindo até 25 horas de funcionamento contínuo.
A arquitetura de hardware inclui elétrodos ativos secos, ADCs e uma unidade central de aquisição, processamento e transmissão. Estes elétrodos, sem gel, contêm contactos de fósforo-bronze banhados a ouro para maior estabilidade. O hardware utiliza 4 ADCs cada um responsável por 8 canais e pela amplificação principal do sinal analógico antes da digitalização. Os ADCs operam em modo cascata, compartilhando sinais comuns e transmitindo os dados EEG digitalizados de forma eficiente. A unidade central incorpora 2 componentes de software: um driver do kernel dentro do sistema operativo Linux, para controlar qual dos 4 ADCs está ativo e gerir a aquisição de dados digitais e uma aplicação userspace, para processamento, armazenamento e transmissão de dados.
Quando novos dados de EEG estão disponíveis, a interrupção (sinal DRDY) é acionada no driver do kernel, garantindo prioridade imediata para o processamento de dados. Isso interrompe outras tarefas, armazena os dados num bloco de memória volátil, agrupa-os e transfere-os para o bloco de memória mapeada, onde permanecem até que a aplicação userspace os processe. A aplicação userspace começa por utilizar um filtro Butterworth para remover o ruído antes de iniciar o processamento: extração de características e deteção de eventos através dos algoritmos epilépticos. Se um evento for detetado, a aplicação transmite automaticamente os dados via WiFi. Caso contrário, os dados são armazenados no cartão SD, evitando transmissões desnecessárias e conservando energia. Para facilitar a visualização e análise em tempo real, uma aplicação em C# foi desenvolvida no ambiente .NET, permitindo que os clínicos revejam os sinais EEG de forma eficiente num computador.
A avaliação do sistema incluiu métricas de desempenho técnico, analisando a eficiência na aquisição, processamento, armazenamento e transmissão de dados de EEG em tempo real, assim como o consumo energético e avaliações de usabilidade clínica para determinar a sua viabilidade na monitorização ambulatória de forma prolongada.
No desempenho técnico, um aspeto-chave analisado foi a configuração da prioridade das tarefas, que afeta a capacidade do sistema de gerir operações simultâneas. Foram testadas duas configurações diferentes: uma prioridade padrão, onde o processamento dos dados EEG compete com outras tarefas em segundo plano, e uma prioridade imediata, onde a aquisição dos dados EEG recebe a mais alta prioridade de execução. Além disso, foi avaliada a eficiência da transferência interna de dados, focando-se na transição dos dados EEG do bloco de memória volátil, para o bloco de memória mapeada, bem como a sua recuperação pela aplicação userspace. O desempenho do armazenamento foi medido através da velocidade de leitura/escrita no cartão SD, garantindo a gravação e a recuperação oportuna dos dados EEG. A eficiência da transmissão sem fios foi comparada entre o modo WiFi ad-hoc, que liga diretamente o dispositivo EEG a um recetor local (como um computador), e a comunicação baseada em infraestrutura, onde os dados são transmitidos através de uma rede centralizada (router), permitindo a distribuição para vários dispositivos. Por fim, foram analisados o consumo energético e a autonomia da bateria, medindo o desempenho em dois cenários: WiFi ativado, para streaming contínuo de dados, e WiFi desativado, para gravação offline.
De uma perspetiva de usabilidade clínica, a avaliação examinou a capacidade do sistema de capturar sinais de EEG com precisão sob condições fisiológicas conhecidas. O dispositivo foi testado quanto à sua capacidade de registar ritmos alfa, um padrão de atividade cerebral bem definido que ocorre quando os olhos estão fechados e desaparece quando estão abertos. Além disso, foi avaliada sua sensibilidade a artefactos musculares, como os causados pelo apertar da mandíbula, que podem interferir na leitura do EEG.
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
Em termos de desempenho na aquisição de dados de EEG, atribuir prioridade imediata ao processamento de sinal reduziu o tempo de resposta em até 763 microssegundos no seu pico, em comparação com a prioridade padrão. Além disso, a transferência de dados do bloco de memória volátil para o bloco de memória mapeada variou entre 122 a 244 microssegundos, enquanto a aplicação userspace acedeu a este bloco de memória mapeada em 275 microssegundos. Estas velocidades garantiram um processamento rápido e eficiente. Já a velocidade de armazenamento no cartão SD atingiu 470 Mbps, permitindo uma recuperação eficiente dos dados e processamento em tempo real. Estes fatores garantem que o sistema possa lidar de forma fluida com grandes volumes de sinais cerebrais sem interrupções. A eficiência da transmissão sem fios melhora ainda mais o desempenho, com o modo WiFi ad-hoc a permitir a transferência rápida de dados a 11 Mbps, enquanto a transmissão via router WiFi é limitada a 2,6 Mbps devido à sobrecarga da rede e atrasos no encaminhamento, tornando as conexões sem fios diretas mais adequadas para a visualização em tempo real do EEG. Embora essencial para a monitorização em tempo real, o módulo WiFi aumenta significativamente o consumo de energia, exigindo 500 mAh em comparação com 250 mAh quando o WiFi está desligado. No entanto, com uma bateria de 6600 mAh, o sistema pode operar por 26,4 horas no modo de transmissão contínua e 52,8 horas no modo offline. Num contexto clínico real, onde os eventos de EEG não ocorrem continuamente, o modo de deteção de eventos pode prolongar a vida útil da bateria.
O sistema demonstrou viabilidade clínica, tendo conseguido detetar ritmos alfa em diferentes condições e distinguir artefactos musculares, como os causados pelo apertar da mandíbula, confirmando a sua adequação para aplicações diagnósticas e a capacidade de distinguir sinais neurais de interferências musculares.
Estes resultados têm um impacto significativo, pois o sistema apresenta-se como uma alternativa viável à monitorização hospitalar tradicional, permitindo um diagnóstico mais rápido da epilepsia. A sua portabilidade e facilidade de utilização tornam-no ideal para monitorização de forma prolongada e intervenções baseadas em eventos, apoiando abordagens da medicina personalizada para condições neurológicas crónicas. Ao reduzir a dependência de instalações hospitalares dispendiosas, a tecnologia democratiza o acesso a diagnósticos neurológicos avançados.
O futuro desta tecnologia envolve miniaturização, otimização do consumo de energia e integração de análises avançadas, incluindo algoritmos de machine learning, para automatizar o reconhecimento de padrões e a deteção de anomalias, melhorando ainda mais suas capacidades de diagnóstico. Além da epilepsia, o sistema pode ser adaptado para outras aplicações como estudos do sono. Em última análise, esta tecnologia representa um passo em direção a melhores resultados para pacientes com doenças neurológicas, melhorando também a sua qualidade de vida mesmo durante a realização de diagnósticos.
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FACILITANDO O DIAGNÓSTICO DA EPILEPSIA COM UM SISTEMA DE EEG WEARABLE SEM FIOS
Tipo de publicação: Resumo do Artigo
Título original: Wireless and Wearable EEG Acquisition Platform for Ambulatory Monitoring
Data da publicação do artigo: Maio de 2014
Fonte: ResearchGate
Autores: Francisco Pinho, José Higino Correia, Nuno Sousa, João José Cerqueira & Nuno Sérgio Dias
Qual é o objetivo, público-alvo e áreas da saúde digital em que se enquadra?
Esta investigação tem como objetivo desenvolver um sistema wearable sem fios para aquisição de sinais de eletroencefalograma (EEG), permitindo a monitorização ambulatória prolongada da epilepsia. O público-alvo inclui indivíduos com epilepsia ou outras doenças paroxísticas, bem como clínicos, neurologistas e investigadores biomédicos. Este projeto contribui para áreas-chave da saúde digital, incluindo neurotecnologia, dispositivos wearables, tecnologias avançadas de processamento de sinais, monitorização remota de doentes e análise de dados de saúde em tempo real.
Qual é o contexto?
As doenças paroxísticas caracterizam-se por condições súbitas e episódicas que causam alterações temporárias no organismo. Entre elas, a epilepsia destaca-se por causar descargas neuronais síncronas e descontroladas, resultando em crises recorrentes e não provocadas. Estas crises podem envolver perda ou alteração do nível de consciência, movimentos anormais ou sintomas psicológicos. Outras condições, como enxaquecas, distúrbios do sono e crises não epilépticas psicogénicas, podem apresentar sintomas semelhantes, mas originam-se de mecanismos distintos e geralmente não apresentam anormalidades na atividade cerebral.
O EEG é um exame não invasivo que regista a atividade elétrica cerebral e identifica padrões anormais, como picos e ondas associadas à epilepsia. É essencial para distinguir crises epilépticas de não epilépticas e garantir um diagnóstico preciso em casos de sintomas sobrepostos. Embora o EEG de curta duração seja muitas vezes o primeiro passo no diagnóstico da epilepsia, crises infrequentes ou resultados inconclusivos podem exigir uma monitorização prolongada para determinar se a origem das crises é focal (numa região específica do cérebro) ou generalizada (envolve ambos os hemisférios simultaneamente), informação essencial para o tratamento.
De acordo com a American Clinical Neurophysiology Society, a monitorização prolongada de EEG requer entre 32 a 64 canais para uma localização precisa das descargas epilépticas, o registo contínuo durante 24 horas para capturar eventos raros e, preferencialmente, a inclusão de algoritmos de deteção de eventos para análise em tempo real. Outras especificações relevantes incluem a capacidade de detetar frequências elevadas para identificar os picos epilépticos, fornecer alta resolução do sinal e utilizar elétrodos confortáveis e de fácil aplicação para melhorar a usabilidade e minimizar o tempo de preparação.
Quais são as abordagens atuais?
O diagnóstico da epilepsia baseia-se atualmente na monitorização hospitalar, que combina a gravação simultânea de vídeo e a utilização do EEG, ligado por fios a um computador para análise dos sinais elétricos. Este método é dispendioso, demorado e limita a mobilidade dos pacientes.
A monitorização EEG ambulatória surge como uma alternativa conveniente, permitindo o registo contínuo da atividade cerebral durante as atividades diárias dos pacientes fora do ambiente hospitalar. Estes sistemas utilizam elétrodos no couro cabeludo para captar os sinais EEG analógicos, que são amplificados, convertidos para formato digital por conversores analógico-digitais (ADCs) e armazenados num dispositivo portátil antes de serem transmitidos sem fios para um computador para visualização e processamento.
No entanto, os sistemas atuais de EEG sem fios enfrentam desafios significativos, como baixa densidade de canais (geralmente entre 3-16) e limitações tanto na deteção de frequências elevadas (< 512 Hz) quanto na resolução de sinal (< 24 bits). Embora alguns estudos tenham explorado EEGs sem fios com maior densidade de canais ou capacidade de detetar frequências mais elevadas, estas características raramente são combinadas num único dispositivo. Além disso, muitos sistemas utilizam elétrodos com gel condutor, que exigem uma preparação demorada e pode secar durante a monitorização prolongada, causando degradação no sinal e desconforto ao paciente. Outro problema é a utilização de largura de banda limitada (por exemplo, bluetooth) e a dependência de dispositivos externos para processamento e armazenamento, o que pode exigir proximidade ao computador responsável pela análise dos dados, restringindo a mobilidade dos pacientes.
Em que consiste a inovação? Como é que é avaliado o impacto deste estudo?
Esta investigação foca-se no desenvolvimento de um sistema de EEG wearable sem fios, inovando no hardware, software e funcionalidades operacionais. A plataforma de EEG proposta destaca-se pela sua configuração de 32 canais, deteção de frequências elevadas (256 a 1000 Hz) e aquisição de sinais de alta resolução (24 bits por canal). Para garantir o backup dos dados e análises offline, o dispositivo inclui um cartão SD. Este dispositivo oferece 2 modos operacionais por WiFi: a transmissão contínua para monitorização em tempo real e a transmissão seletiva de eventos, que envia apenas segmentos EEG relevantes depois do processamento por algoritmos de deteção de eventos epiléticos. Além disso, projetado para a monitorização ambulatória de forma prolongada, o dispositivo possui baterias de 6600 mAh, garantindo até 25 horas de funcionamento contínuo.
A arquitetura de hardware inclui elétrodos ativos secos, ADCs e uma unidade central de aquisição, processamento e transmissão. Estes elétrodos, sem gel, contêm contactos de fósforo-bronze banhados a ouro para maior estabilidade. O hardware utiliza 4 ADCs cada um responsável por 8 canais e pela amplificação principal do sinal analógico antes da digitalização. Os ADCs operam em modo cascata, compartilhando sinais comuns e transmitindo os dados EEG digitalizados de forma eficiente. A unidade central incorpora 2 componentes de software: um driver do kernel dentro do sistema operativo Linux, para controlar qual dos 4 ADCs está ativo e gerir a aquisição de dados digitais e uma aplicação userspace, para processamento, armazenamento e transmissão de dados.
Quando novos dados de EEG estão disponíveis, a interrupção (sinal DRDY) é acionada no driver do kernel, garantindo prioridade imediata para o processamento de dados. Isso interrompe outras tarefas, armazena os dados num bloco de memória volátil, agrupa-os e transfere-os para o bloco de memória mapeada, onde permanecem até que a aplicação userspace os processe. A aplicação userspace começa por utilizar um filtro Butterworth para remover o ruído antes de iniciar o processamento: extração de características e deteção de eventos através dos algoritmos epilépticos. Se um evento for detetado, a aplicação transmite automaticamente os dados via WiFi. Caso contrário, os dados são armazenados no cartão SD, evitando transmissões desnecessárias e conservando energia. Para facilitar a visualização e análise em tempo real, uma aplicação em C# foi desenvolvida no ambiente .NET, permitindo que os clínicos revejam os sinais EEG de forma eficiente num computador.
A avaliação do sistema incluiu métricas de desempenho técnico, analisando a eficiência na aquisição, processamento, armazenamento e transmissão de dados de EEG em tempo real, assim como o consumo energético e avaliações de usabilidade clínica para determinar a sua viabilidade na monitorização ambulatória de forma prolongada.
No desempenho técnico, um aspeto-chave analisado foi a configuração da prioridade das tarefas, que afeta a capacidade do sistema de gerir operações simultâneas. Foram testadas duas configurações diferentes: uma prioridade padrão, onde o processamento dos dados EEG compete com outras tarefas em segundo plano, e uma prioridade imediata, onde a aquisição dos dados EEG recebe a mais alta prioridade de execução. Além disso, foi avaliada a eficiência da transferência interna de dados, focando-se na transição dos dados EEG do bloco de memória volátil, para o bloco de memória mapeada, bem como a sua recuperação pela aplicação userspace. O desempenho do armazenamento foi medido através da velocidade de leitura/escrita no cartão SD, garantindo a gravação e a recuperação oportuna dos dados EEG. A eficiência da transmissão sem fios foi comparada entre o modo WiFi ad-hoc, que liga diretamente o dispositivo EEG a um recetor local (como um computador), e a comunicação baseada em infraestrutura, onde os dados são transmitidos através de uma rede centralizada (router), permitindo a distribuição para vários dispositivos. Por fim, foram analisados o consumo energético e a autonomia da bateria, medindo o desempenho em dois cenários: WiFi ativado, para streaming contínuo de dados, e WiFi desativado, para gravação offline.
De uma perspetiva de usabilidade clínica, a avaliação examinou a capacidade do sistema de capturar sinais de EEG com precisão sob condições fisiológicas conhecidas. O dispositivo foi testado quanto à sua capacidade de registar ritmos alfa, um padrão de atividade cerebral bem definido que ocorre quando os olhos estão fechados e desaparece quando estão abertos. Além disso, foi avaliada sua sensibilidade a artefactos musculares, como os causados pelo apertar da mandíbula, que podem interferir na leitura do EEG.
Quais são os principais resultados? Qual é o futuro desta abordagem?
Em termos de desempenho na aquisição de dados de EEG, atribuir prioridade imediata ao processamento de sinal reduziu o tempo de resposta em até 763 microssegundos no seu pico, em comparação com a prioridade padrão. Além disso, a transferência de dados do bloco de memória volátil para o bloco de memória mapeada variou entre 122 a 244 microssegundos, enquanto a aplicação userspace acedeu a este bloco de memória mapeada em 275 microssegundos. Estas velocidades garantiram um processamento rápido e eficiente. Já a velocidade de armazenamento no cartão SD atingiu 470 Mbps, permitindo uma recuperação eficiente dos dados e processamento em tempo real. Estes fatores garantem que o sistema possa lidar de forma fluida com grandes volumes de sinais cerebrais sem interrupções. A eficiência da transmissão sem fios melhora ainda mais o desempenho, com o modo WiFi ad-hoc a permitir a transferência rápida de dados a 11 Mbps, enquanto a transmissão via router WiFi é limitada a 2,6 Mbps devido à sobrecarga da rede e atrasos no encaminhamento, tornando as conexões sem fios diretas mais adequadas para a visualização em tempo real do EEG. Embora essencial para a monitorização em tempo real, o módulo WiFi aumenta significativamente o consumo de energia, exigindo 500 mAh em comparação com 250 mAh quando o WiFi está desligado. No entanto, com uma bateria de 6600 mAh, o sistema pode operar por 26,4 horas no modo de transmissão contínua e 52,8 horas no modo offline. Num contexto clínico real, onde os eventos de EEG não ocorrem continuamente, o modo de deteção de eventos pode prolongar a vida útil da bateria.
O sistema demonstrou viabilidade clínica, tendo conseguido detetar ritmos alfa em diferentes condições e distinguir artefactos musculares, como os causados pelo apertar da mandíbula, confirmando a sua adequação para aplicações diagnósticas e a capacidade de distinguir sinais neurais de interferências musculares.
Estes resultados têm um impacto significativo, pois o sistema apresenta-se como uma alternativa viável à monitorização hospitalar tradicional, permitindo um diagnóstico mais rápido da epilepsia. A sua portabilidade e facilidade de utilização tornam-no ideal para monitorização de forma prolongada e intervenções baseadas em eventos, apoiando abordagens da medicina personalizada para condições neurológicas crónicas. Ao reduzir a dependência de instalações hospitalares dispendiosas, a tecnologia democratiza o acesso a diagnósticos neurológicos avançados.
O futuro desta tecnologia envolve miniaturização, otimização do consumo de energia e integração de análises avançadas, incluindo algoritmos de machine learning, para automatizar o reconhecimento de padrões e a deteção de anomalias, melhorando ainda mais suas capacidades de diagnóstico. Além da epilepsia, o sistema pode ser adaptado para outras aplicações como estudos do sono. Em última análise, esta tecnologia representa um passo em direção a melhores resultados para pacientes com doenças neurológicas, melhorando também a sua qualidade de vida mesmo durante a realização de diagnósticos.
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Sistema robótico autónomo para a terapia do autismo
O transtorno do espetro do autismo é uma condição do neurodesenvolvimento com repercussões clínicas, sociais e económicas significativas ao longo da vida. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que afete aproximadamente 1 em cada…
Exergames de realidade virtual como ferramenta para o diagnóstico de doenças oculares
As doenças oculares representam um desafio crescente para a saúde pública em Portugal, comprometendo significativamente a qualidade de vida da população. O aumento da sua prevalência está associado a diversos fatores, como o envelhecimento demográfico,…
Melhoria da eficiência no acompanhamento clínico de casos Covid-19 com uma plataforma digital
A COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, é uma doença altamente contagiosa com potencial para provocar consequências graves, exigindo o isolamento dos indivíduos infetados e o respetivo acompanhamento clínico. Enquanto os casos mais graves requerem internamento,…
A ameaça crescente da resistência a antibióticos em Klebsiella nos Hospitais Portugueses
As infeções associadas aos cuidados de saúde representam uma grave ameaça à saúde pública, sendo adquiridas durante tratamentos médicos ou internamentos hospitalares, resultando frequentemente em hospitalizações prolongadas, custos elevados para os sistemas de saúde e…
Redes neuronais profundas e o futuro da detecção precoce da doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando mais de 55 milhões de pessoas globalmente e representando cerca de 70% dos casos de demência. Em Portugal, estima-se que 200 mil pessoas…
Aplicação móvel para melhorar fluxos de trabalho em lares de idosos
Portugal apresenta uma das populações mais envelhecidas do mundo, o que exerce uma pressão crescente sobre os serviços de apoio a idosos, especialmente em lares. Os profissionais de saúde nestas instituições estão frequentemente sobrecarregados devido…
Os desafios na proteção de dados em plataformas de saúde digital para idosos
O envelhecimento demográfico impõe desafios significativos aos sistemas de saúde, intensificando a pressão sobre as infraestruturas e recursos humanos. Estima-se que, até 2050, a população idosa ultrapasse os 2 mil milhões de pessoas, tornando-se imperativo…
Segmentação automática de vasos sanguíneos em imagens ultrassonográficas carotídeas
As doenças vasculares, como a estenose da carótida (estreitamento das artérias carótidas, que ligam o coração ao cérebro causado pelo acúmulo de placas de ateroma ricas em gordura), Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) (interrupção súbita do…
Impacto da Roboterapia-PARO em pessoas idosas com demência em Portugal
O envelhecimento é um processo gradual, multifatorial e contínuo, caracterizado pela perda progressiva de funções biológicas e pela degeneração associada ao surgimento de doenças relacionadas com a idade. Em Portugal, o envelhecimento da população é…
A nova era da interoperabilidade em sistemas de saúde
A crescente utilização de registos eletrónicos de saúde, sistemas de diagnóstico digital e tecnologias de monitorização remota tem levado a um aumento expressivo no volume e na complexidade dos dados em saúde. Este aumento intensifica…
Melhoria na localização de tumores na mama com um algoritmo de fusão de imagens
A cirurgia conservadora da mama tem como objetivo remover tumores, preservando o máximo de tecido mamário saudável possível, garantindo resultados estéticos ideais que são críticos para a qualidade de vida de um(a) paciente. Para alcançar…
Robótica colaborativa melhora as condições de trabalho
Os trabalhadores enfrentam desafios crescentes no ambiente industrial. Entre os mais críticos estão a fadiga e as posturas inadequadas, frequentemente associadas a tarefas repetitivas e a condições de trabalho que carecem de adequação ergonómica. Estes…
O papel das tecnologias móveis na monitorização e reabilitação da doença arterial periférica
A PAD é uma condição crónica prevalente, que afeta aproximadamente 200 milhões de indivíduos globalmente, caraterizada pela obstrução das artérias periféricas, especialmente nas extremidades inferiores, devido à formação de placas ateroscleróticas, que comprometem o fluxo…
Incorporação de implantes digitais nas imagens da TAC para planear a cirurgia ortopédica
A cirurgia ortopédica trata condições do sistema musculoesquelético para aliviar a dor, restaurar a função e melhorar a qualidade de vida do paciente. O sucesso destas cirurgias depende de um planeamento pré-operatório minucioso, que combina…
Saúde digital no topo dos resultados do Poliempreende nacional 2024
O Poliempreende é uma consolidada rede nacional de incentivo ao empreendedorismo no ensino superior em Portugal, com duas décadas de existência. Focado na promoção da inovação, o concurso tem gerado um impacto significativo na economia…
Solução digital facilita a interação entre utentes e profissionais de saúde
Muitos utentes enfrentam dificuldades em agendar consultas médicas nas unidades hospitalares, e, quando conseguem, frequentemente têm de esperar longos períodos para serem atendidos. Esta situação é agravada por problemas como a incompatibilidade de horários entre…
O impacto da integração de computação calma no processo clínico
Nos últimos anos, a transformação digital na área da saúde tem desempenhado um papel crucial, impulsionada pelo aumento exponencial de dados médicos. Estes abrangem desde informações administrativas até registos detalhados de diagnósticos, exames laboratoriais, imagens…
ULS Almada-Seixal revoluciona com primeiro Robot cirúrgico da região
Nos últimos anos, a ULSAS tem vindo a implementar gradualmente sistemas robóticos, reforçando o seu compromisso com a inovação e a melhoria dos cuidados de saúde. Recentemente, a instituição adquiriu um sistema robótico de última…
Intervenção online visa prevenir a ansiedade na população geral
Os transtornos de ansiedade são um problema global, afetando 300 milhões de pessoas em todo o mundo e colocando uma pressão significativa sobre os indivíduos e os sistemas de saúde. Só na Europa, o impacto…
Reabilitação da paralisia facial através de assistentes virtuais
A paralisia facial, definida pela incapacidade de mover um ou ambos os lados da face, tem uma incidência de 20 a 30 casos por 100.000 pessoas anualmente. Esta condição muitas vezes causa fraqueza facial, dificuldades…
Deteção da ansiedade e de ataques de pânico em tempo real
O crescente número de pessoas com transtornos de ansiedade, juntamente com o aumento da conscientização sobre a saúde mental, impulsiona a necessidade de novas ferramentas tecnológicas que forneçam a monitorização remota e contínua de transtornos…
Uma nova abordagem à Tele-Ecografia assistida por tecnologias robóticas
Atualmente, os sistemas robóticos para ecografia dividem-se em duas categorias principais: os robôs portáteis que exigem posicionamento manual e os sistemas robóticos totalmente autónomos que controlam de forma independente a orientação e o posicionamento da…
Dos grandes dados às grandes decisões: Como IA estratifica casos de cancro por fatores de risco
A CLARIFY Decision Support Platform (DSP) é uma aplicação web responsiva projetada para apoiar a tomada de decisões nos cuidados oncológicos através da integração de dados em tempo real e de análises preditivas. Construída com…
Do “texto livre” a dados clínicos estruturados: A base para sistemas de apoio à decisão médica
Atualmente, a prática de registar informações clínicas em “texto livre” oferece flexibilidade, mas dificulta a extração automática de dados, limitando a aplicação de modelos analíticos. A maior parte dos registos é não estruturada, e o…
Inteligência artificial utilizada na deteção de depressão em sobreviventes de cancro
O objetivo do projeto FAITH (Federated Artificial Intelligence solution for moniToring mental Health status after cancer treatment) é identificar e prever remotamente sintomas depressivos em sobreviventes de cancro usando uma abordagem de aprendizagem federada que…
Integração dos sistemas SONHO v2 e SClínico na ULS de Coimbra para melhorar cuidados de saúde
Com mais de meio milhão de consultas médicas hospitalares realizadas no primeiro semestre de 2024, a ULS de Coimbra destaca-se como uma instituição dedicada a cuidados de saúde integrados, de alta qualidade e centrados nas…
Ecossistema de cuidados para idosos: Uma plataforma inovadora para serviços personalizados e eficientes
Com a esperança de vida a aumentar e a taxa de fertilidade a diminuir, espera-se que, até 2050, a população com mais de 80 anos supere os jovens em várias regiões do mundo. O aumento…
Tecnologia inovadora que alivia subconscientemente a ansiedade através de um cachecol
A tecnologia SCAARF é uma ideia inovadora na área da saúde digital e da tecnologia wearable. A SCAARF visa a oferecer um método alternativo para aliviar os sintomas da ansiedade de uma forma não intrusiva…
Intervenções de saúde digital: Equidade dos cuidados da hipertensão para todos
Quase metade de todos os adultos nos Estados Unidos tem hipertensão, um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, e apenas cerca de um quarto (24%) dessas pessoas tem a hipertensão sob controlo. Estudos…
Personalização e tecnologia na gestão da diabetes
A crescente prevalência de doenças crónicas, particularmente DM, está a sobrecarregar os sistemas de saúde globais e a aumentar os custos dos cuidados de saúde devido à complexidade dos cuidados e à fraca integração, resultando…
Negociações sobre o Espaço Europeu de Dados de Saúde avançam com a participação da SPMS
O Espaço Europeu de Dados de Saúde será um sistema de partilha de dados de saúde comum à União Europeia. Prevê a utilização dos dados para fins que beneficiem as pessoas e a sociedade. Assegurará…
Secretária de Estado Margarida Tavares enfatiza inovação digital na promoção da saúde
O discurso de Margarida Tavares, Secretária de Estado da Promoção da Saúde, sublinhou a importância da digitalização e da inovação na promoção da saúde e prevenção de doenças, com uma perspetiva voltada para o futuro….
ARS Algarve moderniza radiologia com IA e novo data center
O serviço de radiologia da ARS Algarve já realizou perto de 29 mil exames utilizando a tecnologia de Inteligência Artificial (IA). Nos últimos anos, tem sido feita uma grande aposta em digitalização de imagem e…
Espaço Europeu de Dados de Saúde: Acesso unificado aos dados de saúde na UE
O objetivo do Espaço Europeu de Dados de Saúde (EEDS) é melhorar o uso de dados de saúde para fins de investigação, inovação e elaboração de políticas. Ao mesmo tempo, esta legislação visa dar aos…
Comissão Europeia altera programa Europa Digital com investimento de 762,7 milhões de euros
O Programa Europa Digital é o primeiro programa de financiamento da UE centrado em levar as tecnologias digitais até às empresas e aos cidadãos. Com um orçamento total previsto de 7,5 mil milhões de EUR…
SPMS integra a iniciativa TEF-Health
A SPMS participa na iniciativa TEF-Health como parceira de um consórcio composto por 51 entidades de 9 países da União Europeia. Esta ação é cofinanciada pela Comissão Europeia e tem uma duração de cinco anos….
FMUP cria academia júnior de inovação em saúde para estudantes do ensino secundário
A FMUP lançou a primeira edição da Academia Júnior no início de 2024. O programa permite aos participantes aprender mais sobre tópicos como as potencialidades no uso da inteligência artificial em saúde, o desenvolvimento da…
SPMS representa Portugal como vice-presidente da GDHP
A GDHP é uma organização intergovernamental da área da saúde digital que facilita a cooperação e colaboração entre representantes governamentais e a Organização Mundial da Saúde (OMS), cujo propósito é fomentar o desenvolvimento de políticas…
Transformação digital da saúde no INCoDe.2030 em Tomar
Dentro do roteiro INCoDe.2030, no evento em Tomar, a SPMS abordou o tema “Transformação digital da Saúde” com o objetivo de informar os projetos mais relevantes em curso e com maior impacto para profissionais de…
Hospital de Braga avalia memória com jogo interativo em pacientes com esclerose múltipla
A Esclerose Múltipla é conhecida como uma doença crónica do sistema nervoso central, com uma ampla variedade de sintomas motores e sensitivos, que podem conduzir à incapacidade de trabalho, sobrecarga socioeconómica e reduzida qualidade de…
Teleconsulta de neurocirurgia vence prémio de inovação
Durante a pandemia, o foco no combate à Covid-19 reduziu a atenção a outras doenças, criando uma necessidade urgente de recuperar a qualidade dos cuidados de saúde para essas condições. O objetivo do BI Award…
HealthData@PT: Nova iniciativa da SPMS para dados de saúde
A ação HealthData@PT é lançada no contexto da implementação do Espaço Europeu de Dados de Saúde, sendo uma iniciativa aprovada pela Comissão Europeia no âmbito do programa EU4Health 2021-2027. Esta iniciativa contribui para a transformação…
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